Hélder Spínola explica as guerras internas do PS/Madeira ao Tribuna da Madeira
T.M. – Hélder Spínola acha que o atual executivo da Câmara Municipal do Funchal chega ao fim?
H.S. – Do ponto de vista de estratégia eleitoral o projeto ‘Mudança’ foi uma boa estratégia, foi um projeto ganhador. Ninguém tem dúvidas que se não se tivessem juntado seis partidos em torno de uma determinada candidatura, que foi a de Paulo Cafôfo, Bruno Pereira, mesmo com um resultado menos bom, teria ganho a câmara. Claro que surgiu aqui um problema. E eu julgo que pelo menos o início desse problema se resume a um problema de ‘dois galos no mesmo galinheiro’. Foi um problema, acima de tudo, de desentendimento entre duas personalidades, se calhar vincadas, se calhar uns com mais lastro político, outros com menos. Esse terá sido o início de tudo, ao que se junta alguma falta de experiência de Paulo Cafôfo, que no início poderia ter gerido as coisas de outra forma, pelo menos no sentido de tirar o problema do contexto da campanha para as europeias, de o arrastar um pouco no tempo sem sair cá para fora e tentar depois resolvê-lo da melhor forma. Se a pequena ‘fogueira’ que se criou inicialmente foi uma questão de ‘dois galos na mesma capoeira’, a verdade é que depois aquela situação serviu os interesses de muita mais gente. Não foi de estranhar depois ver, por exemplo, o Diário de Notícias alimentar aquela crise com uma visão muito lateral da questão, a dar enfoque a uma determinada perspetiva. Também não foi de estranhar ver o próprio Miguel Albuquerque vir a terreiro carregar em cima dessa questão. E também não foi de estranhar que a própria ex-vice-presidente da câmara (Filipa Jardim Fernandes), muito próxima de uma determinada fração do PS, tenha deitado muitas mais ‘achas nessa fogueira’. Penso que as proporções que a situação ganhou ultrapassaram muito as intenções ou o esforço de Gil Canha e de Paulo Cafôfo. Houve aqui muito mais gente a trabalhar para que aquela ‘fogueira’ ganhasse dimensão e, de preferência, tivesse um terminus que resultasse na queda do projeto ‘Mudança’ e, provavelmente, em eleições intercalares. Penso que, entretanto, tivemos novos desenvolvimentos. Neste momento, o que se constata é que a situação está serenada. Há praticamente toda uma nova equipa. É preciso também dizer que o projeto da ‘Mudança’ já estava feito na altura da campanha. O projeto ‘Mudança’ foi feito de forma muito minuciosa com uma participação de toda a equipa, em particular destes elementos que agora entraram para a vereação. Portanto, penso que não se trata de um problema de projeto. Esse projeto continua e o que se espera é que não haja qualquer problema no decorrer dos seus mandatos. Qualquer convulsão, qualquer problema tem apenas um beneficiário pelo menos do ponto de vista político e abrangente, que é o PSD. E não há qualquer interesse que isso aconteça, pelo menos para quem quer uma alternância política aqui na Madeira. Apesar desta crise ter se desenvolvido em plena campanha das europeias, há também um outro dado que eu julgo ser muito importante, nomeadamente se nós juntarmos os votos de todos os partidos envolvidos na ‘Mudança’ temos um reforço da confiança dos funchalenses, uma vez que os votos ultrapassam de forma folgada os 50% dos votos (total dos partidos da oposição) no Funchal, com o PSD a ter apenas 25% dos votos. Ou seja, mesmo depois da crise o que o Funchal disse foi: – “Nós não queremos o PSD de forma alguma”, mas também não disse: – “Nós queremos este partido ou aquele”. Portanto, há aqui ainda uma dispersão de votos. Não quer dizer que continue assim. Pode efetivamente, no caso da câmara, indiciar que os funchalenses não veem qualquer problema numa gestão multipartidária. Para a câmara penso que do ponto de vista eleitoral não se nota nenhum ‘cartão amarelo’ e muito menos um ‘cartão vermelho’. Do ponto de vista eleitoral o que se nota em relação à câmara é uma penalização de dois partidos envolvidos (PND e PS). Todavia, do ponto de vista global essas pessoas que ficaram desiludidas com o PND ou com o PS não foram votar no PSD. Esses eleitores foram votar noutros partidos também da ‘Mudança’.
Leia mais no Tribuna da Madeira: Crise na Câmara do Funchal era previsível http://www.tribunadamadeira.pt/?p=22790
Quando o careca, patrão da tua mulher, puser um lindo par de patins no seu mano Victor (o primeiro passo já foi dado pelo Iglesias) e sobretudo quando no final do mandato despachar a Idalina, veremos se Vossa Excelência fala da mesma forma. Levando a coisa para a área da Biologia, já reparou que o careca é uma cigarra e Vossa Excelência uma formiga?
ResponderEliminarMal anda o Pravda a transcrever uma entrevista deste badamerda spínola.
ResponderEliminarCARECA + CHUCKY= VITINHO (de patins)
ResponderEliminarRealmente aquele sorriso do Miguel Iglesias faz lembrar o tenebroso Chucky. Bem visto.
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