sexta-feira, 8 de julho de 2016

Gil Canha apoia a luta de José Manuel Coelho, embora com algumas críticas





Mário Cesariny e Salvador Dali


No Dia da Região e na presença do Presidente da República, o deputado José M. Coelho desfraldou uma bandeira do Estado Islâmico, como protesto contra o “fundamentalismo da Justiça portuguesa”.Rapidamente, numa manobra de propaganda (acções radicais têm este perigo) o PSD/Madeira acusou o deputado de estar a fazer apologia do DAESH e do terrorismo, e defenderam idiotamente que deveria ser feita uma queixa-crime no MP contra o deputado.Em termos políticos, o PSD utilizou uma velha técnica de contra-informação, insinuando que Coelho era simpatizante das acções de terror deste grupo fundamentalista, e assim, inteligentemente, desviaram as atenções do público do objectivo que Coelho pretendia denunciar.Esta técnica de propaganda, denominada pelos especialistas de “insinuação” não é nova. Em 1936, na célebre sessão solene de abertura do ano lectivo da Universidade de Salamanca, o general nacionalista Millán-Astray gritou o famoso lema da falange fascista: “Viva la Muerte!”O célebre filósofo espanhol Miguel de Unamuno, sabendo de antemão que era um grito de guerra para aterrorizar o inimigo, pois ninguém tinha medo da morte que até a glorificavam, levantou-se e defendeu a “Vida” e a “união de Espanha contra a violência”. Isto prova, uma vez mais, que é totalmente legítimo que se aproveite os deslizes, alegadamente infelizes dos adversários, para melhor combatê-los.Até aqui tudo bem. Agora o que me causou perplexidade foi ver certas “primas-donas”, algumas da dita Oposição regional, todas ofendidas e melosas porque o Coelho tinha mostrado a bandeira do Estado Islâmico.“Que horror!”; “que atrevimento!” diziam elas de credo na boca e todas lamechas.E qual o problema?! É ilegal?! É criminoso?! É contra a lei?!Ilegal era o Coelho defender as acções do DAESH, mas não o fez! Pelo contrário, acusou a justiça portuguesa de ser um Estado Islâmico fundamentalista dentro do Estado de Direito.Antes do 25 de Abril, o poeta surrealista Mário Cesariny escandalizou Lisboa, com as suas provocações exuberantemente efeminadas (as primas-donas da altura também ficaram escandalizadas) para obrigar a sociedade portuguesa de então a debater a homossexualidade e a liberdade individual, apesar de ser constantemente sovado e humilhado pela PIDE. Nos anos 90, a Benetton fez uma agressiva campanha publicitária, onde mostrava fotos de indivíduos infectados com a SIDA, o que causou grande polémica nos círculos do politicamente correto.Igualmente, nos E.U.A, também originou grande controvérsia, um vídeo de uma mulher a ser assassinada numa rua de Nova Iorque, onde lhe retiravam violentamente um casaco de peles ensanguentado, com o intuito de denunciar o uso de peles de animais no vestuário. Actualmente, na Ucrânia, existe uma organização feminista que passa a vida em manifestações de mamas de fora, para denunciar a exploração sexual e tráfego de mulheres, e seriam necessárias muito mais páginas deste blogue para dar exemplos de acções provocatórias que se fazem por esse mundo fora, com o intuito de chamar a atenção, forçar o debate e despertar consciências. Muitos poderão dizer, “mas é de mau gosto!”; “É demais!”; “Debaixo daquela bandeira matam e torturam”. Pois é, mas segundo o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, a liberdade de expressão é o valor mais alto, até chega ao ponto de defender que os cidadãos têm o direito a serem malcriados, irreverentes e radicais, desde que não ponham em causa os direitos dos outros.Quando, em 1939, o movimento surrealista de André Breton resolveu expulsar Salvador Dali do grupo, organizaram um pequeno julgamento. Dali compareceu perante os companheiros de termómetro na boca (como se estivesse doente) e a cada acusação tirava uma peça de roupa, até ficar nu. Depois bem alto gritou: - Eu sou o surrealismo! – declarando seguidamente o Direito Universal do homem à sua própria loucura.Ainda assim não se entende que pessoas menos esclarecidas tenham razão para se escandalizarem com a tal bandeira negra, mas ver pessoas minimamente cultas, armadas em “Vestais do Templo”, é que dá vontade de vomitar. O que fazia falta a estas pseudo-virgens ofendidas, era um Visconde do Porto da Cruz, quando na Calçada do Pico atirava pedras às beatas “imaculadamente castas” que saíam da missa.Mas, se na minha opinião e do próprio Presidente da República, o Coelho usou legitimamente uma liberdade reconhecida pela nossa Constituição, o mesmo já não posso dizer quando o José M. Coelho usa o megafone dentro da Assembleia, que na minha opinião é um acto ilegal e atentatório à liberdade de expressão dos representantes do povo, mesmo sabendo-se que aquele parlamento é uma farsa milionária controlada por Jaime Ramos e pela oligarquia dominante. Ou quando José Coelho mete maleficamente no mesmo saco todos os nossos Magistrados. Quando toda a gente sabe que em todas as instituições humanas, existe gente séria e gente desonesta, sendo até conveniente separar o vinho bom do mau.Pessoalmente, já disse ao Coelho que ele estava a ser burro com a questão do megafone. Além de dar armas ao “inimigo”, atenta contra direitos de terceiros. Aliás, a atitude é tão insane, que é igual a imaginarmos um General a destruir o seu próprio material de guerra, sob a estratégia aloucada de assim derrotar o inimigo (!).É por tudo isto que defendo a liberdade total de expressão, por exemplo, abomino e detesto as ideias alucinadas de Donald Trump, mas sou frontalmente contra a ralé que aguarda o fim dos comícios para “afiambrar” os seus simpatizantes.Viva a Liberdade Expressão! Viva as Primas Donas!


(com a devida Vénia do Fenix do atlântico)

GIL CANHA

9 comentários:

  1. Jose Manuel Coelho nutre uma profunda admiração pelo camarada Gil Canha....será que Gil Canha sera oferecido o lugar de cabeça de lista pelo ptp as autarquicas do Funchal? Sera que Gil vai aceitar ou ir contra a lista do Coelho noutra força partidária? Tantos mitos ainda por derrubar.

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  2. Será que é só o PSD a "utilizar uma velha técnica de contra-informação"?

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  3. As Virgens Vestais podiam ser castas, mas tinham um fogo... quem brinca com fogo, queima-se!

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  4. http://renovadinhos.blogspot.pt/2016/07/o-gilinho-filho-de-um-certo-emigrante.html

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  5. Para as próximas eleições regionais porque não colocar este homem da intelectualidade como primeiro candidato pelo PTP-M....pode ser que assim o partido consiga sobreviver caso contrario sera o adeus definitivo do partido. o Partido em Lisboa tem pouco mais de 10 militantes....na Madeira deve ter uns 30 contando com os figurantes.

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  6. Gil Canha um visionário consegue ver coisas onde mais ninguém vê...o político da vanguarda não é por acaso que a família Coelho tem muita admiração pelo camarada Gil. o homem domina todos e mais alguns dossiês sabe tudo sobre economia, transportes, agricultura, pescas, desenvolvimento sustentável, etc.
    Gil Canha merece ser cabeça de lista pelo PTP-Madeira às próximas eleições autárquicas....com ele como cabeça de lista pelo Funchal o partido vai levantar cabeça caso contrario será o fracasso TOTAL.

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  7. Gil Canha f putativo futuro cabeça de lista nas autarquicas pelo Funchal na lista do PTP-Madeira.

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  8. Gil Canha futuro putativo cabeça de lista do PTP-M.

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  9. Gil Canha o futuro lider do partido do Coelho.

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