sábado, 6 de agosto de 2016
Partido Trabalhista rompe com o partido"Xuxa" da "mudança" e com os CDSezinhos do JPP
PTP de Coelho rompe apoio à Mudança
e ao JPP
Partido de Coelho revela-se muito
crítico da governação do Funchal
O PTP decidiu afastar-se politicamente da Mudança, no Funchal, e do JPP, em Santa Cruz. Candidaturas que, de forma diferente, apoiou nas últimas eleições autárquicas. A decisão de assumir a ruptura foi tomada numa reunião do Conselho Regional do partido, que aconteceu no dia 28 de Julho. Isso acontece porque “o objectivo de pôr termo à hegemonia e caciquismo do PSD nos vários concelhos da Região, foi alcançado. Não estamos arrependidos das opções que tomámos no passado e reforçamos a ideia de que sem a união dos partidos da oposição a correlação de forças dificilmente se teria alterado. Foi importante mostrar à população que a mudança era exequível”, mas houve muitas “manchas”, em especial na governação da capital madeirense, no entendimento do PTP.
O partido de José Manuel Coelho diz que a coligação no Funchal “ficou manchada pela postura e precipitação de Paulo Cafôfo, que, uma vez no poder, tratou de afastar os partidos da oposição da vereação, não mostrando consideração pelas forças políticas que o tinham ajudado. Tomando lugar junto do Partido Socialista, quando este se apresentou aos eleitores como candidato independente.”
O partido dá vários exemplos, que vão do chefe de gabinete a algumas assessorias, passando pela empresa municipal FrenteMar Funchal. A governação do actual presidente da CMF “não foi ao encontro das necessidades da população”, tendo-se, ao invés, ficado pelo “‘flop’ publicitário”.
Aliás, esse é um dos pontos em que, na opinião do PTP, existe proximidade entre as governações municipais de Paulo Cafôfo e de Miguel Albuquerque. “Neste capítulo de promoção pessoal com dinheiro dos contribuintes, Cafôfo ultrapassou Miguel Albuquerque”.
O partido dá outros exemplos, como os passeios pela diáspora, a falta de capacidade em ter uma palavra sobre os transportes públicos da cidade, a introdução da pré-inscrição para intervir nas reuniões de Câmara ou a má gestão da dívida, agora com a contracção de um empréstimo “para fins de obra eleitoralista”.
“Quando o PTP e outros partidos de esquerda se uniram em torno da Coligação Mudança, tínhamos como objectivo não só afastar o PSD do poder, mas sobretudo, derrotar as políticas propagandísticas, vaidosas e pessoais, com uma política solidária, justa e virada para os mais necessitados, mas não foi isso que se verificou.”
(diário assinantes)
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