quinta-feira, 31 de outubro de 2019
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
As revoltas surgem pelas formas mais inesperadas. Vejam o caso recente do Líbano
AS autoridades do Líbano pretendiam cobrar cerca de 20 cêntimos por dia pela realização de chamadas de voz via WhatsApp ou outras apps. Os protestos não se fizeram esperar e o governo teve de recuar
O primeiro-ministro Saad al-Hariri descreve os tempos que o país está a atravessar como «sem precedentes e muito difíceis», mas recusa demitir-se. O Líbano está em crise, com milhares de protestantes nas ruas, conflitos com as autoridades e dezenas de feridos desde quinta-feira. Alguns manifestantes pedem a demissão do governo, naquelas que são as maiores manifestações do género, no país, nos últimos anos, noticia a BBC. Uma das gotas de água foi a medida anunciada na quinta-feira sobre a intenção de taxar, com 20 cêntimos por dia, a realização de chamadas de voz em apps como o WhatsApp, o FaceTime ou o Facebook Messenger. Em apenas algumas horas, as autoridades anunciaram que recuavam nesta decisão, mas os protestos já estavam a decorrer. «Não estamos aqui pelo WhatsApp, estamos aqui por tudo: por combustível, por comida, por pão, por tudo», diz Abdullah, um dos protestantes em Beirute. (Fonte)
Imagem de manifestação em Beirute, no Líbano, no dia 18 de outubro de 2019 — Foto: Mohamed Azakir/Reuters
A revolta boliviana tem outros motivos
Também temos a revolta chilena, provocada pelo aumento do preço dos transportes públicos
Na Catalunha a luta também prossegue
terça-feira, 29 de outubro de 2019
A juíza do Regime, Elsa Serrão vai "julgar" Alberto João Jardim
Elsa Serrão vive maritalmente com o António Henriques das inspecções
Esta é inquilina do Alberto
O julgamento que opõe o professor António Loja ao ex-presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, acusado dos crimes de difamação, injúrias e abuso de liberdade de imprensa, foi agendado para 06 de fevereiro, disse hoje fonte judicial.
Este processo decorre no Tribunal Judicial da Madeira desde 17 de fevereiro de 2016, tendo o julgamento sido sucessivamente adiado por recursos interpostos pela defesa de Alberto João Jardim.
Este caso só começou a ser julgado 21 anos depois de Jardim cessar o cargo de governante e ter deixado de gozar de imunidade parlamentar, sendo considerado um dos mais antigos processos da Comarca da Madeira.
Jardim é acusado dos crimes de difamação, injúrias e abuso de liberdade de imprensa, alegadamente contra o historiador e militante do PS António Fernandes Loja.
O ex-presidente da Região Autónoma da Madeira responde em tribunal por dois artigos de opinião - sob o título “A loja dos rancores” - publicados no Jornal da Madeira em 23 e 26 de novembro de 1994.
“Era marxista há menos de oito dias, agora é só interpretação histórica”; “tão pirado que não vê as próprias grosserias e descobre-as nos outros”; “não fui eu que andei com perseguições após o 25/4 [25 de Abril]”; “nunca andei a espreitar funcionários policialmente”; “a criatura endoidou”; “ordinarote” e “o homenzinho, ao ler isto, caem-lhe mais três dentes, dois de raiva e um de senilidade” foram algumas das expressões e frases utilizadas pelo então líder madeirense, segundo a acusação.
O ex-governante alega, por seu lado, que as expressões utilizadas foram empregues no âmbito do debate político.
No processo foi deduzida acusação particular e feito um pedido cível de indemnização no valor de 600.000 escudos (perto de 3.000 euros) contra o social-democrata.
Alberto João Jardim deveria ser julgado pela juíza Joana Dias, mas esta apresentou um pedido de escusa dirigido ao Tribunal da Relação de Lisboa, alegando que não devia estar à frente do processo por ser inquilina de uma casa propriedade de Alberto João Jardim.
Os juízes desembargadores consideraram que esta situação poderia gerar “desconfiança” e aceitaram, em junho de 2019, o pedido de Joana Dias e o processo passou para a juíza Elsa Serrão. (diário)
Juiz desembargador jubilado , Jaime Pestana. O figurão abotoa-se todos os meses com uma reforma choruda de 7 mil euros mensais. São as sinecuras da burguesia!
Juiz desembargador jubilado , Jaime Pestana. O figurão abotoa-se todos os meses com uma reforma choruda de 7 mil euros mensais. São as sinecuras da burguesia!
7 mil "balas" por mês: O povo paga isso tudo pá!
A propósito de Joacine do "LIVRE" lembram-se quando "Ciciolina" mostrou os seios na Assembleia da República?
Natália Correia aqui ao lado de Ciciolina.
Vamos falar de saias: uma ditadura da moda ou uma arma para rasgar convenções?
A saia de um assessor no primeiro dia de actividade do novo Parlamento pôs o país a falar sobre códigos de vestuário, cruzando-os com comportamentos socialmente aceites. Afronta ou tendência?Sobre a saia do assessor da deputada do Livre, Paulo Morais Alexandre, docente na Escola Superior de Teatro e Cinema, nomeadamente de Psicossociologia da Moda, não tem dúvidas: “Trata-se claramente de uma declaração política (…) coerente com o programa apresentado [pelo partido].” O regresso das saias ao guarda-roupa dos homens poderá levar o seu tempo, se alguma vez voltar a estar mesmo na moda, considera, apesar de várias reputadas publicações o terem decretado há um ano e de estas peças serem uma constante pelas passerelles mundiais durante as concorridas semanas da moda. A afirmação política é facilmente verificada com uma breve apreciação a um programa que usou como lema “Livre é igualdade” e onde se deixou claro que a pretensão passava por “promover a igualdade de género em todas as suas intersecções” e “combater a discriminação por orientação sexual ou por identidade de género”, assumindo “como prioridade (…) a importância da inclusão das questões LGBTQI+ de forma transversal nas políticas públicas” e “prevendo o reconhecimento de pessoas intersexo pela lei, incluindo a possibilidade de terceiro género no registo”.Mas a (re)adopção da saia no vestuário masculino enquanto convenção poderá não estar para breve. Isto porque, explica o docente, mais do que uma tendência, a moda tende a responder a necessidades: foi o que aconteceu com as calças para mulheres no século XIX que, apesar, de serem defendidas pela activista Amelia Bloomer como uma forma de igualdade entre os dois géneros, só viriam a ter sucesso “quando as mulheres começaram a andar de bicicleta” ou a ocupar lugares nas fábricas. Porém, apenas surgiram como peças definitivas do conjunto feminino quando Coco Chanel incluiu na sua colecção as primeiras calças femininas, já no século XX. Ainda assim, houve quem lhes resistisse e, ainda há menos de 50 anos, uma rapariga usar calças era sinónimo de ser pouco feminina ou, mais comummente, “maria-rapaz”.
O caso da saia do assessor
A chegada de Rafael Esteves Martins, ao lado de Joacine Katar Moreira, a primeira deputada a conquistar um lugar pelo Livre – que reúne, por si só, várias estreias: é a primeira deputada gaga, o que tem levantado questões e já levou o Livre a requisitar a alteração dos tempos de intervenção concedidos, e uma das poucas mulheres negras a ter chegado ao hemiciclo –, originou um burburinho transversal a toda a sociedade portuguesa, com críticas quanto ao gosto, discursos ofensivos dirigidos a quem se sentiu ofendido e, mesmo entre a ala mais liberal, com a indicação de que não se trataria da indumentária correcta para a função nem para o local.“É a dessacralização do Parlamento”, sublinha Morais Alexandre, ainda que ressalve que não é um caso pioneiro: aconteceu quando Francisco Louçã, como deputado do Bloco de Esquerda, em 1999, recusou o uso da gravata (algo que, hoje, já não chama a atenção) ou quando, em 1987, Ilona Staller, uma actriz porno tornada activista e deputada italiana, mais conhecida por Cicciolina, visitou a Assembleia da República, onde se cruzou com a deputada e poeta Natália Correia, e exibiu os seios, que eram, de resto, uma das suas imagens de marca.Contactado pelo PÚBLICO, Francisco Louçã prefere não comentar o sucedido há 20 anos no âmbito do caso actual, considerando que ainda é demasiado recente para se fazer uma análise.
Mas voltemos às saias. Porque se há quem diga que um homem usá-las não tem mal, depressa se ouve o remate de que para “a Assembleia é que não”, onde há códigos a ser respeitados. Porém, nem os códigos de vestuário foram sempre os mesmos nem há qualquer indicação de que a mudança não possa existir.
Saia, primeiro foi o homem
O primeiro registo histórico de vestuário masculino surge na Mesopotâmia, onde os homens usavam saia, com franjas ou adornadas, como comprovam as estátuas com origem no período entre 2900 e 2350 a.C. A partir de então, todas as culturas pré-Clássicas adoptaram o código de indumentária, que viria a conquistar adeptos no Antigo Egipto (“a roupa masculina mais antiga (…) consistia numa única tira de linho enrolada nos quadris”, lê-se em A História da Moda, de J. Anderson Black, 1980) ou no moderno Império Romano. Aqui, lembra Paulo Morais Alexandre, que o uso da saia era sinónimo de civilização, enquanto um homem de calções era olhado como um bárbaro (gaulês, no caso), tendo inclusive sido criada uma lei que punia os homens que se atrevessem a exibir tais trajes.
O tipo de indumentária seria adoptado pelo Império Bizantino que, de resto, serviu de inspiração ao Cristianismo, no qual as túnicas (ou batinas) são usadas em situações formais ou mesmo de cerimónia – os que servem a Igreja são muitas vezes vistos de calças, mas sempre em ocasiões de grande informalidade. E, como lembra o professor, mesmo na cultura portuguesa o uso da saia por homens não é assim tão invulgar: é o traje do pauliteiro de Miranda.
Ao longo da História, a saia foi sendo uma das peças que não faltava a um guarda-roupa e a distinção entre as roupas de homens e mulheres assentava no tamanho da bainha: os homens usavam, sem pudor, saias curtas; as mulheres cobriam as pernas com as mesmas. Só o cruzamento com a cultura oriental, onde o nomadismo imperava assim como o montar a cavalo, predominando assim o uso de bermudas ou de calças entre o género masculino, veio trazer novidades ao guarda-roupa ocidental. Isso e o botão, que permitiu criar novos moldes sem beliscar a ergonomia.
Ainda assim, durante séculos, o género nem sempre era definido pelo vestuário. Nem pelo vestuário nem por outros códigos estéticos, como a maquilhagem: imagine-se, hoje, um deputado entrar na Assembleia de batom e blush, quando, nos séculos XVII e XVIII, eram adereços que, em conjunto com uma farta peruca, simbolizavam poder: a monarquia francesa foi exímia a mostrar isso mesmo, como explica a directora do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Emília Ferreira, num texto publicado por si no Facebook, onde recorda que “foi, na verdade, o século XIX (sobretudo a partir da segunda metade) que começou a instituir novos códigos cromáticos (uma clara monotonia cromática, diga-se) para os homens e lhes declarou que as calças deviam descer até aos tornozelos". Aliás, ainda muito recentemente, era comum vestir os bebés exactamente com o mesmo tipo de cueiros, fossem meninos ou meninas, rendas e bordados incluídos. Ver PÚBLICO
domingo, 27 de outubro de 2019
Sofia Canha denuncia a elevada carga Fiscal sobre as pequenas empresas
Mas esqueceu-se de escrever que o partido ao qual pertence é o principal responsável por essa situação de saqueio e pirataria. Falou de uma empresa de Santa Cruz que pagou à Autoridade Tributária 80 mil euros de impostos, valor superior aos lucros que entregou apenas a dois dos seus acionistas. Ah! senhora deputada, então não falou ainda ao seu patrão Costa para acabar com esse saque!
Pedro Calado o ponta de lança dos interesses empresariais do Avelino e do Sousa dos portos.O povo da Madeira nunca mais abre os olhos acerca destes vigaristas que protegidos pela Justiça corrupta, não param de se abotoar com elevadas somas de dinheiro dos impostos do nosso povo.
Sérgio Marques, apelidado pelo tio Alberto de "sem malícia" no seu célebre blog "os renovadinhos". Na altura tio Alberto João também dizia que o figurão auferia três reformas! Mas que tachista!
Dois tubarões do regime "mamadeira" protegidos pela justiça corrupta da Madeira. Ai de quem criticar estes c***** que leva logo com processos por difamação! ( ler notícia no Correio da Madeira)
Entretanto os maiores capitalistas de Portugal estão todos nos paraísos fiscais. E o que faz o Centeno das Finanças? Descarrega a sua pirataria fiscal sobre os mais pequenos.
Portugal é o terceiro país da UE com mais riqueza em paraísos fiscais, indica estudo da Comissão Europeia
De acordo com o estudo da CE, foram desviados para paraísos fiscais cerca de 50 mil milhões de euros pelas famílias portuguesas mais ricas - o que equivale a cerca de um quarto do PIB português - durante um período de 15 anos. (ver notícia do Expresso)
sábado, 26 de outubro de 2019
Ai a menina Sara a virgem ofendida! vai processar toda a gente que disse mal dela
Vejam só a tolerância democrática desta vereadora de pacotilha do CDS Mamadeira: Com esta mentalidade fascista e intolerante estamos bem entregues! São jovens políticos com ideias velhas e salazarengas na cabeça! Perfeitamente ridícula esta senhorinha do CDS mamadeira.
sexta-feira, 25 de outubro de 2019
Sérgio Gonçalves o representante dos interesses do Grupo Sousa no PS Madeira
"Saiu" do Grupo Sousa para trabalhar na candidatura de Paulo Cafôfo, mas o seu salário depois da sua "saída" continuou a ser processado e entregue pelo departamento de recursos humanos do respectivo grupo.
O PS Madeira como sabemos é um partido empresarial. Antes era só dos Trindades e dos Caldeiras, agora também é do Luís Miguel de Sousa. É caso para perguntar: Fará algum sentido o PS nos seus congressos entoar a Internacional como se de um partido dos trabalhadores se tratasse?
Aqui com novo visual, já deixou crescer a barba!
Leis a restringir a liberdade de imprensa também na "democrática Austrália"!
Aqui em Portugal já estamos servidos com este tipo de censura imposto pelos tribunais (Órgãos de Soberania que ninguém elege) baseados na famigerada lei do Código Penal fascista art.ºs 180 a 184 onde se criminaliza tudo aquilo que é escrito ou falado na Comunicação Social. Aqui na Madeira como todos ou quase todos os jornalistas estão vendidos ou comprados pelos grandes interesses. Ninguém protesta, ninguém mostra qualquer desagrado.Para esta gentinha da ilhota "mamadeira" terra dos tachos e tachinhos, está tudo bem!
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
A lei da rolha dá para tudo !
Neste caso a "juízada fascista" achou que chamar "imbecil" não é crime. Noutro caso a mesma "juizada fascista" já condena um jornalista por apelidar de "idiota" um secretário de Estado. Dois pesos e duas medidas! Pela contradição vemos claramente o despotismo ao qual estão sujeitos os democratas deste país que ainda pensam que vivemos em democracia!
Nota da redacção:Depois de uns bons milhares de euros gastos, e um chorudo pagamento de honorários com o advogado lá o jornalista do "Mirante" conseguiu a sua vitória de Pirro.
Chamar imbecil ao ex-marido não é crime
Mulher de Barcelos acusada de difamação foi ilibada. Fez publicação no Facebook festejando dois anos de divórcio.
O Tribunal da Relação de Guimarães ilibou uma mulher que estava acusada de difamação por ter chamado "imbecil" ao ex-marido.
Os factos remontam a 2018, quando a mulher, de Barcelos, fez uma publicação no Facebook, por ocasião do segundo aniversário do seu divórcio. "A festejar a liberdade! Livrei-me de um imbecil. Segundo ano.", escreveu a mulher. A publicação estava acompanhada de fotos do "convívio comemorativo", incluindo a de um bolo com os dizeres "Dois anos de felicidade".
Os factos remontam a 2018, quando a mulher, de Barcelos, fez uma publicação no Facebook, por ocasião do segundo aniversário do seu divórcio. "A festejar a liberdade! Livrei-me de um imbecil. Segundo ano.", escreveu a mulher. A publicação estava acompanhada de fotos do "convívio comemorativo", incluindo a de um bolo com os dizeres "Dois anos de felicidade".
O ex-marido fez queixa por difamação agravada, o Ministério Público deu seguimento, a arguida pediu abertura de instrução e o juiz considerou não haver crime. O ex-marido recorreu, mas a Relação manteve a decisão do juiz de instrução.
No acórdão, consultado pela Lusa, a Relação reconhece que a palavra "imbecil" é "desagradável, indelicada e pouco cortês", admitindo que em certas circunstâncias "pode ter subjacente uma carga ofensiva, podendo até configurar a prática de um crime".
No entanto, no caso em concreto, o tribunal considerou que não se provou que a arguida tivesse atuado com dolo, usando aquela expressão para "gratuitamente, e em primeira linha, achincalhar e rebaixar a honra e o bom nome do ex-marido". A palavra "imbecil" não é mais do que "a afirmação de que os dois anos de liberdade resultaram da circunstância de se ter livrado de alguém que a cerceava", considera o tribunal.Correio da Manhã
No acórdão, consultado pela Lusa, a Relação reconhece que a palavra "imbecil" é "desagradável, indelicada e pouco cortês", admitindo que em certas circunstâncias "pode ter subjacente uma carga ofensiva, podendo até configurar a prática de um crime".
No entanto, no caso em concreto, o tribunal considerou que não se provou que a arguida tivesse atuado com dolo, usando aquela expressão para "gratuitamente, e em primeira linha, achincalhar e rebaixar a honra e o bom nome do ex-marido". A palavra "imbecil" não é mais do que "a afirmação de que os dois anos de liberdade resultaram da circunstância de se ter livrado de alguém que a cerceava", considera o tribunal.Correio da Manhã
Jornalista condenado a multa e indemnização por chamar "idiota" a ex-secretário de Estado
250 dias de multa à taxa diária de 10 euros e ao pagamento de uma indemnização de 2.500 euros.O Tribunal da Relação de Évora confirmou a condenação do director-geral do jornal O Mirante, de Santarém, pelo crime de difamação agravada por um artigo de opinião em que chama “idiota” ao antigo secretário de Estado Rui Barreiro.Joaquim António Emídio foi condenado a 250 dias de multa à taxa diária de 10 euros e ao pagamento de uma indemnização de 2.500 euros ao antigo governante, a título de indemnização por danos não patrimoniais.
Em causa está um artigo de opinião publicado naquele jornal a 30 de maio de 2011, a propósito do fim do Governo de José Sócrates.
“O Ministério Público acusou-o de difamação agravada e o Tribunal Judicial de Santarém condenou-o por esse crime, uma condenação agora confirmada pela Relação, por acórdão a que a Lusa hoje teve acesso."
“O Ministério Público acusou-o de difamação agravada e o Tribunal Judicial de Santarém condenou-o por esse crime, uma condenação agora confirmada pela Relação, por acórdão a que a Lusa hoje teve acesso."
“Temos como objectivamente ofensivo da honra e da consideração que ao assistente são devidas apelidar o mesmo de idiota, sem a invocação de qualquer substrato factual que porventura possa justificar tal epídoto, no texto subscrito pelo arguido”, refere o acórdão da Relação.
Para o tribunal, aquela expressão “não consubstancia o exercício da crítica legítima à acção governativa pelo assistente ou qualquer exercício de qualquer direito de cidadania”.
Trata-se, segundo o tribunal, de “um ataque pessoal à honra e consideração” do antigo governante, “tendo o arguido excedido o dever de informar com objectividade”.
Por isso, “a sua conduta ultrapassou a fronteira do penalmente censurável, não se atendo dentro dos limites admissíveis do direito de informação e preenchendo, por tal, o tipo de ilícito de difamação”.(Ver Público)
[Depois de uns bons milhares de euros gastos, e um chorudo pagamento de honorários com o advogado lá o jornalista do "Mirante" conseguiu a sua vitória de Pirro]
O director geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, escreveu um artigo de opinião em 31 de Março de 2011 (republicado nesta página), em que, a propósito da demissão do segundo Governo Sócrates, se referia ao então secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, como o político mais idiota que tinha conhecido. Foi condenado mas agora o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem deu-lhe razão e obrigou o Estado português a restituir-lhe o dinheiro da indemnização e da multa.
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos considerou que o director geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, foi injustamente condenado pelos tribunais portugueses por, num artigo de opinião, ter escrito que o ex-presidente da Câmara de Santarém e ex-secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, era o “político mais idiota que conhecia” e condenou o Estado Português a indemnizá-lo em 5.285 euros.
O texto em causa foi publicado a 31 de Março de 2011 e tinha por título “Só ficaram as galinhas”. A propósito do fim do segundo Governo Sócrates era referido que a grande maioria dos políticos começa as suas carreiras quando ganha o estatuto de ex-governante.
Chamando o assunto à região, o director geral de
O MIRANTE escreveu: “Chama-se Rui Barreiro, é o mais idiota dos políticos que conheço, e foi durante este último ano e meio secretário de Estado das Florestas, do governo de José Sócrates”.
Na sequência de uma queixa do visado, o Juiz António Gaspar, do Tribunal de Santarém, condenou Joaquim António Emídio ao pagamento de uma indemnização a Rui Barreiro, no valor de 2.500, euros e a 250 dias de multa, igualmente no valor aproximado de 2.500 euros por difamação agravada. Interposto recurso para o Tribunal da Relação de Évora, o mesmo não foi aceite.
Agora, numa sentença divulgada na terça-feira, dia 24 de Setembro, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem entendeu que as decisões da justiça portuguesa não foram correctas por violarem o direito à liberdade de expressão do autor do texto uma vez que o que foi escrito foi no contexto de assuntos de interesse público.
O Governo português ainda argumentou que o texto de opinião de Joaquim António Emídio reflectia “sentimentos pessoais de desconfiança em relação à classe política e não tinha base factual, não contribuindo para um debate político, nem tendo interesse público”, mas assim não entendeu o colectivo do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem que, por unanimidade, condenou o Estado português por violação da liberdade de expressão a uma indemnização de cerca de cinco mil euros.
João de Castro Baptista foi o advogado que pediu justiça junto do TEDH e que, recentemente, noutro processo, relativamente a José de Oliveira Domingos, que foi advogado de Rui Barreiro enquanto este foi presidente da Câmara de Santarém, ganhou uma verdadeira batalha na justiça obrigando o advogado a pagar ao jornalista Joaquim António Emídio cerca de 25 mil euros de custas judiciais. O caso que durou cerca de sete anos nos tribunais deu um livro escrito pelo jornalista Orlando Raimundo, chamado O PROCESSO, que pode ser adquirido nas livrarias de todo o país ou na redacção de O MIRANTE.
O texto em causa foi publicado a 31 de Março de 2011 e tinha por título “Só ficaram as galinhas”. A propósito do fim do segundo Governo Sócrates era referido que a grande maioria dos políticos começa as suas carreiras quando ganha o estatuto de ex-governante.
Chamando o assunto à região, o director geral de
O MIRANTE escreveu: “Chama-se Rui Barreiro, é o mais idiota dos políticos que conheço, e foi durante este último ano e meio secretário de Estado das Florestas, do governo de José Sócrates”.
Na sequência de uma queixa do visado, o Juiz António Gaspar, do Tribunal de Santarém, condenou Joaquim António Emídio ao pagamento de uma indemnização a Rui Barreiro, no valor de 2.500, euros e a 250 dias de multa, igualmente no valor aproximado de 2.500 euros por difamação agravada. Interposto recurso para o Tribunal da Relação de Évora, o mesmo não foi aceite.
Agora, numa sentença divulgada na terça-feira, dia 24 de Setembro, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem entendeu que as decisões da justiça portuguesa não foram correctas por violarem o direito à liberdade de expressão do autor do texto uma vez que o que foi escrito foi no contexto de assuntos de interesse público.
O Governo português ainda argumentou que o texto de opinião de Joaquim António Emídio reflectia “sentimentos pessoais de desconfiança em relação à classe política e não tinha base factual, não contribuindo para um debate político, nem tendo interesse público”, mas assim não entendeu o colectivo do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem que, por unanimidade, condenou o Estado português por violação da liberdade de expressão a uma indemnização de cerca de cinco mil euros.
João de Castro Baptista foi o advogado que pediu justiça junto do TEDH e que, recentemente, noutro processo, relativamente a José de Oliveira Domingos, que foi advogado de Rui Barreiro enquanto este foi presidente da Câmara de Santarém, ganhou uma verdadeira batalha na justiça obrigando o advogado a pagar ao jornalista Joaquim António Emídio cerca de 25 mil euros de custas judiciais. O caso que durou cerca de sete anos nos tribunais deu um livro escrito pelo jornalista Orlando Raimundo, chamado O PROCESSO, que pode ser adquirido nas livrarias de todo o país ou na redacção de O MIRANTE.
Última Página: Só ficaram as galinhas
É certo e sabido que nos próximos anos os ex-ministros e os ex-secretários vão dormir todas as noites com a sensação de que se deitam na cama com Portugal e com a sua História. O que eles sonham a dormir só o saberemos quando algum deles cair da cama abaixo, o que é de todo improvável já que quem lhes faz a cama e vigia o sono também lhes mete a mão por baixo.
Portugal é uma espécie de África da Europa; temos fome como em África; corrupção ao nível dos países subdesenvolvidos; um sistema de justiça que não sendo controlado pelo Governo é dos mais corporativos do mundo democrático; o nosso mercado é uma língua de gato e por isso as empresas europeias vendem-nos os produtos essenciais para a modernização das nossas empresas ao preço que vendem para os países africanos; o Estado português é tão castigador nos impostos como os estados africanos são usurpadores; e para não variar os organismos do Estado são tão relapsos como os piores governos dos estados africanos.
José Sócrates vai abandonar funções governativas e leva com ele para o desemprego político os secretários de Estado que eu não queria nem para secretariarem a minha associação cultural preferida.
Acabou o banquete socialista. E agora vai começar que caldeirada?
Os secretários do actual Governo preparam-se para regressar às secretárias dos gabinetes nos organismos públicos onde nunca trabalharam nem vão trabalhar.
Ser ex-ministro ou ex-secretário de Estado em Portugal é muito mais importante que desempenhar o lugar governativo. É público e notório que a grande maioria dos políticos começam as suas carreiras quando ganham o estatuto de ex-governantes.
Depois do caos, da loiça partida, da bebedeira geral, chegou a hora dos ex-governantes festejarem com a família e com os amigos todas as vitórias políticas. Muitos deles agradecem ainda os aplausos do povo que os tratou como sábios; embora eles saibam que são uns imbecis; muitos deles ainda hoje saem de casa logo pela manhã para governarem o Estado e vão a cheirar a limpeza quando o que mais perdura neles e nos políticos enfermos que os acompanham é a sujidade.
É certo e sabido que nos próximos anos os ex-ministros e os ex-secretários vão dormir todas as noites com a sensação de que se deitam na cama com Portugal e com a sua História. O que eles sonham a dormir só o saberemos quando algum deles cair da cama abaixo, o que é de todo improvável já que quem lhes faz a cama e vigia o sono também lhes mete a mão por baixo.
Chama-se Rui Barreiro, é o mais idiota dos políticos que conheço, e foi durante este último ano e meio secretário de Estado da Agricultura e Florestas, do governo de José Sócrates. É certo e sabido que um dia será ministro das Finanças, ou da Educação, ou da Justiça de um qualquer Governo, a confiar no aparelho partidário do Partido Socialista, onde parece que toda a gente boa foi de férias e só ficaram as galinhas. JAE
José Sócrates vai abandonar funções governativas e leva com ele para o desemprego político os secretários de Estado que eu não queria nem para secretariarem a minha associação cultural preferida.
Acabou o banquete socialista. E agora vai começar que caldeirada?
Os secretários do actual Governo preparam-se para regressar às secretárias dos gabinetes nos organismos públicos onde nunca trabalharam nem vão trabalhar.
Ser ex-ministro ou ex-secretário de Estado em Portugal é muito mais importante que desempenhar o lugar governativo. É público e notório que a grande maioria dos políticos começam as suas carreiras quando ganham o estatuto de ex-governantes.
Depois do caos, da loiça partida, da bebedeira geral, chegou a hora dos ex-governantes festejarem com a família e com os amigos todas as vitórias políticas. Muitos deles agradecem ainda os aplausos do povo que os tratou como sábios; embora eles saibam que são uns imbecis; muitos deles ainda hoje saem de casa logo pela manhã para governarem o Estado e vão a cheirar a limpeza quando o que mais perdura neles e nos políticos enfermos que os acompanham é a sujidade.
É certo e sabido que nos próximos anos os ex-ministros e os ex-secretários vão dormir todas as noites com a sensação de que se deitam na cama com Portugal e com a sua História. O que eles sonham a dormir só o saberemos quando algum deles cair da cama abaixo, o que é de todo improvável já que quem lhes faz a cama e vigia o sono também lhes mete a mão por baixo.
Chama-se Rui Barreiro, é o mais idiota dos políticos que conheço, e foi durante este último ano e meio secretário de Estado da Agricultura e Florestas, do governo de José Sócrates. É certo e sabido que um dia será ministro das Finanças, ou da Educação, ou da Justiça de um qualquer Governo, a confiar no aparelho partidário do Partido Socialista, onde parece que toda a gente boa foi de férias e só ficaram as galinhas. JAE
Texto publicado na edição 31 de Março de 2011 na coluna de opinião da Última Página e que esteve na origem da condenação do Tribunal de Santarém que agora o TEDH considerou uma violação da liberdade de expressão condenando o Estado Português a uma indemnização. (ver o "MIRANTE")