domingo, 24 de julho de 2016
Recordando a denúncia do jornal Quebra Costas sobre o primo do Alberto João (Junho de 2014)
Lourenço Perry Vidal o protagonista desta história
O peso dos “Cardosos”
Existem jornalistas condenados em tribunais cíveis da região a
pagar milhares de euros a mafiosos do regime, por “dá cá esta
palha”. Por exemplo, o antigo líder do PS, João Carlos Gouveia foi sentenciado por um tribunal da região a pagar cerca de 35 mil euros a Alberto João Jardim, só por dizer que ele era corrupto.
Mas, Francisco Lourenço Almada Cardoso Perry Vidal, primo
em 2º grau deAlberto João é reincidente em matar pessoas na estrada e a fugir, e o tribunal manda-o para casa em liberdade com umas miseráveis multas que somadas, nem chegam aos €2.000,00.
Fazendo aqui uma breve resenha hereditária, descobre-se que a
família de Jardim já manda na Madeira desde os tempos do fascismo. O avô de Jardim, o tenente Domingos Cardoso era um salazarista convicto e amigo pessoal do Visconde do Porto da Cruz, o famoso nazista madeirense que trabalhou na Rádio Alemã de Goebbels.
O tenente teve um filho, Agostinho Cardoso e uma filha, D.
Marceliana Cardoso (mãe de Alberto João). Agostinho Cardoso, além de médico, era o homem forte da ANP na região, partido único no tempo de Salazar. Inclusivamente, chegou a ser deputado na Assembleia Nacional do Estado Novo. O sobrinho, Alberto João, foi sempre seu protegido e graças ao tio, safou-se da Guerra Colonial, e no remanso do Palácio de S. Lourenço, escreveu artigos no jornal do tio, “Voz da Madeira”, defendendo a guerra ultramarina e fazendo
elogios ao regime fascista de Salazar e Marcelo Caetano.
Por sua vez, a mãe deste “felizardo” condutor, Dra. Teresa Maria Prado de Almada Cardoso Perry Vidal, era filha do dr. Agostinho Cardoso, referido protetor deAlberto João, já que o pai de Alberto João morreu cedo.A senhora foi casada como Eng. Perry Vidal, já falecido, que foi Secretário Regional do Governo de Jardim. A Dra.Teresa Perry Vidal além de ilustre notária da nossa praça, também foi 1ªSecretária da Assembleia Municipal do Funchal, presidida por João Dantas.Tudo malta laranja da pesada…
Assim, se o famigerado condutor fosse um pobre dum desgra-
çado levava pela medida grande e neste momento estava enjaulado
na
Cancela.
Uma sentença inacreditável
, no dia 18 de
Novembro de 2013, o 2º Juízo Criminal
doTribunal do Funchal condena a 3 anos
de pena suspensa, o arguido Francisco Lourenço Almada
Cardoso Perry Vidal. Envergonhadamente, a
justiça ainda condena o automobilista à frequência
de um programa de prevenção rodoviária, a designar
pela D.G.R.S. (Direcção Geral de Reinserção Social),
com a duração máxima de quatro meses e com
o custo máximo de mil euros, a suportar pelo condutor,
e ainda a entregar à Prevenção Rodoviária
Portuguesa a simbólica quantia de 750 euros.
No início deste ano, e quando determinados sectores mais restritos
da nossa sociedade tomaram conhecimento deste
simulacro de justiça, levantou-se
um intenso clamor surdo. Também o QC teve conhecimento
que os familiares das vítimas deste tresloucado
condutor ficaram extremamente revoltados
com a sentença, pois ninguém estava à espera deste
desfecho escandaloso: “No mínimo o tipo devia ter
comido 5 a 10 anos de pena efectiva, e só se safou,
porque a mãe e o Alberto João são muito poderosos”,
lamentou-se um familiar revoltado.
Mata e foge
Relembramos que este acidente, parcialmente
filmado por câmaras de video vigilância, provocou
grande alarme público. Como foi noticiado, na
manhã fatídica de 4 de Fevereiro de 2012, pelas
07h 42m, um condutor atropelou mortalmente
uma senhora de 81 anos, na Rua das Maravilhas,
e pôs-se em fuga sem prestar auxílio à vítima.
Contudo, a viatura que provocou o acidente foi
apanhada pelas câmaras de filmar de dois estabelecimentos
da zona. Na posse dessas imagens, a
PSP iniciou uma profunda investigação com o objectivo
de identificar o referido condutor, divulgando
inclusivamente nos meios de comunicação
social, 4 fotogramas que mostram a viatura interveniente
no atropelamento. Nesse comunicado,
assinado pelo Intendente Oliveira Martins, a polícia
refere que o “violento embate provocou
danos no capôt e no para-brisas (lado direito) e
projectou a vítima a uma distância considerável”.
Passadas duas semanas de verdadeira “caça ao
homem”, a polícia acabou por localizar a viatura interveniente
no acidente, e coincidência das coincidências,
na altura em que a PSP já tinha todos os
dados do fugitivo, o homem veio entregar-se à polí
cia.
Identificado, veio-se a descobrir que o individuo
tinha 38 anos e era primo deAlberto João Jardim e
filho de Teresa Maria Prado de Almada Cardoso
Perry Vidal, conhecida notária da cidade, e de um
antigo Secretário Regional do Governo de Jardim.
Constituído arguido, pela prática de vários crimes,
nomeadamente de atropelamento e fuga semprestar
auxílio à vítima, aguardou o julgamento em liberdade.
Serial killer do volante
Mas surpresa das surpresas, as autoridades descobriram
que o condutor era reincidente no crime,
não só já atropelara gravemente um transeunte no
Porto Santo, como também, na madrugada de 1 de
Janeiro de 1996, na Rua do Til, um jeep conduzido
por si desgovernara-se e colhera mortalmente uma
senhora, Genoveva Correia, e ferira gravemente
mais três pessoas, deixando uma delas incapacitada.
E azar dos azares (ou sorte…),também nesse evento
dramático fugiu do local da ocorrência sem prestar
auxílio às vítimas. Em todos estes acidentes, as autoridades
nunca descobriram se estava a conduzir
sob efeito de álcool ou outra droga, pois sempre se
pusera ao fresco.
O mais interessante é que a maioria dos comentários feitos
no DN sobre o acidente já profetizavam
que ele iria escapar à justiça, e todos mostravam sé
rias dúvidas se alguma vez seria preso, pois na altura
já corriam rumores sobre o seu parentesco com Jardim.
Houve inclusivamente um leitor que disse que
ele pertencia à classe dos “intocáveis”, uma afirma
ção à qual o tempo veio dar razão. “A justiça na Madeira
é parcial, só condena pilha galinhas e pata-
rapadas”, vociferou entre dentes um escrivão do tribunal,
ao saber da brandíssima sentença. Também
para os agentes da polícia que trabalharam em
ambos os casos, a sentença foi considerada uma vergonha
e um favor aos Grandes; “existem delitos
muito mais leves, como conduzir sob efeito do álcool,
que dão prisão, este mata por duas vezes e foge,
e nem um dia de gaiola apanha, na Madeira a justiça
é uma treta”, desabafaram indignados.
NOTA FINAL - Nem toda a justiça está podre,
as dicas desta reportagem foram dadas por certos
magistrados dos nossos Tribunais que também lutam
para que a justiça seja igual para todos. O nosso obrigado.
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