domingo, 20 de dezembro de 2020

Quando há nichos de poder não sindicados ocorrem sempre abusos e violação dos direitos humanos de toda a ordem. Caso não só do SEF e demais polícias como também do MP e do próprio Órgão de Soberania chamado:Tribunais

 



 Não esquecendo o famigerado funcionamento do SEF , cujos inspectores e seguranças tinham como método desrespeitarem os presos e sobre eles executarem toda a sorte de violências e abusos. Todas as instituições do Estado Português que não prestam contas à Democracia que não são fiscalizadas por organizações externas caem sempre no crime do abuso de poder e na arbitrariedade.

 Aqui na Madeira ainda temos na memória os boatos  (que eram sempre verdadeiros) sobre espancamentos em quase todas as esquadras da PSP. 

 Começavam a arriar porrada nos bêbados e delinquentes que apanhavam na rua e depois acabavam batendo em quase toda a gente.   Depois das pessoas serem espancadas saiam para a rua e não valia a pena se queixarem a ninguém, porque não havia testemunhas oculares das agressões. 

 Nas esquadras do campo  ou seja, nos concelhos rurais, então, a coisa  era bem  pior. Havia pessoas que chegavam a sair em perigo de vida para o hospital, onde morriam dias depois e tudo era encoberto e não se passava nada.

  Só aqui  na esquadra de Machico  durante três décadas existiu um chefe que à sua conta assassinou três  delinquentes que foram presos por pequenos roubos. 

 As teses oficiais apresentadas por eles era sempre a de que as vítimas se tinham suicidado na prisão. 

Nessa altura uma mulher se deslocasse a uma esquadra de policia para se queixar de violência doméstica, por exemplo,  era uma coisa impensável. Era logo injuriada, assediada e considerada uma prostituta. 

 Todos esses desmandos felizmente, acabaram um pouco mais, graças às medidas legislativas adoptadas pelo primeiro ministro  Eng.ºAntónio Guterres quando passou pelo Governo, que puseram a Polícia na ordem retirando-lhe poder discricionário (ilimitado)  que abusivamente detinha e criando novas condições para a sua humanização e funcionamento.

Por isso damos relevo áquilo que escreve (e muito bem) a jornalista Fernanda Câncio no DN/Lisboa:

 «Claro que, e isso é da história, quando há poder não sindicado de pessoas sobre pessoas, quando esse poder é exercido em instituições ou locais que primam pela opacidade e nos quais as eventuais vítimas não têm forma de recorrer a auxílio ou veem esse auxílio extremamente dificultado, com as garantias do Estado de direito a serem-lhes negadas com a cumplicidade dos próprios representantes desse mesmo Estado de direito – como é o caso, nunca demais repeti-lo, dos juízes que deferem por mail ou fax extensões de prazo de detenção aos estrangeiros colocados nos centros de detenção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras sem sequer os verem, não sabendo pois se estão vivos ou mortos. ...»


Leia abaixo a opinião abalizada de Fernanda Câncio





Jornal Público de hoje

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