sexta-feira, 3 de março de 2017
Sátira à juiza que absolveu Avelino Farinha das facturas falsas de 35 milhões de €uros
Encontros Imediatos de 3.º Grau
Gil Canha
Depois de tantos prémios e galardões de nível internacional, a Madeira poderá entrar no restrito círculo de Ufologia (Ovnilogia) a nível mundial. Nos anos 70 do século passado, o famoso astrónomo Josef A. Hynek classificou os alegados contactos entre humanos e objectos voadores não identificados (OVNIS) em três categorias. Mais tarde, o ufologista Ted Bloecher dividiu os encontros de 3º Grau, em seis subtipos, de A a F. Contudo, a Black Vault Encyclopédia, elevou essa classificação até Encontros de 7º Grau, que é o acasalamento de seres humanos com alienígenas, teoria que Erich von Daniken diz ter acontecido nas civilizações mais evoluídas da Antiguidade.
Ora, o caso das Facturas Falsas, em que a AFAVIAS, do sr. Avelino Farinha, e outros oito empresários foram acusados de recorrerem a um esquema de obras fictícias e respectiva facturação, entre 2003 a 2008, para reduzirem o montante de impostos a pagar às finanças, fez soar os alarmes a nível internacional, não só na NASA, mas também na Agência Espacial Russa, ROSCOSMOS, em Korolev.
Muito recentemente, a nossa Justiça, e bem, absolveu todos os implicados neste processo, pois não encontrou indícios suficientes (nem podia encontrar!) para os condenar em fraude fiscal. Aliás, o próprio Tribunal chegou subtilmente à conclusão que há um grande mistério no caso, talvez até actividade paranormal, pois não se descobriu no tal humilde apartamento do Bairro da Nazaré, qualquer resquício que indicasse que a empresa emissora das facturas tivesse estaleiro, alvará de obras, máquinas, gruas e operários neste planeta, embora tivesse passado facturas ET, no valor de 35 milhões de euros.
O certo, é que em finais de 2009, um militar, do antigo RG 3, garantiu aos investigadores ter visto um objecto voador de grandes dimensões no centro do Bairro da Nazaré, pelas 4 horas da madrugada, a carregar no seu bojo: betoneiras, retroescavadoras, cofragens em ferro, e “até vi um camião pesado, de marca Volvo, a ser sugado em segundos para dentro da aeronave, que depois desapareceu num flash no negrume do céu” contou.
Em 2011, uma senhora idosa, D. Alves Farinha, reformada, viúva dum bilheteiro da Rodoeste, moradora no mesmo bloco habitacional onde a Emanuel da Cruz de Sousa, Sociedade Unipessoal fora acusada de emitir as tais facturas ET, acordou no meio de noite, sobressaltada, pois ouviu na escadaria gente que arfava e ronronava como se fossem gatos gigantes. Espreitou pela porta e viu sete vultos enormes, cobertos por escamas esverdeadas, cabeçorras com corninhos e olhos iguais aos do peixe-espada preto, e com grandes caudas de lagartixa, carregando caixas cheias de papel. “Como sou afoita, pois vendi alfaces e raminhos de macela no mercado, perguntei a essa gente se não tinham vergonha de andar a importunar as pessoas àquelas horas da noite. Um dos vultos chegou à beira da minha porta, farejou-me, e fez um zunido parecido com o telemóvel da minha neta. Fiquei assustada e fechei a porta com força, mas um dos cornos do gajo ficou entalado na porta, e derreteu logo como um Gelado Calipo de Limão, que até me deixou uma nódoa do raio na minha camisa da noite. Depois vi um clarão enorme que alumiou todo o apartamento, e vi pelo janelão da sala uma espécie de frigideira de cozinha com seis foguetes por baixo a arrancar pelo céu fora”.
Meses mais tarde, a D. Alves Farinha recebeu a visita duns senhores vestidos todos de negro e com falar estrangeiro (Agência SETI), que se faziam transportar num jipe Range Rover da mesma cor, que lhe pagaram 10 mil dólares pela camisa-da-noite com figuras de ursos estampadas, e com uma estranha nódoa verde florescente.
Mas surpresa maior, foi quando a revista norte-americana “USA Kepler”, na sua última edição, descreve a Madeira, mas propriamente o Bairro da Nazaré, (reconhecido agora como Stargate) como a primeira região do nosso Planeta a ter contactos reais e comprovados com seres extraterrestres e a principal responsável pela quebra da nossa solidão cósmica. A conceituada revista acha que o objectivo dos alienígenas era criar uma espécie de “offshore galáctico” onde a máfia da Constelação LR2 Vega, iria desviar grandes quantidades de dinheiro interestelar para o nosso planeta e assim fugir aos tributos que devem à Coligação Alpha Sachararum Vilaonium. Só que o plano foi abortado, graças à pronta intervenção da Grande Justiça Portuguesa, que muito expedita, descobriu que a tipografia que imprimia essa quantidade monumental de facturas não era deste Mundo e que a memória das testemunhas fora deliberadamente apagada com uma carga concentrada e inteligente de raios cósmicos. E a fechar a surpreendente reportagem, a revista garante que a D. Alves Farinha teve um encontro de 3º Grau, B (Um humano observa actividade dentro e fora dum OVNI sem sofrer qualquer mal), e que já há muito tempo que a nossa ilha estava sob vigilância por fortes suspeitas de presença extraterrestre, e chega a defender que em Machico, na Levada Nova, houve um encontro de 6º Grau (não houve acasalamento extraterrestre) pois a vítima humana fugiu do alienígena que lhe queria apalpar, e que horas antes tinha tomado o corpo do pobre do Filipe do Francelho, um inocente habitante da Concelho.(Fénix)
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