quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Paulo Morais desmitifica mais um argumento da juizada fascista na defesa dos poderosos

Presunção de culpa

A “presunção de inocência” é uma das maiores mentiras do espaço público nacional.


«Sempre que, em Portugal, alguém famoso e influente (político, juiz, banqueiro ou empresário) é apanhado pela Justiça, logo um coro de indignação se levanta em defesa dos poderosos. E dois argumentos surgem, invariavelmente: o de que todos têm direito à mais acérrima defesa; e, além disso, até serem condenados com trânsito em julgado, todos beneficiam da presunção de inocência. Estas ideias são dois monumentais embustes. Nada mais falso. ... 

... A “presunção de inocência” é uma das maiores mentiras do espaço público nacional. O argumento é difundido de forma maciça nos media, em acções de manipulação da opinião pública. Basta para tal que os arguidos sejam Ricardo Salgado, Rui Rangel, José Sócrates, Armando Vara, Oliveira Costa, Álvaro Sobrinho, Miguel Macedo ou Manuel Vicente — e logo um rol de serventuários se prontifica a vir às televisões mentir sem pingo de vergonha. Os que vêm para a praça pública defender arguidos de jet-set são habitualmente advogados das maiores sociedades jurídicas nacionais, de Morais Sarmento a Lobo Xavier, de Magalhães e Silva a Rui Patrício, de Rogério Alves a José Miguel Júdice.» [ver Público]

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