sábado, 19 de dezembro de 2020

Os novos torquemadas

 Três juízes e um procurador na Comarca da Madeira

Acabou-se  a democracia na Madeira tal como a conhecíamos após a revolução  de 25 de Abril de 1974. 
 Quem pensou que a Democracia conquistada era um bem adquirido e permanente, enganou-se. 
A opressão tipo salazarista está de volta! 
Já não podemos falar nem pensar em voz alta. Isso dá cadeia e perda de bens. Falar mal do governo, dos seus secretários, das suas instituições, tipo: secretarias, casas do povo, juntas de freguesia, institutos, hotéis do sr. Dionísio Pestana (por exemplo) e demais caciques com negócios chorudos protegidos pelo governo, pode conduzir a processos em tribunal por difamação que depois se transformam em  condenações graves, que vão além do pagamento de pesadas indemnizações aos "difamados"como podem conduzir a penas de prisão efectiva até 5 anos, tal com reza a moldura penal
 Igual como no tempo do dr. Salazar, o respeitinho é muito bonito. Quanto mais os cidadãos estiverem caladinhos melhor. 
Quanto aos protegidos do regime e aos seus negócios e monopólios ninguém os pode criticar perante a comunicação social.
 Isso dá condenações por difamação na Comarca da Madeira.
Estes quatro "torquemadas" acima identificados são de facto um perigo sério para os democratas que ousarem exercer actos de cidadania, nesta terra como seja; fazerem criticas em público por exemplo.
  Discordar das politicas do governo e dos negócios ou roubalheiras permitidas a empresários ligados ao regime:
 Dizer que o Dionísio Pestana, cada ano constrói um novo hotel de borla só com os dividendos da SDM onde está alojado o CINM. Ou ainda denunciar que o sr. Dionísio é dono de uma empresa chamada SERLIMA que lava a roupa do Hospital, é um crime  de lesa pátria de difamação e calúnia. 
 Criticar o facto do grupo Sousa  explorar em regime de monopólio dois portos (Porto Santo e Caniçal) sem pagar um cêntimo à Região Autónoma da Madeira, também não se pode falar, isso é difamação. 
 Dizer que os madeirenses consomem os bens de primeira necessidade nos supermercados muito mais caros do que no Continente português por causa do monopólio do grupo Sousa (que cobram a toda a população das ilhas uma tença milionária através dos altíssimos preços praticados com a descarga e carga de navios). Também isso é difamação, injúria e calúnia grave, punida com todo o rigor pelo artigo VI do Código Penal salazarista actuamente  em vigor. 
 Tudo isto pode inevitavelmente dar lugar a prisão e penhoras de ordenado ou reformas. 
 Dizer que o Avelino Farinha rouba todo o ano pedras nas ribeiras e depois as vende de novo ao governo  da RAM ao metro cúbico, aos milhões nas grandes obras do regime, também é perigoso denunciar, ou falar sequer.
 Dizer por exemplo  que o Martinho do Santo e o Rocha da Silva andaram a "povoar" as serras da Madeira com milhões de árvores importadas da Holanda financiadas por fundos europeus e  verbas da Região e que na sua maioria morreram de sede por falta de água. 
 Dizer isso e acrescentar que eles plantavam as pequenas plantas através das suas empresas conduzindo ao curioso resultado, de que por cada porção de mil árvores plantadas apenas escapavam dez, por falta de rega:  É uma difamação grave, que além de mexer no bolso dos denunciantes, pode ainda levá-los à cadeia como incorrigíveis  "maldizentes".
 Só mesmo nesta terra de viloada pacóvia e subserviente é que teremos pessoas submissas, que apesar de serem roubadas todos os dias, nunca irão abrir os olhos e vão continuar votando alegremente nos partidos deles; comportam-se tal e qual, como as crianças quando na sua inocência são aliciadas por guloseimas 
 Cuidado com aqueles  três juízes da foto acima e ainda com aquele  4º cavalheiro com ar de PIDE nazi, que é um tal senhor conhecido pomposamente por magistrado do MP junto da Comarca da Madeira.
  Caros leitores: 
Com estas senhoras e senhores "torquemadas" com imenso poder nas mãos e com o facto de nos poderem mandar a todo o momento para a cadeia, o melhor remédio é de facto calar bem o bico e deixar os protegidos do regime nazi-albuquerquista, roubarem à vontade!
 

 Torquemada difundia que os judeus não eram confiáveis e que o país "precisava" possuir apenas sangre limpia, ou seja, sangue puramente cristão. O objetivo da Inquisição era a erradicação da heresia, o que, para Torquemada, era sinônimo de eliminação dos marranos. Para estimular as delações, a Inquisição chegou a publicar um conjunto de orientações que ensinava os católicos a vigiar os seus vizinhos e a reconhecer possíveis traços de judaísmo:

"Se observar que os seus vizinhos vestem roupas limpas e coloridas no sábado, eles são judeus.

Se eles limpam as suas casas às sextas-feiras e acendem velas mais cedo do que o normal naquela noite, eles são judeus.

Se eles comem pão ázimo e iniciam a sua refeição com aipo e alface durante a Semana Santa, eles são judeus.

Se eles recitam as suas preces diante de um muro, inclinando-se para frente e para trás, eles são judeus." (Ver mais AQUI)


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