A
Cidade de Gaza na prática não existe mais.
Ao longo destes dois meses de guerra, depois do atentado terrorista do Hamas, as forças
israelenses destruíram a maior parte das edificações dessa metrópole no norte do território
palestino. Não há casas para os residentes retornarem. Não há escolas para as crianças estudarem. Não há playgrounds para brincarem. Não há mercados e lojas para fazerem compras. Sequer há ruas que possam ser reconhecidas.
Centenas de milhares de moradores foram removidos por Israel da Cidade de Gaza, no norte,
onde se concentraram as ações israelenses, para áreas no sul, como Khan Younis. Após o cessar-fogo, porém, as operações passaram a focar
justamente no sul. Segundo o Exército de Israel, Khan Younis seria o “centro de gravidade do
Hamas” — diziam o mesmo da Cidade de Gaza
até dias atrás. São as duas metrópoles do enclave. Agora, os moradores do sul e os deslocados
do norte também precisam sair da cidade. Talvez sejam mais de um milhão de pessoas.
Se a quase totalidade dos habitantes do norte
foi para o sul, e agora os da maior cidade do sul
também precisam se deslocar por ordem de Israel, para onde podem ir? Para o norte é impossível. Primeiro porque Israel não permite e segundo porque só há escombros. Não sobra, portanto, praticamente nenhum lugar seguro no
território com infraestrutura.
Na minúscula Faixa de Gaza, com 40km de
extensão e em média 10km de largura, os palestinos enfrentam dificuldades para ir ao banheiro. Relatos indicam que os existentes têm mais
de duas horas de espera e estão em péssimas
condições, sem descarga. Não há água potável.
É quase sempre contaminada. Banhos ficaram
raros. Há milhares de casos de infecção alimentar e boa parte dos hospitais não funciona. Faltam remédios, insulina para diabetes e antibióticos. Mulheres grávidas enfrentam dificuldade para dar à luz. As mortes prosseguem. Já ultrapassam 16 mil, e metade seria de crianças. Segundo estimativa da
ONU citada pelo New
York Times, o número de
crianças e adolescentes
mortos em Gaza em menos de dois meses de
guerra é o dobro de toda a
guerra na Ucrânia.
As fronteiras terrestres com Israel e Egito seguem fechadas. Basta lembrar da dificuldade
que foi para o Brasil retirar algumas dezenas de
cidadãos. Pelo mar, tampouco há alternativa, já
que o espaço marítimo é controlado por Israel,
assim como o aéreo — ambos já eram antes dos ataques ao país. Além disso, mesmo que saíssem, há o trauma da população — a maioria dos
palestinos de Gaza descende de pessoas que saíram ou foram expulsas de cidades e vilas no que
hoje é Israel na guerra de 1948.
Israel tem, sim, o direito de se defender de um
dos mais sangrentos ataques terroristas da História da Humanidade. Mais de 1.200 pessoas
foram mortas com crueldade. Mulheres foram
estupradas e mutiladas. Cerca de 240, incluindo bebês e idosos, foram sequestrados pelo Hamas. A questão não é o direito dos israelenses de
se defenderem dos terroristas do Hamas e, sim,
se essa estratégia, que provoca milhares de mortes de inocentes, é correta.
A imagem israelense está desgastada em
grande parte do mundo, especialmente entre
os jovens. O sentimento antissemita toma conta até mesmo dos campi de algumas das melhores universidades do planeta. Para completar,
nada garante que o Hamas será derrotado. Pelo
contrário, há indícios inclusive de que o grupo
esteja ficando mais popular e, mesmo depois de
dois meses, os terroristas seguem ativos na sua
capacidade de lutar contra Israel. (O GLOBO)
Calado e Albucocas também estão a tentar destruir o Funchal (e a Madeira) todas, mas sem ser preciso usar bombas
ResponderEliminarGilinho ....querias querias....
ResponderEliminarO que é que o Coelho diz pelo facto da sua amada e adorada Rússia estar a destruir a Ucrânia de norte a sul??? Não diz nada contra o "santo" do Putin???
ResponderEliminarO Ditador mentiroso mira, tem prazer sexual na violência, na destruição, no seu adorado Putin e na Coreia do Norte.
ResponderEliminarA ditadura agrada-lhe
Passar informações falsas ao povo também
A elevação aos ditadores, é o seu sonho.
Ele é um, mas não é inteligente
Viva Putin! Abaixo o ZéLensky!! Ahah
ResponderEliminarEste é o Mira que diz que não lida, nem gosta de criminosos, bravo!
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