domingo, 28 de fevereiro de 2021

Joan Sanxo Farrerons o "Jose Vilhena" espanhol

 

El sardanista pornógrafo que se merece una calle en Barcelona

El hispanista Jean-Louis Guereña aborda el retrato del inclasificable Joan Sanxo Farrerons, el tipo de hombre al que Lluís Companys perseguía por sus pulsiones bibliofilas
SANXO FARRERONS: PORNOGRAFIA E LUTA DE CLASSES Uma mistura explosiva de erotismo e anarquiaJoan Sanxo Farrerons (1887-1957), que também usou os pseudónimos Victor Ripalda e Laura Brunet, foi um escritor e editor catalão a quem o historiador Jean-Louis Guereña chamou “o rei da edição erótica e pornográfica em Espanha” nos anos 20 e 30 do século XX. Essa atividade, aliada a uma convicta militância libertária, teve por resultado obras como ‘A Derrota das Direitas’, uma mistura explosiva de erotismo e anarquia. Graças a uma herança, fundou a editorial Imprenta Layetana, que lhe permitiu publicar livros e revistas de vários géneros, do infanto-juvenil até à pornografia, que chegou a circular por toda a Espanha e até na América Latina. As histórias eram ousadas para a época, com insistência no lesbianismo, no sadomasoquismo e até na zoofilia. Na biografia ‘O Sardanista Pornógrafo’, Guereña sublinha que o discreto Farrerons (não se conhecem fotos suas) foi alvo da censura não só durante a ditadura do general Primo de Rivera (1923-1930), mas ainda mais por parte das autoridades republicanas (1931-1939), com destaque para o governo regional catalão encabeçado pelo líder autonomista Lluís Companys. Apesar disso, o editor não hesitou em apoiar a República durante a guerra civil. Em 1939, com a vitória de Franco, Farrerons perdeu tudo. A editora fechou e os seus pseudónimos caíram no esquecimento. Tal como ele próprio: depois de ter escapado com vida aos tribunais de guerra franquistas, acabou a carreira como operário numa fábrica de lâmpadas.

Perseguido pela censura da monarquia, da república e do regime de Franco
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