Os grandes media “ocidentais” tentam esforçadamente ocultar as raízes fascistas do regime instalado (pelos EUA) em Kiev. Mas à medida que a situação militar se complica, e o ricochete das “sanções” se faz sentir, começam a surgir brechas. Até porque muitos destes fascistas são tão brutais em abusos, maus tratos e crimes de guerra como o são quando abrem a boca na qualidade de diplomatas e políticos.
A comunicação social «ocidental» é uma caixa de ressonância da propaganda de guerra do regime de Kiev. Vozes dissonantes são censuradas ou tachadas de «propagandistas de Putin». Mas as zangas das comadres destapam algumas verdades escondidas e ignoradas.
A agência estatal alemã, Deutsche Welle, noticiou (1.7.22) que «Andriy Melnyk, o controverso embaixador ucraniano na Alemanha, suscitou a ira da Polónia, Israel e grupos judaicos […] ao defender numa entrevista o dirigente nacionalista ucraniano Stepan Bandera» (colaboracionista com as tropas nazis durante a II Guerra Mundial), «afirmando que Bandera não foi um assassino em massa de judeus e polacos». A Embaixada de Israel diz que «a afirmação do Embaixador ucraniano é uma distorção dos factos históricos, menospreza o Holocausto e representa um insulto a quantos foram assassinados por Bandera e a sua gente». Um site noticioso polaco (notesfrompoland.com, 1.7.22) conta como, nessa entrevista, o embaixador ucraniano disse que as afirmações sobre os crimes de Bandera são uma «narrativa russa». Mas quando o entrevistador «citou um folheto de propaganda assinado por Bandera, apelando à “eliminação” de russos, polacos, húngaros e judeus», o embaixador respondeu que «não me vou distanciar disso. É a minha decisão, mesmo que não a compreenda». O site polaco acrescenta que na Ucrânia sob ocupação nazi, «entre 1943 e 1945, a UPA de Bandera conduziu uma operação de limpeza étnica que resultou na morte de até 100 000 polacos, no que ficou conhecido como o massacre de Volhynia». Acrescenta: «já no ano passado os embaixadores polaco e israelita [na Ucrânia] condenaram em declaração conjunta a atribuição do nome dum colaboracionista com a Alemanha Nazi associado aos massacres de polacos e judeus [Roman Shukhevych] a um estádio na Ucrânia». O governo ucraniano, fingindo ignorar o culto oficial de Bandera na Ucrânia de hoje, tentou distanciar-se afirmando que «as opiniões do embaixador da Ucrânia […] são suas e não reflectem a posição do MNE da Ucrânia». Já conhecido pelos seus ataques (até pessoais) ao chanceler alemão, a sua diatribe contra polacos e judeus acabou por lhe custar o lugar de embaixador. Se se tivesse ficado pelos russos…
As raízes fascistas do actual poder ucraniano não se ficam pelo passado distante. Em 2014 a revista Newsweek (10.9.14) titulava: «Voluntários nacionalistas ucranianos cometem crimes de guerra “ao estilo do ISIS”». Escrevia: «voluntários armados que se auto-intitulam de batalhão Aidar têm estado envolvidos em abusos em larga escala, incluindo raptos, detenções ilegais, maus tratos, roubos, extorsões e possíveis execuções, escreve a Amnistia [Internacional]. […] A afirmação da Amnistia surgiu antes da divulgação hoje nas redes sociais do que parecem ser as cabeças decepadas de dois civis. […] A rede noticiosa Pravilnoe TV, baseada em Kiev, relatou ter falado com a mãe duma das vítimas, que confirmou […] ter recebido pelo correio a cabeça do filho numa caixa de madeira». Estes bandos terroristas fazem hoje parte das forças armadas ucranianas.
EUA/Biden e UE/Von der Leyen bem podem pregar sobre o combate da Ucrânia pela «democracia», «liberdade» e «valores da UE». Não conseguem apagar o fedor a fascismo. (diário info)
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