Aqui na Região Autónoma da Madeira há muito que chegamos à mesma conclusão do leitor do jornal PÚBLICO.
O leitor do jornal pensa que o aparelho da justiça portuguesa, herdado do fascismo salazarista alguma vez acabará por se reabilitar e funcionar bem.
Bem pode esperar sentado para não se cansar!
Vão reabrir os tribunais e... será desta?«Os casos pendentes actualmente nos tribunais portugueses são mais do que muitos e prolongam-se há demasiado tempo por artimanhas dos advogados de defesa.
Entre todos eles destaco, por exemplo, os seguintes processos: o do ex-primeiro ministro José Sócrates e do amigo Carlos Santos Silva, o de Ricardo Salgado e os dois processos que envolvem militares “comandos” e dizem respeito à morte de dois instruendos em Setembro de 2016 e ao roubo de armas em Junho de 2017.
Infelizmente há muitos mais, como é o célebre caso dos colégios GPS, mas neste momento, realço aqueles. Porque será que a nossa justiça não funciona em tempo oportuno?
Será porque a alguns presumíveis culpados, especialmente nos casos de crimes de “colarinho branco” tudo é permitido? Será porque a justiça é, sem sombra de dúvidas, demasiado cara e, assim sendo, só presumíveis culpados com elevados recursos financeiros podem usar a justiça até ao limite do inimaginável, usando e abusando de recursos e mais recursos?
Será talvez um pouco de tudo isto e, por isso mesmo, só lamento profundamente a forma como os diferentes governos têm abordado este assunto. Será que a maior preocupação é proteger os infractores? É bem possível que assim seja, uma vez que António Costa não tem demonstrado qualquer preocupação com tudo o que acontece. É imperioso e fundamental num regime democrático que a justiça seja totalmente independente do poder político, mas o que temos visto nos últimos tempos é que ela, infelizmente, não é independente do poder económico e, chegando aqui, o poder político tem de agir frontalmente se não quiser ser conivente com a injustiça patrocinada pelo poder económico. Será desta que os presumíveis culpados vão ser julgados?»
Manuel Morato Gomes,
Senhora da Hora
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