Não sei se é moda, mas foi com espanto que reparei que o sr. Emanuel Câmara, conhecido chef de cozinhados de marisco, o sr. Paulo Cafôfo, ilustre colecionador de mentiras de alto calibre, e o sr. Vítor Freitas, conhecido golpista e funcionário da política desde tenra idade, apareceram por aí com uma coisa meio-estranha pendurada nos queixos.
Ao longe, e perscrutando as fisionomias destes cavalheiros, parecia que tinham metido botox ou torneado as “beiças” com um risco preto, como fazem as “drag queen's” em dias de folguedo. Porém, analisando com mais cuidado os pormenores faciais destes conhecidos “fura-bolos”, descobrimos horrorizados que estes pobres-diabos tinham nos cantos da boca uma espécie de patas de lagartixa pendentes.
Como já estou a ficar meio cegueta, foi o meu gato Bonifácio que descobriu, feliz, que não eram patas de nenhum pequeno réptil, mas sim membros amputados dum grande batráquio, semidevorado pelas mandíbulas ferozes destes artistas.
Ontem, alguém passou pelo cafofiano Bernardo Trindade e notou que o homem apresentava o mesmo estranho “adereço” nos cantos do maxilar, no lugar onde habitualmente os cowboys fixam o cigarro.
Sabe, caro amigo – explicou Bernardo com uma tristeza resignada – Os gajos de Lisboa obrigaram-nos a engolir partes inteiras dum gigantesco sapo, e o sapo é de tal forma colossal, que não conseguimos digerir tudo, daí andarmos com partes dele penduradas pelos cantos das “beiças”.
À noite, quando cheguei a casa e li os jornais, é que percebi que a cafofada tinha engolido, de facto, o Vice-presidente da bancada do PS, o sr. Carlos Pereira.
Esplanadas
Lembram-se? Há cerca de 6 anos, o sr. Paulo Cafôfo retirou-me os pelouros de vereador, porque eu andava a perseguir, segundo a versão dele, os comerciantes que tinham esplanadas. O mentiroso compulsivo utilizou este álibi, não porque eu fosse demasiadamente intransigente com os empresários, mas sim porque eu andava a “trocar as voltas” aos seus amigos Sousas e à “tubaranagem” em geral.
Felizmente, parece que a cidade se libertou deste famigerado incompetente, e o atual Presidente percebeu finalmente que para se administrar bem uma cidade é necessário que a autarquia tenha autoridade e pulso-de-ferro.
“Cayote” Speaker
O II Encontro Intercalar dos Investidores da Diáspora teve dois pontos negros: o primeiro foi escolherem o mamarracho do Savoy (agora conhecido pelo pomposo nome de Savoy Palace) para local de realização do encontro; o segundo foi convidarem para Keynote speaker (os vilões, para a cagança, adoram nomes inglesados) o famoso ex-maoista, ex-PSD, ex-Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, o tal emplastro que na Cimeira dos Açores de 2003 (conhecida pela Cimeira da Guerra) ajudou a iniciar a desastrosa Invasão do Iraque, que tantos males tem causado ao Mundo.
Atualmente, o mundo civilizado não convida o “emplastro” para coisa alguma, não só por ter caucionado as políticas de faroeste do alienado do Bush, mas também, porque quando deixou o cargo de Presidente da Comissão Europeia em 2016, e após um curto período de nojo, foi nomeado chairman do Goldman Sachs, o tal banco que andou metido nas maroscas da dívida grega e que tantos problemas causou ao interesse público europeu. O escândalo causado pelo nosso artolas não só envergonhou Portugal, como lhe valeu a acusação, pela imprensa europeia, de “pouco-ético”; “homem moralmente questionável”; “desonesto”; “euro-escroque”; “irresponsável”; “vendido”; “porta giratória do ouro”, etc…
E, pior ainda, o chamado “Caso Barroso” fragilizou a imagem pública e a integridade da UE; abalou a confiança dos cidadãos europeus nas instituições europeias e fez aumentar o número de eurocéticos graças a este vergonhoso conflito de interesses. O próprio sucessor de Barroso, Jean-Claud Juncker, abriu um inquérito sobre a tal nomeação macabra de Barroso, e um coletivo de funcionários europeus lançou até uma petição, intitulada “A favor de medidas exemplares a tomar contra J. M. Barroso por se ter juntado à Goldman Sachs” - que obteve 154 036 assinaturas e onde se acusava Barroso de ter desonrado a função pública da União Europeia, no seu todo.
E foi este “emplastro” - considerado atualmente persona non grataem Bruxelas, completamente desacreditado no Continente, olhado até com certa repugnância e nojo, mantendo à sua volta uma espécie de cordão sanitário -, que a viloada governamental madeirense, no seu proverbial provincianismo saloio, ouviu com especial atenção no interior do “Caixote Palace”, como faziam os negros na costa de África quando recebiam, fascinados, o esclavagista negreiro com as suas bugigangas e contas de vidro. (VER Fénix)
Sem comentários:
Enviar um comentário