Novo cais do Funchal será “luxuoso” mas não estará protegido da fúria do mar

Aviso de José Manuel Coelho (PTP) sobre a obra junto ao cais do Funchal

O líder do PTP, José Manuel Coelho, criticou esta tarde o presidente do Governo Regional por aplicar milhões de euros na obra da frente marítima do Funchal, uma “despesa faraónica que só vai aguentar até à próxima levadia do mar”.

Numa iniciativa junto ao cais da cidade, o porta-voz partidário comparou Alberto João Jardim ao imperador romano Nero, dizendo que “no final do seu reinado vai destruir tudo o que fez e abrasar o dinheiro todo dos madeirenses e dos portossantenses”. “Pegou no resto do dinheiro que a Região dispõe, nomeadamente o dinheiro da Lei de Meios que o engenheiro Sócrates aprovou para vir para a Madeira por causa do aluvião de 2010, para ampliar o porto [do Funchal] e encher os bolsos do Jaime Ramos e do Avelino Farinha”, apontou Coelho.

O líder do PTP assegura que a obra na frente marítima tem falhas técnicas, vai contribuir para o assoreamento do porto. A operacionalidade da infraestrutura portuária ficará dependente da constante retirada do excesso de areias que se irá acumular no fundo, o que implicará gastos contínuos de verbas públicas. Razão para Coelho sentenciar: “Toda esta despesa faraónica é perdida”.(dnoticias.pt)

Novo cais do Funchal será "luxuoso" mas não estará protegido da fúria do mar

PTP critica obras na Avenida do Mar

Publicado a 10 Julho 2014 por João Toledo (Diário Cidade)

Coelho diz que o cais molhe da Pontinha deveria ser prolongado para evitar os assoreamentos causados pelas marés.

Coelho diz que o cais molhe da Pontinha deveria ser prolongado para evitar os assoreamentos causados pelas marés.

O grupo parlamentar do PTP promoveu esta quinta-feira uma iniciativa política na Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses. No local, José Manuel Coelho criticou as obras que estão a ser realizadas no local.

“Isto é tudo muito bonito, muito megalómano, parece o porto do Principado do Mónaco. Porém, a principal obra que deveria ter sido feita no porto não foi efetuada, nomeadamente o prolongamento do cais molhe da Pontinha”, apontou o deputado ‘trabalhista’.

A referida intervenção, no entender de José Manuel Coelho, seria fundamental para proteger as restantes obras que estão a ser feitas no interior do porto. “Como o cais molhe da Pontinha não é prolongado, as obras que estão no interior do porto ficam à mercê de assoreamentos causados pelas marés vivas, pelas levadias. Não é preciso sermos técnicos para vermos que num próximo temporal toda a marina e aquele porto interior que está a ser feito vai ser afetado por toneladas de areia, que vão assorear o porto e, por sua vez, impedir que a navegação não se faça com segurança”, alertou.

O deputado transmitiu, ainda, que esta situação levará à contratação de uma empresa, a qual terá como função fazer o desassoreamento daquela zona. “Espero que haja fundos suficientes para a realização desse trabalho de desassoreamento, sendo que o contribuinte é que irá suportar essa despesa”, sublinhou.

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