quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Maria Filomena Mónica, a socióloga que não entende como Cabrita não se demite e Ricardo Salgado e José Sócrates não são julgados

 


"Num país como o nosso em que temos arguidos há décadas, onde Ricardo Salgado e José Sócrates [estão] por julgar! O que é que se passa? Quando o ministro Eduardo Cabrita, depois de ter tido conhecimento das condições da morte do cidadão ucraniano não se demite! Isto não me entra na cabeça. A Provedora de Justiça já lhe tinha dado conhecimento que havia tortura e sua excelência achou que não faz mal. A parte para mim mais negra é o desrespeito que os portugueses têm pela lei."



Caros Cruz: Culpado ou inocente? - Ricardo Sá Fernandes está convencido que está inocente

 

 O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem deu razão a Carlos Cruz na parte de uma queixa que este tinha apresentado referente à recusa de provas submetidas pela defesa no processo Casa Pia. Ricardo Sá Fernandes, advogado do antigo apresentador de televisão, saudou a decisão e admite avançar em outubro com um pedido de revisão do processo Casa Pia. Em entrevista no Primeiro Jornal da SIC, Sá Fernandes admitiu reabrir o processo, garantiu que tem "a certeza moral de que Carlos Cruz é inocente" e considerou o processo Casa Pia "uma tragédia na história da Justiça em Portugal" SIC

A juizada fascista comete as argoladas e o povo contribuinte é que paga

 O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou o Estado português ao pagamento de cerca de 68 mil euros a Paulo Pedroso, no processo Casa Pia. Numa decisão conhecida esta manhã, o tribunal de Estrasburgo entendeu que no momento da detenção não existiam provas suficientes de que o antigo ministro tivesse cometido os crimes de abuso sexual de menores, relatados pelos jovens.
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos criticou a decisão do juiz Rui Teixeira que não deu acesso à defesa dos testemunhos e dos relatórios médicos das alegadas vítimas e condenou ainda os tribunais da Relação e o Supremo por terem negado uma indemnização ao antigo governante por detenção ilegal.
Paulo Pedroso exigia ao Estado português uma indemnização por ter sido detido preventivamente sem indícios suficientes para tal ter acontecido, como ficou reconhecido por um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa.
De acordo com a sentença do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, o Estado tem três meses para indemnizar o socialista, que foi detido em 2003 quando era deputado e porta-voz do Partido Socialista, tendo o momento sido captado pelos canais de televisão.
Pedroso permaneceu em prisão preventiva entre maio e outubro de 2003, no âmbito do inquérito então em curso no Ministério Público que ficou conhecido como caso Casa Pia. Ver SIC


A festa de passagem do ano do governo regional da Madeira






terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Bom trabalho do "padre" Oliveirinha e seu sacristão Roberto Ferreira, estão de parabéns ao denunciarem a jogada do António Costa ao apertar os tomates ao Pedro Calado e ao mamão do Paulo Prada com a questão do CINM

 Ah! grande padre Oliveira! Estás a fazer um bom trabalho na companhia do teu sacristão Roberto! 

O testa de ferro, Pedro Calado, está furioso.

 Olha! Fizeste um bom trabalho sim senhor! 
 Como vocês não podem publicar isto no Diário de Notícias, do vosso patrão, o monopolista Sousa dos Portos, então publicam no vosso blog clandestino, CORREIO da MADEIRA. 
 Neste blog vocês a estão salvo dos apagões dos tribunais fascistas de Portugal e dos seus magistrados corruptos. 
 Assim já não sofrem nenhuma represália com o artigo VI do Código Penal fascista atualmente em vigor.
  O PRAVDA-ILHÉU vosso colega congratula-se com o bom trabalho que vocês estão a fazer aí, no desmascaramento daqueles corruptos do Governo Regional da Madeira. Tudo de bom para vocês!

António Costa faz xeque mate positivo ao CINM


 Pedro Calado ficou louco de raiva com a proposta de António Costa para o CINM e com isso desmascarou-se por completo, sobretudo a narrativa do Governo Regional e de suas intenções: tentar manter o "esquema".

Alguém, madeirense, que me diga se não concorda com isto:

O Governo de António Costa já fez chegar ao Parlamento a sua proposta de lei para alterar as regras da Zona Franca da Madeira (ZFM). A partir de agora, as empresas licenciadas no centro de negócios madeirense só poderão continuar a beneficiar de um IRC reduzido — com uma taxa de 5% — relativamente aos lucros com origem em actividades realizadas no arquipélago e se os trabalhadores forem residentes fiscais na Madeira. Também há critérios mais apertados em relação à contabilização dos empregos a tempo parcial.

Só Pedro Calado "representante do povo" não lhe agrada? ... será mesmo do povo? Mas a explicação prossegue:

As mudanças procuram evitar que se repitam as irregularidades encontradas pela Comissão Europeia, que, ao fazer uma investigação aprofundada à forma como Portugal aplicou as normas, detectou que o Estado não estava a cumprir as condições acordadas com Bruxelas em 2007 e 2013 — a obrigação de os lucros aos quais se aplica a redução do IRC resultarem de actividades materialmente realizadas na Madeira, e o requisito de só os empregos criados e mantidos na região serem tidos em conta para o cálculo desse benefício fiscal.

Então o Governo Regional, depois de todas as manifestações de ir adoptar as recomendações, chateia-se com António Costa que está a adoptar as recomendações? Afinal quais eram as de Calado, ao jeito de manter a máfia que deu mau nome no "paraíso fiscal" e à Madeira ... lavandaria da Europa e de África? Mas continuemos ...

Pelas regras actuais (do chamado regime IV, baseado naquele que foi investigado pela Comissão), o licenciamento de entidades da ZFM só é possível até 31 de Dezembro de 2020 (permitindo um IRC reduzido até 2027). O que o Governo propõe é que esse prazo de licenciamento seja alargado por mais um ano, permitindo a admissão de novas empresas até 31 de Dezembro de 2021. Só que, agora, haverá condições mais apertadas para a atribuição desses incentivos até 2027. Os requisitos eram até aqui inexistentes em lei, embora já estivessem estado subjacentes nas condições definidas por Bruxelas quando, naquelas duas decisões, aceitou que Portugal mantivesse a ZFM.

Afinal Pedro Calado gostava do CINM desregrado? Foi colaboracionista e fechou os olhos? Claro que sim, então o CINM não foi por ajuste directo também condenado? Estamos em presença de um político com imenso poder, na dimensão da Madeira, muito mais testa de ferro do que representante do povo! Também está contra ...

O Estatuto dos Benefícios Fiscais continuará a estabelecer tectos máximos à matéria colectável a que é aplicada a taxa reduzida de IRC em função do número de trabalhadores (por exemplo, há um plafond de 2,73 milhões de euros pela criação de um a dois postos de trabalho). Com uma diferença: pela proposta do Governo, em vez de a lei prever apenas que esses limites são determinados em função do número de postos de trabalho mantidos em cada ano, é obrigatório que essa criação e manutenção de postos de trabalho seja “determinada por referência ao número de pessoas que aufiram rendimentos de trabalho dependente, pagos ou colocados à disposição pela entidade licenciada, desde que residam, para efeitos fiscais, na Região Autónoma da Madeira”.

Ficaram irritados com o fim das sedes de caixa postal e trabalho temporário? ... sabemos que os mortos votam, agora 6000 empregados que sempre se atiram pela boca fora no ai Jesus tem muito que se diga! ... e prossegue o xeque-mate ...

Ficam excluídos dessa contabilização “os trabalhadores cedidos por empresas de trabalho temporário”. Ao mesmo tempo, os trabalhadores a tempo parcial ou intermitente terão de ser “considerados proporcionalmente ao praticado a tempo inteiro numa situação comparável”.

Mas António Costa também recebeu uma lição, de certa forma, é um líder que assimilou a tendência natural que existe no continente de deixar a Madeira falar e fazer como quer, fartos de aturar verborreia e insultos. Você não faria o mesmo? Ao deixar correr esta Autonomia da tanga e covil de chupistas, Costa apanhou por tabela ...

Estas condições ficam na lei porque Bruxelas detectou que o Estado português, contrariando o espírito do que ficara acordado, estava a atribuir incentivos sem controlo, admitindo para o cálculo do incentivo fiscal postos de trabalho criados fora da zona franca e mesmo fora da União Europeia, considerando empregos a tempo parcial como se fossem a tempo integral e validando uma multiplicação de empregos (com as mesmas pessoas contabilizadas em mais do que uma) sem recorrer a “um método de cálculo adequado e objectivo”.

É hora de adoptarmos outra postura porque estamos isolados mas, alguns embevecidos com o poder, acham que tudo podem e que terminado o poder não terão a justiça à perna. Ainda querem arriscar em insistir na defesa dos que chulam a Madeira?

As ilegalidades foram descobertas em relação ao regime III (que permitiu o licenciamento de empresas de 2007 a 2014, garantindo um IRC reduzido até este ano de 2020), mas o problema é extensível ao regime IV que agora é prorrogado (com alterações), porque o Estatuto dos Benefícios Fiscais continuou a ser omisso em relação àquelas questões concretas. É justamente por essa razão que surge esta proposta, agora que o prazo de licenciamento do regime IV está prestes a acabar. Relativamente à origem dos lucros, e uma vez que Bruxelas exige que haja uma contabilização separada entre os rendimentos gerados no arquipélago e fora da região autónoma, o Governo propõe de forma expressa que o valor acrescentado bruto das actividades tida em conta para o cálculo dos incentivos fiscais tem de ser obtido na Região Autónoma da Madeira, os custos anuais com a mão-de-obra têm de ser suportados no arquipélago e o volume anual de negócios a considerar também tem de ser realizado na região.

Mais uma tirada de que Lisboa quer matar os madeirenses à fome? Como, garantindo que há mesmo emprego para madeirenses? Então o testa de ferro, funcionário do Avelino que construiu o Savoy para dar emprego e promotor de obras públicas para dar emprego, agora não se importa com a mesma estratégia no CINM? Forte mentiroso e interesseiro! 

Link da Notícia
Quem promove monopólios, afasta cruzeiros, governa para o cartão laranja, não consegue atrair rotas aéreas para a Madeira, insulta toda a gente e baniu o ferry de ligação ao continente é o quê? Sectário? Isolacionista? E agora ... branquear!? Até dá dinheiro e pagar pelo que foi oferecido por ajuste directo é uma pechincha? Com um show off de cheque que deveria ser de valor muito mais elevado? Desculpem mas tem que ser dito assim, que aflição para manter a mama! Estes amigos da onça, falsos, não são amigos de ninguém, nem de madeirenses nem dos empregados reais do CINM.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Juiz desembargador, Silvio de Sousa jubilado com reforma das arábias


 


O Juiz madeirense que condenou o padre Frederico Cunha, está aposentado com uma reforma milionária equivalente a 10 ordenados mínimos. 

 O sistema, formado pelos dois grandes partidos do sistema (PS e PSD), dão vencimentos chorudos aos magistrados e chamam-lhes Órgãos de Soberania.


  Por isso é que as sentenças dos mesmos são sempre em beneficio dos seus negócios. 

Juiz desembargador madeirense passa a receber uma reforma dourada de 6.393€  /mensais

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/sentenca-do-padre-frederico-cunha/

Amadeu Guerra que investigou José Sócrates na operação Fizz, também jubila-se com reforma dourada: 6.393€/mês.
Carlos Nogueira Fino, da UMA (4.530€) de reforma








O troglodita Bolsonaro insulta Dilma Roussef

 

Bolsonaro diz que aguarda raio X de Dilma após tortura durante ditadura

Integrante de movimentos contra a ditadura, a ex-presidente foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo, aos 22 anos, e passou quase três anos na cadeia
 O presidente da República, Jair Bolsonaro, ironizou nesta segunda-feira, 28, a tortura sofrida pela ex-presidente da República Dilma Rousseff no período em que ela foi presa, em 1970, durante a Ditadura Militar. A apoiadores, Bolsonaro chegou a cobrar que lhe mostrassem um raio X da adversária política para provar uma fratura na mandíbula."Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X", afirmou.


 Integrante de movimentos armados de esquerda contra a ditadura, a ex-presidente foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo, aos 22 anos, e passou quase três anos na cadeia.
 Bolsonaro citou também os ex-maridos de Dilma, ambos alvos de críticas irônicas. "O primeiro marido dela, que está vivo, Claudio Galeno, sequestrou um avião e foi para qual País democrático? Cuba. O segundo, que morreu, Carlos Araújo, (...) falou que passou a lua de mel com Dilma Rousseff assaltando caminhões de carga na baixada fluminense (risos)."

 Antes de falar sobre a ex-presidente, Bolsonaro declarou que o PT sempre falava de práticas de militares, mas não quis investigar a suposta tortura sofrida pelo então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, morto em janeiro de 2002. "Quando foi torturado e executado um cara deles, o PT não quis investigar."

 O presidente citou crimes e mortes posteriores e supostamente relacionados à morte de Celso Daniel, inclusive a de Carlos Printes, médico legista que emitiu laudo apontando sinais de tortura no corpo do então prefeito.

 Apesar da polêmica sobre o crime, a polícia concluiu que Celso Daniel foi sequestrado e morto por engano.
 Bolsonaro, no entanto, afirmou aos apoiadores que o sequestro ocorreu para que o ex-prefeito falasse "onde estava o dossiê das empresas de ônibus que pagavam uma graninha todo mês para a campanha daquele barbudo (Lula), em 2002", disse.

Este é uma referência para o Bolsonaro


(ESTADO de MINAS)

O Figueiroa e o Avelino andaram na Ponta Delgada a construir muralhas tapando ribeiros e agora desgraçaram aquelas populações. Dionísio Andrade no "Fénix" e Ricardo Oliveira e Roberto Ferreira no "Correio da Madeira" denunciam a situação

DIONÍSIO ANDRADE

MÃE NATUREZA
A legenda é minha mas a foto é de Homem de Gouveia/Funchal Notícias

 

Já me tinha despedido dos meus caros leitores no Fénix do Atlântico em 2020, e só iria voltar ao contacto com os meus leitores em 2021, mas os graves acontecimentos no dia de Natal, com a destruição de muitas habitações, carros, cemitério e agricultura nas freguesias, de Ponta Delgada, Boaventura e São Jorge, a que me ligam laços familiares, fez com que voltasse a escrever mais este artigo de opinião, ainda este ano.

No dia do nascimento do menino Jesus, que a comunidade católica celebra na região com muita devoção, alegria e entusiasmo, para as populações dos concelhos de São Vicente e Santana foi um dia de tragédia, desespero e angústia. Quem ditou as regras não foi o menino, mas a mãe natureza que é bem tramada, quando se sente violada e desrespeitada. A mãe natureza é que dita as suas regras.

Eu tive a sorte de ser alertado a partir dos 10 anos de idade, a respeitar a natureza e o meio ambiente, porque os meus pais fizeram questão que eu me tornasse escuteiro, uma escola de valores humanistas, mas também pelo respeito pela natureza, bem cedo comecei a visitar as serras da Madeira, a perceber a sua biodiversidade e a respeitá-la. Fui escuteiro no início dos anos 70, no seminário da Encarnação, pertencendo à patrulha Leão, talvez umas das razões por ser sportinguista e maritimista. E durante 6 anos aprendi a importância da natureza e do ambiente, para a nossa vida e para a nossa sustentabilidade, mas também para as plantas, árvores e animais. Isto tudo antes do 25 de Abril de 74.

Quando acontecem estas desgraças, aparecem os nossos governantes, que nunca foram preparados para respeitar a natureza, a correr aos locais de destruição, como salvadores da Pátria, a culpar a mãe natureza por tudo o que correu mal. Tenho de confessar aos meus estimados leitores que me provoca asco e nojo este tipo de declarações populistas e oportunistas, que pretendem tirar dividendos políticos no meio das desgraças dos outros.

Estas tragédias acontecem, em parte, porque os sucessivos governantes não respeitaram a natureza, e estão ao serviço dos grandes tubarões do betão, vão estrangulando os ribeiros e as linhas de água, e depois quando chove um pouco mais acontecem estas destruições, que põem em risco vidas humanas e animais, e a culpa é sempre da chuva.

Desde pequeno que oiço os mais velhos da freguesia dizerem que a "ribeira vem sempre buscar o que é dela". E ninguém construía junto às ribeiras porque sabiam que elas eram de grande caudal em dias de tempestade. Sou do tempo em que os estudantes tinham que ir para o Funchal, porque o máximo que existia na freguesia e no concelho era a 4ª classe, e a viagem entre São Jorge e o Funchal demorava 3 horas de camioneta. 

E em muitas noites de temporal ficávamos barrados por quebradas ou galhos de árvores. O remédio era sair do autocarro e tentar desobstruir a estrada afastando as pedras e os galhos de árvore e continuar o caminho até ao destino. Mas nunca esta destruição que se verifica nos dias de hoje. 

A COSMOS, à qual presido com muito gosto, mesmo antes de eu chegar à direção, vem alertando há vários anos para as loucuras que se fazem ao estrangular as ribeiras e as linhas de água. E qual é a resposta dos nossos políticos? Os ambientalistas estão contra o progresso e o desenvolvimento. Mas a mãe natureza vem com a sua opulência e passa um atestado de incompetência e cretinice a estes políticos que não respeitam a natureza e o ambiente.

Após o 20 de Fevereiro, assisti à maior fraude do Governo jardinista, que foi utilizar o dinheiro das ajudas para “remediar” e “consertar” o curso das linhas de água e fazer obras para inglês ver. Em vez de retirarem as pessoas de zonas de risco (e havia milhões de euros para isso) amuralharam os ribeiros com betão, mas continuaram estes a serpentear as casas, os quintais e outras edificações. Basta ir às zonas altas da cidade do Funchal, e ver ribeiros estrangulados cheios de betão dum lado e de outro… MAS ESTRANGULADOS!

Os autarcas também são responsáveis por estas desgraças, porque muitas vezes, para agradar e ganhar votos, permitem a construção de habitações em zonas de risco. Mas agora vêm todos prazenteiros chorar "lágrimas de crocodilo" e dizer que a culpa é da chuva.

Não quero ser catastrofista, mas os estrangulamentos das ribeiras da Ponta do Sol, Madalena do Mar, Ribeira Brava e Funchal em dias de grandes enxurradas podem provocar uma onda de destruição muito maior do que vimos ontem em Ponta Delgada, Boaventura e São Jorge.

No meio desta desgraça, foi bom ouvir uma moradora que ficou com a casa destruída culpar os senhores Daniel Figueiroa, ex Director Regional das infraestruturas e recursos hídricos, João Caldeira, antigo Presidente da Junta de Freguesia de Ponta Delgada, e Jorge Romeira, antigo Presidente da CM de São Vicente, responsáveis por esta destruição da habitação dos seus pais. Porque foram alertados há muitos anos para os erros que tinham cometido ao estrangular o ribeiro. Bem-haja a quem anda de olhos bem abertos!

 

Um Feliz Ano Novo (fénix do Atlântico)


 Roberto Ferreira e padre Oliveirinha com medo de citar o nome do Figueiroa nas críticas que fazem sobre o governo do Albuquerque, no Correio da Madeira.  

  Eles escrevem sempre no Correio aquilo que não podem escrever no Diário  de Notícias do Sousa, onde têm lá o seu bom tachinho. Mas como têm medo de serem despedidos, ocultam cuidadosamente o nome do figurões do governo. Colocam lá asteriscos...ah! ah! ah!.

Ver no Correio da Madeira




José Daniel Vieira de Brito Figueiroa é um governante corrupto como nos explicava o saudoso Tolentino:
com domicílio profissional à rua Dr. Pestana Júnior, n.º 6, município do Funchal, na qualidade de Diretor Regional.


 Ver jornal Público

Recebe patrocínios da maior construtora da ilha a quem compete fiscalizar as respectivas obras

Figueiroa, por vezes manda esconder sua foto, o pardalão não anda à vontade.


Mudando de assunto vamos dar uma olhada na
Reforma choruda de um figurão do regime jardinista



domingo, 27 de dezembro de 2020

Eduardo Dâmaso fala-nos da operação Lex. Quando se provou que a Justiça Portuguesa estava toda corrupta

 

Operação Lex 
A Justiça e o fundo do poço

Por Eduardo Dâmaso“

 A Relação de Lisboa, ou pelo menos uma importante parte dela, funcionou demasiados anos numa lógica de puro gangsterismo judicial”

 A síntese sobre o estado de uma parte da Justiça simbolizada no caso que varreu a credibilidade do Tribunal da Relação de Lisboa está toda num discurso, muito mais do que em qualquer processo. Se bem que o que decorre da Operação Lex seja totalmente esclarecedor. Os factos são aqui demonstrados de forma objetiva e implacável na sua exuberante certeza, mas um juízo moral inatacável torna-se essencial. E, a esse propósito, António Joaquim Piçarra, presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura (CSM), não poupou nas palavras quando, a 21 de outubro, empossou a nova presidente da Relação, a juíza desembargadora Guilhermina Freitas: “Os factos que põem em causa esta Relação são de uma gravidade extrema e insofismável. Colocam-na no fundo do poço da honorabilidade.” E os factos quais são? Olhemos para a acusação da Operação Lex. O Ministério Público acusou 17 arguidos dos crimes de corrupção ativa e passiva para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento. Para o público em geral, as estrelas de um processo com tantos crimes são o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o empresário José Veiga. Mas para aquilo que é a essência de um regime democrático, uma Justiça séria, isenta e transparente, fortemente afeiçoada ao princípio da legalidade e da igualdade, estão lá três juízes – Rui Rangel, Fátima Galante e o ex-presidente da Relação Vaz das Neves –, que representam um verdadeiro atentado ao Estado de Direito Democrático. Sem esquecer que ficou de fora um outro ex-presidente deste tribunal, Orlando Nascimento, alvo de um processo disciplinar por suspeitas de abuso de poder. Tudo o que vai ser discutido neste julgamento, que se espera célere, independentemente dos juízos de culpa e dos graus de participação de cada um, nunca poderia ter acontecido num tribunal decente pelos padrões democráticos. A batota foi total na distribuição dos processos, na elaboração das sentenças, na proteção clientelar, nos interesses contemplados. Quando aqui chegamos, este é o fundo de qualquer poço, numa sociedade de qualquer latitude. Ofende os direitos humanos e, como tal, a democracia e a igualdade dos cidadãos perante a lei. A Relação de Lisboa, ou pelo menos uma importantíssima parte dela, funcionou, demasiados anos, numa lógica de puro gangsterismo judicial. E isso é um perigo abominável, criado por Rui Rangel e os seus amigos. Nunca poderá ser esquecido ou perdoado!



A história de George Blake o duplo espião britânico que traiu o M-16, para ajudar Moscovo na guerra fria

 Morreu o famoso agente duplo britânico George Blake

A escala da traição de Blake continua a ser monumental, mesmo pelos padrões daquele período John le Carré Escritor



 O último dos espiões que trabalhou para a União Soviética morreu aos 98 anos na Rússia, onde vivia desde a sua fuga da prisão 
António Rodrigues (escreve no jornal público)

 Com a morte de George Blake, aos 98 anos, na Rússia, tal como noticiado ontem pela agência RIA Novosti citando os serviços secretos externos russos (SVB), morre um pouco mais da Guerra Fria. 
 Era o último de um grupo de agentes duplos britânicos do MI6 que trabalharam para a União Soviética, embora não pertencesse ao grupo que ficou conhecido como “Os Cinco de Cambridge”. George Blake (Georgy Ivanovich para os russos) expôs a identidade de centenas de agentes ocidentais que trabalhavam para lá da Cortina de Ferro durante os anos 50. Alguns desses agentes acabariam por ser executados por traição. Descoberto em 1961, Blake foi condenado a 42 anos de prisão, mas conseguiu escapar de Wormwood Scrubs, em Londres, em 1966, ajudado por dois presos e dois activistas que o retiraram do Reino Unido escondido numa autocaravana. 
 Quando chegou à União Soviética, recebeu o tratamento de herói (Vladimir Putin condecorou-o em 2007) e 30 anos depois de ter sido apanhado, numa entrevista à Reuters, garantiu que fez tudo por idealismo, por
acreditar no comunismo, “um ideal que, se tivesse sido alcançado, teria valido bem a pena”.   Na altura em que era agente duplo, Blake pensava ser ainda possível: “E eu fiz tudo o que pude para ajudar a construir essa sociedade. Veio a provar-se impossível, mas penso que era uma ideia nobre e que a humanidade ainda regressará a isso.” Como escreve John le Carré, em O Túnel dos Pombos, “a escala da traição de Blake continua a ser monumental, mesmo pelos padrões daquele período: literalmente centenas de agentes britânicos — o próprio Blake já não conseguia calcular quantos — traídos; operações de áudio encobertas, consideradas vitais para a segurança nacional, tais como, mas não exclusivamente, o túnel de áudio de Berlim, desmascaradas antes de serem lançadas; e a revelação de todo o pessoal do MI6, de casas seguras, de ordens de serviço e de postos avançados por todo o globo”. 
 “Encontrava-me com um camarada soviético cerca de uma vez por mês”, disse numa entrevista ao Rossiyskaya Gazeta em 2012. “Entregava-lhe rolos e conversávamos. Algumas vezes, bebíamos uma taça de champanhe Tsimlyansk [espumante soviético]”. A carreira de agente duplo acabaria quando um desertor polaco desvendou a sua identidade. 
 Nascido em Roterdão, Países Baixos, em 1922, com o apelido de Béhar, filho de mãe holandesa e pai judeu egípcio naturalizado britânico, George Blake cresceu no Cairo, depois da morte do pai aos 13 anos. Aí tornou-se muito próximo do primo, Henri Curiel, que mais tarde seria líder do Haditu — Movimento Democrático de Libertação Nacional, que chegou a ser a maior organização comunista egípcia. Curiel, que tinha mais dez anos do que ele, foi uma grande influência, como o próprio Blake afirmou na referida entrevista à Reuters. Blake, dizia Le Carré, não era só “um agente operacional dos mais capazes”, também era “alguém que procurava Deus, e que, até ser desmascarado, já tinha aderido ao cristianismo, ao judaísmo e ao comunismo, por essa ordem”. 
 Na prisão de Wormwood Scrubs ensinava Corão aos outros presos.

o Espião duplo britânico morre com 98 anos 

O espião duplo George Blake, considerado um dos mais infames traidores do Reino Unido durante a Guerra Fria, morreu ontem na Rússia, aos 98 anos. Agente ao serviço do britânico MI-6, entregou aos soviéticos inúmeros segredos, tendo revelado a Moscovo, nos anos 1950, a identidade de centenas de agentes ocidentais na Europa de Leste. Detido em Londres em 1960, escapou em 1966 para a Rússia, onde passou o resto dos seus dias, deixando para trás a mulher e três filhos. 

BLAKE TERÁ ENTREGADO AOS SOVIÉTICOS CERCA DE 500 AGENTES OCIDENTAIS

Nos anos 1990, em entrevista à BBC, o próprio Blake admitiu ter traído mais de 500 agentes ocidentais, mas recusa a alegação de que 42 deles foram executados pelos soviéticos. Blake foi um dos mais notáveis espiões duplos da Guerra Fria e só foi detetado depois de o espião polaco Michael Goleniewski desertar para o Ocidente e ciar uma ‘toupeira’ soviética na espionagem britânica. Blake foi chamado a Londres e detido. Em tribunal, confessou a traição. Os danos causados por Blake são só comparáveis aos dos ‘Cambridge Five’, antigos universitários que passaram segredos aos soviéticos. John Cairn-cross, o último a ser identificado, morreu em 1995.

Filho de um judeu espanhol

George Blake nasceu em Roterdão, Holanda, de pai judeu espanhol naturalizado britânico. Na II Guerra Mundial combateu na Resistência holandesa contra os nazis, sendo recrutado para a espionagem britânica no final da guerra.

Condecorado por Putin 

Blake adotou o nome Georgy Ivanovich, foi tenente-coronel do KGB e tornou-se um herói soviético, recebendo uma reforma da espionagem russa. O presidente Vladimir Putin condecorou-o em 2007 pelos serviços prestados.