Mário Cesariny e Salvador Dali
(com a devida Vénia do Fenix do atlântico)
No Dia da Região e na presença do Presidente da República, o deputado José M. Coelho desfraldou uma bandeira do Estado Islâmico, como protesto contra o “fundamentalismo da Justiça portuguesa”.Rapidamente, numa manobra de propaganda (acções radicais têm este perigo) o PSD/Madeira acusou o deputado de estar a fazer apologia do DAESH e do terrorismo, e defenderam idiotamente que deveria ser feita uma queixa-crime no MP contra o deputado.Em termos políticos, o PSD utilizou uma velha técnica de contra-informação, insinuando que Coelho era simpatizante das acções de terror deste grupo fundamentalista, e assim, inteligentemente, desviaram as atenções do público do objectivo que Coelho pretendia denunciar.Esta técnica de propaganda, denominada pelos especialistas de “insinuação” não é nova. Em 1936, na célebre sessão solene de abertura do ano lectivo da Universidade de Salamanca, o general nacionalista Millán-Astray gritou o famoso lema da falange fascista: “Viva la Muerte!”O célebre filósofo espanhol Miguel de Unamuno, sabendo de antemão que era um grito de guerra para aterrorizar o inimigo, pois ninguém tinha medo da morte que até a glorificavam, levantou-se e defendeu a “Vida” e a “união de Espanha contra a violência”. Isto prova, uma vez mais, que é totalmente legítimo que se aproveite os deslizes, alegadamente infelizes dos adversários, para melhor combatê-los.Até aqui tudo bem. Agora o que me causou perplexidade foi ver certas “primas-donas”, algumas da dita Oposição regional, todas ofendidas e melosas porque o Coelho tinha mostrado a bandeira do Estado Islâmico.“Que horror!”; “que atrevimento!” diziam elas de credo na boca e todas lamechas.E qual o problema?! É ilegal?! É criminoso?! É contra a lei?!Ilegal era o Coelho defender as acções do DAESH, mas não o fez! Pelo contrário, acusou a justiça portuguesa de ser um Estado Islâmico fundamentalista dentro do Estado de Direito.Antes do 25 de Abril, o poeta surrealista Mário Cesariny escandalizou Lisboa, com as suas provocações exuberantemente efeminadas (as primas-donas da altura também ficaram escandalizadas) para obrigar a sociedade portuguesa de então a debater a homossexualidade e a liberdade individual, apesar de ser constantemente sovado e humilhado pela PIDE. Nos anos 90, a Benetton fez uma agressiva campanha publicitária, onde mostrava fotos de indivíduos infectados com a SIDA, o que causou grande polémica nos círculos do politicamente correto.Igualmente, nos E.U.A, também originou grande controvérsia, um vídeo de uma mulher a ser assassinada numa rua de Nova Iorque, onde lhe retiravam violentamente um casaco de peles ensanguentado, com o intuito de denunciar o uso de peles de animais no vestuário. Actualmente, na Ucrânia, existe uma organização feminista que passa a vida em manifestações de mamas de fora, para denunciar a exploração sexual e tráfego de mulheres, e seriam necessárias muito mais páginas deste blogue para dar exemplos de acções provocatórias que se fazem por esse mundo fora, com o intuito de chamar a atenção, forçar o debate e despertar consciências. Muitos poderão dizer, “mas é de mau gosto!”; “É demais!”; “Debaixo daquela bandeira matam e torturam”. Pois é, mas segundo o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, a liberdade de expressão é o valor mais alto, até chega ao ponto de defender que os cidadãos têm o direito a serem malcriados, irreverentes e radicais, desde que não ponham em causa os direitos dos outros.Quando, em 1939, o movimento surrealista de André Breton resolveu expulsar Salvador Dali do grupo, organizaram um pequeno julgamento. Dali compareceu perante os companheiros de termómetro na boca (como se estivesse doente) e a cada acusação tirava uma peça de roupa, até ficar nu. Depois bem alto gritou: - Eu sou o surrealismo! – declarando seguidamente o Direito Universal do homem à sua própria loucura.Ainda assim não se entende que pessoas menos esclarecidas tenham razão para se escandalizarem com a tal bandeira negra, mas ver pessoas minimamente cultas, armadas em “Vestais do Templo”, é que dá vontade de vomitar. O que fazia falta a estas pseudo-virgens ofendidas, era um Visconde do Porto da Cruz, quando na Calçada do Pico atirava pedras às beatas “imaculadamente castas” que saíam da missa.Mas, se na minha opinião e do próprio Presidente da República, o Coelho usou legitimamente uma liberdade reconhecida pela nossa Constituição, o mesmo já não posso dizer quando o José M. Coelho usa o megafone dentro da Assembleia, que na minha opinião é um acto ilegal e atentatório à liberdade de expressão dos representantes do povo, mesmo sabendo-se que aquele parlamento é uma farsa milionária controlada por Jaime Ramos e pela oligarquia dominante. Ou quando José Coelho mete maleficamente no mesmo saco todos os nossos Magistrados. Quando toda a gente sabe que em todas as instituições humanas, existe gente séria e gente desonesta, sendo até conveniente separar o vinho bom do mau.Pessoalmente, já disse ao Coelho que ele estava a ser burro com a questão do megafone. Além de dar armas ao “inimigo”, atenta contra direitos de terceiros. Aliás, a atitude é tão insane, que é igual a imaginarmos um General a destruir o seu próprio material de guerra, sob a estratégia aloucada de assim derrotar o inimigo (!).É por tudo isto que defendo a liberdade total de expressão, por exemplo, abomino e detesto as ideias alucinadas de Donald Trump, mas sou frontalmente contra a ralé que aguarda o fim dos comícios para “afiambrar” os seus simpatizantes.Viva a Liberdade Expressão! Viva as Primas Donas!
(com a devida Vénia do Fenix do atlântico)
GIL CANHA
Jose Manuel Coelho nutre uma profunda admiração pelo camarada Gil Canha....será que Gil Canha sera oferecido o lugar de cabeça de lista pelo ptp as autarquicas do Funchal? Sera que Gil vai aceitar ou ir contra a lista do Coelho noutra força partidária? Tantos mitos ainda por derrubar.
ResponderEliminarSerá que é só o PSD a "utilizar uma velha técnica de contra-informação"?
ResponderEliminarAs Virgens Vestais podiam ser castas, mas tinham um fogo... quem brinca com fogo, queima-se!
ResponderEliminarhttp://renovadinhos.blogspot.pt/2016/07/o-gilinho-filho-de-um-certo-emigrante.html
ResponderEliminarPara as próximas eleições regionais porque não colocar este homem da intelectualidade como primeiro candidato pelo PTP-M....pode ser que assim o partido consiga sobreviver caso contrario sera o adeus definitivo do partido. o Partido em Lisboa tem pouco mais de 10 militantes....na Madeira deve ter uns 30 contando com os figurantes.
ResponderEliminarGil Canha um visionário consegue ver coisas onde mais ninguém vê...o político da vanguarda não é por acaso que a família Coelho tem muita admiração pelo camarada Gil. o homem domina todos e mais alguns dossiês sabe tudo sobre economia, transportes, agricultura, pescas, desenvolvimento sustentável, etc.
ResponderEliminarGil Canha merece ser cabeça de lista pelo PTP-Madeira às próximas eleições autárquicas....com ele como cabeça de lista pelo Funchal o partido vai levantar cabeça caso contrario será o fracasso TOTAL.
Gil Canha f putativo futuro cabeça de lista nas autarquicas pelo Funchal na lista do PTP-Madeira.
ResponderEliminarGil Canha futuro putativo cabeça de lista do PTP-M.
ResponderEliminarGil Canha o futuro lider do partido do Coelho.
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