« Perdoem-me se exagero. Mas quando se vê a Mulher – são quase todas na Igreja – ufanando-se da sua condição de servas, passivas e subservientes, sem coragem de afirmar a sua verticalidade e o seu direito à palavra (as Mulheres Católicas alemãs já marcaram posição perante o Vaticano!) perante tal indiferentismo generalizado, tem pleno vigor a interpelação de Biden.
Já noutro registo, caí de bruços quando na RTP/M ouvi uma senhora pontassolense de muita idade, nas eleições de 2017, manifestar-se ao jornalista contra uma mulher candidata entre outros homens concorrentes: ”Enquanto houver cabeças, os pés não mandam”. Ridicule, mais charmant! Reflexos directos do “Génesis” e da Carta de Paulo de Tarso. Se fosse erudita, a pobre senhora teria dito que “as costelas não mandam”.» (senso e consenso)
- Aos que identificam e distinguem o essencial do acessório.
- Aos que não confundem a árvore com a floresta.
- Aos que desmontam dogmas e ídolos caducos entronizados pelo fantasma da tradição mais obsoleta do “sempre foi assim”.
- Aos que ousam derrubar os ‘monstros sagrados’ que o regime atávico abusivamente .perpetuou.
- Aos que não admitem que ‘se trate melhor o tapete do que quem o pisa’ ou se dê à luva um cuidado maior do que à mão que a utiliza.
- Aos que detestam e destroem toda a espécie de publicidade enganosa.
- Aos que viram as costas aos farsantes do poder e aos prestidigitadores das religiões.
- Aos que têm a coragem de abrir “os sepulcros caiados de branco por fora, mas podres por dentro”.
- Aos que ousam resistir e dizer ‘não’, mesmo com a perda da reputação do sistema e com o risco da própria vida. (idem)
Jesus desmascara as falsas tradições
— 1Os fariseus e alguns doutores da Lei foram de Jerusalém e se reuniram em volta de Jesus. 2Eles viram então que alguns discípulos comiam pão com mãos impuras, isto é, sem lavar as mãos. 3Os fariseus, assim como todos os judeus, seguem a tradição que receberam dos antigos: só comem depois de lavar bem as mãos. 4Quando chegam da praça pública, eles se lavam antes de comer. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre.
5Os fariseus e os doutores da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, pois comem pão sem lavar as mãos?” 6Jesus respondeu: “Isaías profetizou bem sobre vocês, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim. 7Não adianta nada eles me prestarem culto, porque ensinam preceitos humanos’. 8Vocês abandonam o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens.”
9E Jesus acrescentou: “Vocês são bastante espertos para deixar de lado o mandamento de Deus a fim de guardar as tradições de vocês. 10Com efeito, Moisés ordenou: ‘Honre seu pai e sua mãe’. E ainda: ‘Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer’. 11Mas vocês ensinam que é lícito a alguém dizer a seu pai e a sua mãe: ‘O sustento que vocês poderiam receber de mim é Corbã, isto é, consagrado a Deus’. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vocês esvaziam a Palavra de Deus com a tradição que vocês transmitem. E vocês fazem muitas outras coisas como essas.”[7,1-13]
Jesus anuncia uma nova moralidade — 14Em seguida, Jesus chamou de novo a multidão para perto dele e disse: “Escutem todos e compreendam: 15o que vem de fora e entra numa pessoa, não a torna impura; as coisas que saem de dentro da pessoa é que a tornam impura. 16Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
17Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola. 18Jesus disse: “Será que nem vocês entendem? Vocês não compreendem que nada do que vem de fora e entra numa pessoa pode torná-la impura, 19porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, e vai para a privada?” (Assim Jesus declarava que todos os alimentos eram puros). 20Jesus continuou a dizer: “É o que sai da pessoa que a torna impura. 21Pois é de dentro do coração das pessoas que saem as más intenções, como a imoralidade, roubos, 22crimes, adultérios, ambições sem limite, maldades, malícia, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23Todas essas coisas más saem de dentro da pessoa, e são elas que a tornam impura.”[14-23]
Jesus veio para todos — 24Então Jesus saiu daí e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido. 25Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27Jesus disse: “Deixe que primeiro os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos.” 28A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos ficam debaixo da mesa e comem as migalhas que as crianças deixam cair.” 29Então Jesus disse: “Por causa disso que você acaba de dizer, pode voltar para casa; o demônio já saiu da sua filha.” 30Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já tinha saído dela.[24-30]
Jesus inicia uma nova criação — 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Levaram então a Jesus um homem surdo e que falava com dificuldade, e pediram que Jesus pusesse a mão sobre ele. 33Jesus se afastou com o homem para longe da multidão; em seguida pôs os dedos nos ouvidos do homem, cuspiu e com a sua saliva tocou a língua dele. 34Depois olhou para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abra-se!” 35Imediatamente os ouvidos do homem se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem nada a ninguém. No entanto, quanto mais ele recomendava, mais eles pregavam. 37Estavam muito impressionados e diziam: “Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar.”[31-37]
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