Miguel Albuquerqué já um dos alvos operação Ab Initio e o Ministério Público pretende mesmo fazer o pedido de levantamento de imunidade a Miguel Albuquerque até ao final do ano, apurou a SÁBADO.
Mais: está prevista uma consolidação dos vários processos em que de alguma forma Albuquerque é visado, com o objetivo de conseguir que o levantamento da imunidade de Albuquerque sirva as várias investigações em que está referenciado.
Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, foi constituído arguido logo em janeiro de 2024, aquando do arranque público da Operação Zarco, com uma série de buscas na região autónoma. O presidente do Governo Regional era na altura visado por crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, tráfico de in-fluência, participação económica em negócio, abuso de poder e atentado contra o Estado de di-reito. Apesar de arguido, Albuquerque nunca foi ouvido e, en-tretanto, venceu já duas eleições regionais, com a perceção de que o processo estaria pouco mais do que parado ou, pelo me-nos, sem avanços significativos.
Já não é assim. É que Albuquerque está incluído na investigação da Operação Ab Initio, que visa suspeitas de financiamento partidário ilegal - como o Correio da Manhã noticiou a 24 de outubro. Mais do que incluído, deverá agora ser esse o processo a abrir a porta para o levantamento da imunidade de Albuquerque. O também líder do PSD Madeira tem imunidade quer como presidente do Governo Regional, quer como membro do Conselho de Estado (por inerência). A Ab Ini-tio, apesar de posterior à Operação Zarco, estará numa fase mais avançada, e será esta a apanhar a boleia da Ab Initio para se poder passar a outra fase. Está aliás previsto que possam ocorrer novas diligências também até ao fim do ano. Ao que a SÁBADO
apurou, a acusação da Ab Initio está praticamente pronta.


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