A juíza acordou
A juíza Tânia Loureiro Gomes
acordou para a realidade depois
da fuga de João Rendeiro. Mais
vale tarde do que nunca, mas
digamos claramente que uma
juíza não pode partir do
pressuposto que determinadas
pessoas são santas, apesar de
condenadas. Agravou agora as
medidas de coacção de Fernando Lima e de Salvador Fezas Vital,
mas que importa isto se o “chefe
criminoso” já fugiu? Esta medida
tomada agora só quer dizer que a
juíza tem culpas, ainda que
indirectas, no que aconteceu
com a fuga de João Rendeiro. Se
um qualquer João, que não o
Rendeiro, tivesse roubado umas
couves ou coisa parecida, por
certo que não teria tido as
facilidades para fugir que este
teve. Mas que fazer se é esta a
justiça que vigora em Portugal?
Alto aí. Temos muito que fazer.
Temos que nos revoltar contra a
justiça que é praticada em
Portugal e que só favorece
sempre, mas sempre, os
poderosos, os que têm dinheiro
para pagar a advogados que são
simples comerciantes. Temos
que continuar a levantar a voz
para que o acesso à justiça seja
igual para todos. Temos que
exigir, acima de tudo, que os
presumíveis culpados sejam
julgados e que justiça imparcial
seja feita.
Manuel Morato Gomes, Senhora da
Hora
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