Director de conteúdos da RTP/M, Torres Cunha, exclui PTP do debate com os partidos com Representação Parlamentar na Assembleia da Madeira, para agradar os todo poderosos da Madeira.
O PTP não aceita a descriminação que foi alvo pela RTP/M (TeleSousa) na participação do debate televisivo e vai se manifestar no dia 19 pela injustiça que foi alvo. As instalações da RTP/Madeira, serão ocupadas tal como se fez no Jornal da Madeira. O PTP e seus activistas, estão determinados em fazê-lo, mesmo que chovam canivetes!
É PRECISO COMBATER ESTA MÁFIA (NO BOM SENTIDO)
Debate nobre na RTP-M
só para 'geringonçáveis'
Miguel Cunha engendra um truque ilegítimo e injusto para salvar Albuquerque e Cafofo das 'inconveniências' de Raquel Coelho e Gil Canha
Cunha blinda o estúdio de maneira a safar da crueza dos más-línguas aqueles que podem vir a integrar uma geringonça regional. Ninguém sabe o dia de amanhã, sabe-se lá se com um Paulino ou um Élvio na pasta da comunicação social. Gonçalo Reis, chefão da RTP nacional, o que não quer é espavento na televisão de cá que ameace o seu tacho lá.
A RTP-Madeira arranca esta noite com os debates relativos às regionais de 22. Com um critério original quanto à triagem dos 17 concorrentes pelas três sessões.
Duas das sessões - hoje e dia 17 - contarão com as candidaturas que tentam entrar pela primeira vez no Parlamento - mais os deputados únicos.
No debate de 19, desta quinta-feira a oito, praticamente a dois dias do dia D, sentam-se em estúdio o candidato do tubarão PSD, que hoje tem 24 deputados; o candidato do tubarão de aviário PS, que tem na Assembleia os 5 gatos pingados a que o Victor reduziu o grupo parlamentar em 2015; e depois os representantes do CDS (actualmente com 7 deputados), JPP (5), BE (2) e CDU (2).
O Leitor já se apercebeu da discriminação que aqui vai.
Nem sequer vou falar dos atentados à Lei Eleitoral que têm enchido a pré e a campanha de injustiças, privilegiando descaradamente um dos candidatos só porque a onerosa máquina comandada a partir de Lisboa espalhou a ideia de que o dito-cujo é candidato à presidência do governo enquanto todos os outros são candidatos a deputados.
Ora, diz a Lei Eleitoral que à partida todas as candidaturas estão em pé de igualdade - neste caso desde o RIR, que faz propaganda com cartões do lixo, aos riquíssimos (com o nosso dinheiro) PS e PSD.
Mas vou ao caso dos deputados seleccionados pelo Miguel Cunha da RTP-M para o grande espectáculo do dia 19. Ali mesmo, à beira das urnas e com as vedetas frente a frente.
Sim, seleccionados pelo Miguel Cunha, chefe dos conteúdos na Levada do Cavalo.
No dia a dia, já é conhecido o truque de arranjar critérios direccionados para excluir dos telejornais as figuras "inconvenientes" da nossa política. Inconvenientes para o regime.
Para impedir o Coelho de falar numa conferência de imprensa, a televisão do outro é capaz de dizer que só haverá equipa de reportagem se o pivot da acção partidária não tiver feito tropa em Angola.
Admirem-se.
E na saga dos debates que começam hoje?
Então o Miguel Cunha ia deixar sentar o Gil Canha e a Coelhinha no meio daquelas vedetas que lá vão estar a 19?
Já viram o manjar de reis que não seria Gil Canha confrontar o Cafofo com o seu recorde de mentiras por dia de há 6 anos a esta parte? Às tomadas de posição mafiosas para manter o poder e agradar aos grupos que crescentemente tomam conta dos nossos trocos? E aos truques reles do Cafofo para descartar os parceiros das coligações - os incómodos que não embarcam nas jogadas do novo-rico?
Já viram o manancial de perguntas embaraçosas que Raquel Coelho não desfiaria na cara do nosso Blue das Angústias, desde as titubeantes atitudes pessoais da figura pública até às promessas feitas com voz grossa e tanto tempo depois continuam por cumprir, como os monopólios nossos de cada dia?
Mas então como justificar que todos os partidos do parlamento têm direito a estar lá no debate nobre menos o PTP e o independente?
Fácil.
Ao nível nacional, os debates foram orientados assim: de um lado, todos os que concorrem para tentar estrear em S. Bento; do outro lado, os candidatos dos partidos com assento no hemiciclo em debates aos pares.
O rapaz do PAN é um só e parece dez! Está em todas!
O rapaz do PAN é um só e parece dez! Está em todas!
Isto nas televisões generalistas deste País. Cada qual com milhões de telespectadores por semana.
Então e na Madeira? Por que não tratar por igual, como é obrigação, os partidos com assento parlamentar?
Era o que faltava! Deputados únicos a participar no debate principal numa RTP-Madeira?! Qual SIC, qual TVI, qual RTP nacional?!
Já chegámos à Madeira?
Inventada a roda, foi fácil ao Miguel Cunha: aqui não é quem tem assento parlamentar. Cá na casa, para estar no ecran da RTP-M no debate principal e ao lado das vedetas Albuquerque e Cafofo, não chega ter assento lá em baixo, é preciso ter grupo parlamentar, pelo menos dois deputados.
E está resolvido.
Por acaso, dizem-me que o Bloco está reduzido a um deputado, porque um dos dois elementos passou a independente. Verdade ou não, o Bloco não poderia ser atingido pela marca da lepra e da peste. O Bloco é geringonçável cá no burgo. E de hoje para amanhã ninguém sabe se o Miguel não terá o Paulino Ascenção na pasta regional da comunicação social, com poderes junto do Costa e do Gonçalo Reis. Reis, o artolas do presidente da RTP que deixa andar o centro da Levada do Cavalo nestas vergonhas, com trabalhadores a recibo verde impedidos de passar ao efectivo pelo capricho dos mandantes; e mais artifícios maquiavélicos para despedir profissionais que fazem falta à casa - muito mais falta do que o Miguel faria.
Que bem entregues estamos!
Chega-me ao conhecimento que há três queixas enviadas para Lisboa, por causa desta iniquidade e arbitrariedade dos debates televisivos.
Trabalho perdido.
Os tipos da CNE querem é manter o tacho, se possível sem chatices.
A ERC idem aspas aspas. Já os conheço de outros carnavais e o que não querem é agir. Há repressão, abusos e perseguições a partidos e a jornalistas? Tenham paciência que a gente também tem.
A terceira queixa está na RTP cubana. Outro caso perdido. O Reis que substituiu a outra prenda (o Almerindo que era presidente da televisão e não via televisão, só percebia das estradas à volta da 5 de Outubro e do edifício novo) - o Reis não pode ser mais claro: façam as coisas na Madeira como quiserem mas sem barullho, deixem-me 'levar o meu entre os pingos da chuva'.
A RTP é uma empresa pública mantida pelos impostos dos portugueses, madeirenses incluídos. A RTP é uma empresa que pertence aos portugueses e não aos chefões que chegam lá e julgam ter o mundo aos pés.
Os chefões estão lá para fazer serviço público e bem.
Serviço público bom não é fazer serviço bom aos poderosos e serviço mau aos frágeis, igualmente pagantes.
A RTP-M está a fazer um serviço injusto na história dos debates.
Mau serviço à democracia, porque não respeita a igualdade que todos os candidatos deviam ter à partida.
Privilegiando os grandes, estes serão cada vez maiores e os pequenos cada vez mais pequenos.
Os grandes querem mudança, mas é uma mudança entre eles - ora agora abotoas-te tu, ora agora abotoo-me eu.
Os mais pequenos só lhes servem para fazer geringonças quando necessário para se aguentarem com o orçamento na mão.
A RTP-M está a fazer um mau serviço ao parlamento, cujo prestígio é abalado com a discriminação entre deputados de primeira e deputados de segunda, segundo o critério de um Miguel Cunha.
A RTP-M está a agredir os direitos de políticos que foram eleitos com o mesmo número de votos do que qualquer um dos que compõem os partidos maiores - à luz do troglodita critério da manada.
A RTP-M está a agredir a dignidade de pessoas - que como pessoas a exercer funções políticas deram e continuam a dar anos da sua vida a causas em que acreditam - ora com mais felicidade nas tomadas de posição, ora com mais infelicidade, mas sempre devotadamente.
Cá para nós, esta gentalha que manda nos serviços públicos (e alguns privados) afinal está ao nível dos 'políticos' que ocuparam um segmento nobre da vida de um país - para tratar da sua vidinha.
Com a ajuda de televisões e jornais, o nível desceu tanto que estas eleições regionais parecem-me outra vez aqueles jogos florais em que, por falta de qualidade dos concorrentes, o júri só atribui prémios do 3.º lugar para baixo.
Bem excluídos. Nem sabem falar.
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