sábado, 30 de novembro de 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
Viva o Regional tachismo! Pai e dois filhos no gabinete de Rui Barreto
Gonçalo Nuno Santos foi durante muitos anos deputado à Assembleia da República pelo PSD Madeira, sempre eleito como candidato pelo circulo da emigração e foi Director do Centro das Comunidades Madeirenses durante 26 anos.
Fartou-se de levar boa vida à custa dos emigrantes. A sua vida de foi só passear pelos países da diáspora (onde fingindo que trabalhava para os emigrantes, só teve vida regalada a comer, beber e dormir em hotéis de 5 estrelas.
Depois desta vida faustosa passou-se com armas e bagagens para o CDS, onde foi candidato a deputado (pelo círculo fora da Europa). Não tendo sido eleito. Agora foi convidado pelo Secretário da Economia, Rui Barreto para seu assessor, indo fazer companhia ao seu filho, Gonçalo Santos que já tem o tacho de Chefe de Gabinete.
Como se isto não bastasse, Rui Barreto, deu tacho a outro filho deste senhor que estava entachado na ARAE e que entretanto se tinha incompatibilizado com a sua chefe Rafaela Fernandes nas "Actividades Económicas" e que para se ver livre dela, tinha arranjado uma baixa psiquiátrica. Agora também é um novo assessor de Rui Barreto do CDS.
Viva o Regional tachismo!
Porreiro!
O povo paga isso tudo pá!
O povo paga isso tudo pá!
Gonçalo Santos, chefe de gabinete de Rui Barreto
Rui Barreto, secretário da Economia.
A falta de humanismo e solidariedade do governo de Miguel Albuquerque
As melhores soluções para os senhores do betão e do alcatrão e o abandono dos madeirenses a quem o infortúnio um dia bateu à porta. Estes são os fascistas modernos do século XXI.
Na Assembleia Regional da Madeira nenhum partido manifesta a sua solidariedade para com esta infortunada família. Os partidos que o podiam fazer o povo da Região Autónoma colocou-os na rua!
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Solidariedade com Rui Pinto e Jorge Ferreira Dias, vítimas da justiça fascista deste país
(Portugal um país de ladrões protegidos pelos Tribunais)
Corruptos promovidos a ministros em Portugal
O Inimaginável Acontece!!! Em Portugal, os Corruptos em vez de serem presos , são promovidos a Ministros. Quando a Falta de Vergonha, o Compadrio e o Amiguismo toma conta das decisões dos políticos, o inacreditável acontece. Esta senhora reduziu a vida deste senhor a cinzas quando exerceu as funções de Presidente da Câmara de Abrantes e agora vai ser Ministra da Agricultura. Se desempenhar o cargo de Ministra com a competência que teve como Autarca, coitados dos Agricultores e da Agricultura em Portugal , vai ficar tudo reduzido a po!!!!
Fascismo à solta no Chile: Assassinio de Daniela Carrasco, mulher de esquerda e artista de rua
Victor Jara (assassinado pelos terroristas de Pinochet)
- Gustavo Carneiro
Victor e Daniela
Victor e Daniela nunca se conheceram, nem tal teria sido possível, pois quando ela nasceu já ele tinha morrido há uma década. Mas têm muito em comum. A nacionalidade chilena, desde logo, mas também uma mesma apetência pelas artes: ele pela música e a poesia, sobretudo, ela pelas actividades circenses e cénicas. Une-os também o amor à liberdade e à justiça e o combate para que uma e outra fossem, mais do que sonhos, realidades vividas por todos e cada um dos seus compatriotas. Em diferentes conjunturas e com graus de empenhamento diversos, ambos juntaram o seu talento à luta do seu povo. Mas, tragicamente, há algo mais a uni-los.
Ele é Victor Jara, professor, compositor e músico, comunista, apoiante da Unidade Popular e dedicado construtor do Chile democrático a caminho do socialismo. A 11 de Setembro de 1973, quando a traição tomou conta da sua pátria, foi preso e detido num estádio em Santiago, transformado pelos militares fascistas em campo de concentração e tortura. Quando o seu cadáver foi encontrado, dias depois, tinha marcas de 44 balas, diversos ossos partidos e as mãos quebradas.
Ela é Daniela Carrasco, artista de rua conhecida como La Mimo, presença habitual nas avenidas e praças de Santiago do Chile. Nos primeiros dias dos protestos populares que desde há mais de um mês mobilizam milhões de chilenos lá estava ela, unindo a sua arte silenciosa ao enorme clamor popular que exige uma nova Constituição que ponha fim ao neoliberalismo, à violência e à impunidade. Há dias, apareceu enforcada, com marcas de violação, num bairro ao sul da capital. Segundo vários relatos, foi vista viva pela última vez quando estava a ser detida pela polícia.
Nem Victor nem Daniela foram casos isolados. Se o golpe de Pinochet e a ditadura que instaurou foram responsáveis por muitos milhares de mortos e «desaparecidos», a repressão dos actuais protestos já levou a inúmeras detenções e provocou para cima de duas dezenas de vítimas mortais. Ao mesmo tempo, mais de 200 pessoas perderam pelo menos um olho, devido a essa inovação israelita, disseminada por vários países, que são os disparos directos ao rosto.
Entretanto, o povo chileno permanece mobilizado na luta pelos seus objectivos. Sobre o presidente Sebastian Piñera pende já uma acusação constitucional devido à violência. A selecção de futebol decidiu não entrar em campo em protesto pela repressão. A cantora Mon Laferte surgiu na cerimónia de entrega dos Grammy Latinos com a frase No Chile torturam, matam e violam inscrita no peito.
Mas nada disto parece impressionar os media ocidentais, a democrática União Europeia ou o inefável Santos Silva, tão lesto a reconhecer Guaidó na Venezuela e que ainda não teve uma palavra para a repressão no Chile ou para o golpe na Bolívia. (fonte: Jornal Avante)
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Os lutadores que na Madeira, lutaram pela Democracia e a queda do jardinismo foram esquecidos e perseguidos
Quem não se lembra das corajosas lutas do jornal satírico "O Garajau" e do grupo de democratas e activistas que enfrentavam Jardim nas suas desavergonhadas inaugurações eleitoralistas e que já detinha o poder há quase 40 anos. Quem não se lembra das corajosas lutas dos activistas do PND contra o regime proto fascista implantado por Alberto João Jardim que com a ajuda da igreja e dos magistrados fascistas dos tribunais e MP se eternizava no poder envolto num negro manto de intolerância e corrupção.Os democratas do PND e do jornal "Garajau" com a sua corajosa luta enfrentaram as furiosas perseguições dos juízes dos Tribunais madeirenses todos feitos com os corruptos do PSD, que protegendo os seus negócios aplicavam condenações sucessivas por difamação aos colaboradores do jornal, extorquindo dinheiro para dar aos ladrões e corruptos do regime, fazendo os democratas que lutavam contra estes abusos, gastarem imenso dinheiro com a sua defesa em sucessivos recursos para os tribunais superiores.
Alguns destes activistas foram penhorados nos seus bens, outros, até a sua reforma foi penhorada para indemnizar a "honra" dos ladrões e corruptos que faziam fortunas à custa dos favores do regime, depauperando o erário público e dando cabo do dinheiro dos contribuintes madeirenses em beneficio de um reduzido grupo de empresários corruptos que se banqueteavam com o dinheiro do povo madeirense.
Depois de tanta luta e condenações em tribunal lá se conseguiu finalmente derrubar o ditador fascista do poder e afastá-lo primeiro da CMF e mais tarde do governo Regional da Madeira. Depois desta luta heróica surgiu um paraquedista novo, que ninguém até à data tinha ouvido falar nele e o qual sem ser conhecido e sem participar em qualquer luta chega subitamente ao poder da maior autarquia da Madeira .
Essa misteriosa personagem foi introduzida pelo conhecido golpista Víctor Freitas, que depois de eleito presidente da CMF , foi aliar-se precisamente àqueles tubarões corruptos que os democratas e activistas do jornal "Garajau"tanto lutaram para os afastar.
Isto é: Repetiu-se a conhecida e velha história do "Triunfo dos Porcos" do grande escritor e activista inglês George Orwell.
Tem toda a razão Manuel Baptista Rosa quando escreveu em recente carta do leitor no DN a sua odisseia quando estudava nos anos sessenta em Lisboa no Instituto Superior Técnico:
«Não era fácil a sua luta pois muitas das vezes prejudicaram os seus estudos em prol das causas que defendiam. Falo com conhecimento de causa pois tive, como colega de quarto, um desses líderes que passava mais tempo na prisão do que em liberdade. Eram indivíduos à frente do seu tempo que se sacrificaram em prol de princípios cujos benefícios foram para outros. A revolução engoliu os seus heróis dando lugar aos democratas nascidos após o sucesso do golpe.»
Na estória do romance o "Triunfo dos porcos" convém lembrar que Miguel Iglésias, braço direito do golpista Paulo Cafôfo tinha uma empresa de aluguer de contentores na Figueira da Foz, praticamente falida, mas com a preciosa ajuda do Dono disto Tudo, já está a dar lucros na ordem dos 900 mil euros/ano. Moral da breve história, (como dizia Felipe de La Féria) lutar pela transparência, a verdade e a Democracia nesta terra acaba por inevitavelmente voltar ao mesmo ponto de onde se tinha partido. Uma luta inglória e efémera, que nos trouxe de novo ao mesmo sítio sem nada termos alcançado.
terça-feira, 26 de novembro de 2019
«A revolução engoliu os seus heróis dando lugar aos democratas nascidos após o sucesso do golpe.»
O 1.º deNeste dia de celebração da independência do país, lembro-me de marchar com orgulho pelas ruas da cidade do Funchal, integrando um grupo da Mocidade Portuguesa, da antiga Escola Industrial e Comercial do Funchal, organização juvenil do regime implantado por Salazar. Esta organização transmitia-nos conceitos de disciplina, unidade de comando e pátria. Era uma forma do regime nos preparar para a guerra que sabíamos existir mas da qual pouco se falava. Esta preparação pré-militar começou na 4ª classe, em Santana, e foi continuada no Ensino Secundário mas agora de forma mais intensa com hino, farda e bandeira. Em frente à Sé, onde os estudantes daquela organização, pertencentes a várias escolas, se concentravam, ouvíamos discursos inflamados de militares, de partida para a guerra, que terminavam quase sempre com uma mensagem muito forte dirigida aos jovens ali presentes “O maior orgulho de qualquer jovem é dar a vida pela pátria”. E só naquele instante percebíamos que devia existir alguma relação entre a Mocidade Portuguesa e a guerra da qual mal ouvíamos falar. Em Lisboa, enquanto estudante, esta data era celebrada com manifestações hostis ao regime organizadas e lideradas por estudantes e pelo célebre Cabrita dirigente do sindicato dos bancários. Havia muita pancadaria e detenções, no Rossio, com a polícia política (PIDE/DGS) muito ativa. Éramos aconselhados a não usar roupa de cor vermelha porque tal era entendido como uma provocação ao regime. Era um 1º de Dezembro no qual a nossa formação política ia no sentido desfavorável à política em vigor. A guerra colonial, condenada por quase toda a comunidade internacional, incluindo a Igreja Católica, a ausência de liberdade política (democracia) e o isolamento do país a nível internacional, com a não permissão da nossa entrada na CEE, constituíam os argumentos mais usados nos discursos pelos adversários do regime. Foi a partir destas vivências que comecei a aperceber-me do país político em que vivia de modo que, quando fui para a tropa, já tinha a noção de que a guerra mesmo que fosse ganha militarmente (casos de Angola e Moçambique) estava perdida do ponto de vista político. Para terminar quero realçar a enorme coragem dos líderes estudantis, determinantes na queda do regime. Não era fácil a sua luta pois muitas das vezes prejudicaram os seus estudos em prol das causas que defendiam. Falo com conhecimento de causa pois tive, como colega de quarto, um desses líderes que passava mais tempo na prisão do que em liberdade. Eram indivíduos à frente do seu tempo que se sacrificaram em prol de princípios cujos benefícios foram para outros. A revolução engoliu os seus heróis dando lugar aos democratas nascidos após o sucesso do golpe. Dezembro na década de 60
26 NOV 2019 / 02:00 H
Manuel João Baptista Rosa [ver Diário]
Os heróis de Abril esquecidos
25 ABR 2014 / 02:00 H.
Toda a nação fala dos responsáveis pelo golpe militar do 25 de Abril como sendo os únicos heróis que arriscaram a sua liberdade e, quiçá, a sua vida por esta nobre causa. No entanto, não devemos esquecer aqueles que, pertencentes ou não a partidos clandestinos, desbravaram o caminho para que tal fosse possível, lutando sem armas, apenas com a força das suas convicções, sujeitos a perseguições, prisões e torturas, com todo o sofrimento daí resultante, tanto a nível pessoal como profissional, e arriscando inclusivé a própria vida. Conheci, por um acaso do destino, um desses corajosos combatentes pela liberdade e justiça económica quando, em 1969, com 17 anos, fui para Lisboa estudar.
À saída da ilha, enquanto aguardava o embarque na “Pontinha”, fui detido pela PIDE, levado para as suas instalações na Rua da Carreira e, mais tarde, libertado, ainda a tempo de embarcar, embora somente após intervenção do meu pai e por via de um telefonema feito para a minha freguesia, desconhecendo até hoje a razão para tal detenção (suspeita de fuga à tropa?). Na capital, fui então residir durante ano e meio, na mesma pensão e quarto, que o Saul, grande activista estudantil anti-regime. Regressava normalmente pela madrugada (3-4 horas) e ponha-se a falar de temas de natureza política, completamente novos e complexos para mim. Dizia que o regime não concedia liberdade às pessoas de escolherem o seu destino político e que sustentava uma guerra colonial, logo, injusta; que a Igreja era o ópio (?) do povo e que Karl Max e Engels (nunca tinha ouvido falar destes) tinham demonstrado que a riqueza provinha do trabalho e, portanto, a mesma deveria pertencer a quem trabalha e não aos capitalistas acabando-se, desta forma, com as desigualdades sociais. Na aula de Economia Política, Saul e seus pares, exigiam que o professor falasse do modelo de economia socialista e não apenas do modelo capitalista. Instalava-se a confusão, com as aulas quase sempre boicotadas, mas dava para perceber que o professor estava condicionado, não apenas pelo programa escolar mas também politicamente impedido de falar sobre esse tema.
De todos os professores, apenas o de Geografia Económica falava abertamente das características negativas do regime. O Saul passava mais tempo preso do que em liberdade pois andava envolvido, achava eu, em conspirações e em todas as manifestações, como as do mês de maio – “dia do trabalhador” e “dia do regime”. Ia sempre ao Rossio ver, de longe, a manifestação e a actuação das polícias. Alguns destes manifestantes acabavam na prisão ou eram agredidos pela polícia, dado serem ocasiões em que bastava o uso de uma peça de roupa vermelha para haver sarilhos. Participei apenas em duas manifestações: uma contra a DGS, com a palavra de ordem “abaixo a DGS” pronunciada em tom baixo, que terminou com uma carga policial, e, numa outra vez, em que o instituto foi encerrado após reuniões consecutivas, nas quais participavam outras escolas. Fomos convidados, pela polícia, a abandonar o local quando um colega, com um pregão, ofendeu o comandante da polícia o que originou uma batalha campal.
Uma noite, encontrei o Saul de cabeça rapada, logo após uma das suas saídas da prisão, perto do Largo Luís Camões. Fomos tomar um café no “Castanheira” onde conversamos, vigiados por dois agentes da PIDE entretanto detectados pelo meu colega. Tendo em conta a situação, aconselhou-me a ir embora dali, dado o risco sério que corria de ser considerado um elemento da sua organização a qual, no entanto, não identificou. Na sequência deste episódio, passado pouco tempo, fui abordado por um indivíduo, com o argumento de que estudava em Moçambique e que gostava de entrar em contacto com a associação de estudantes. Pediu-me ajuda e eu, ingenuamente, fui apresentá-lo aos meus colegas que o identificaram como “bufo”, o qual tinha, provavelmente, como objetivos, infiltrar-se na associação ou saber da minha possível ligação à organização do Saul.
Nunca mais soube deste colega que tão corajosamente enfrentava as forças do regime. Agradeço-lhe a amizade, a compreensão para com a minha ignorância política e os seus ensinamentos que deram início à minha formação política e me permitiram perceber o quanto esta é importante na vida individual e colectiva das pessoas. Foram combatentes como ele - estudantes, padres, sindicalistas, intelectuais, entre outros- que, com acções destemidas, abriram as mentes dos militares e os incentivaram a libertar o país do regime vigente.
Manuel João Baptista Rosa [Diário]