Enfermeiro Edgar Silva lamenta-se no diário de notícias em «carta do leitor»

“Sustentar vadios”

Uma expressão popular que se aplica, que nem uma luva aos (des) governos, que até hoje nós têm governado, Cá a lá, temos tido governantes que num clima de “austericidio”têm sustentado vadios, uns de colarinho branco outros mais “patas rapadas”, sustentados os primeiros por contratos de assistência, os segundos, coitados, alimentados por umas migalhas de subsidio-dependência, “sal, pão e vinho” para a prole de desamparados, e que distarem a populaça, pelo burburinho dos habituados à miséria, distraindo os mais atentos, dos desvios de milhões, em nome de mais e melhor educação, saúde e segurança social.

Assim os governos, “sustentam vadios”, alguns ex. colegas de partido, de cargos políticos, de cores políticas diferentes, mas amigos e companheiros, da cor que os une, a “cor do dinheiro”.

Elaboram esquemas designam de “contratos de assistência”, de PPP, de “Programas de recuperação de listas de espera”; em nome sempre das vantagens da gestão privada, sobre a pública, eficiente sim, mas de que maneira, na forma, de mamar e chuchar até ao tutano o orçamento de estado, e cá o regional.

Alimenta toda esta prole de vadios, a classe média de um pais, que explorada e escravizada, inclusive gozada, quando em época eleitoral se apela ao voto, por uma cambada de desenvergonhados, os eternos candidatos.

Mas o inacreditável sempre acontece, esta cambada, ganha sempre as eleições e consegue sempre dar a volta por cima.

Será que é por isso, e já desde a antiga Grécia, que a democracia ficou conhecida como a pior forma de governo, no entanto, ainda bem melhor que outras conhecidas, onde sustentar vadios, tinha na vertente hereditária a pior das continuidades, aqui, em democracia, toma forma de “Jobs for the boys” ou um nepotismo doentio, alimentando uma prole de ignorantes e incompetentes, que hoje domina assembleias, basta os ouvir discursar, só asneira da grossa, pasme-se eleitos pelo povo, que na hora de votar, deixa de ser sábio.

Só assim se compreende, que alguém ainda, defende privados a gerir os portos da RAM; no apoio as escolas privadas e no abandono total das escolas publicas; assim como na saúde impere vergonhosos contratos de assistência; onde se duplicam apoios do estado e se diminuem para metade o apoio as estruturas públicas e inclusive onde se exija o pagamento de serviços como nas cantinas, das escolas publicas, e onde acontecem pedidos de constante, apelo ao apoio, dos pais e associações de pais, para que sejam assegurados materiais e equipamentos nós estabelecimentos de ensino, assim como de medicamentos e produtos básicos nos hospitais, e as “taxinhas moderadoras”, acrescidas do valor do estacionamento mais caro do pais.

Assim temos cá governos que governam para “sustentar vadios” uns ricos outro pobres, mas que em troca garantem sempre a vitória nas eleições.

Portanto um bom programa eleitoral é aquele que “sustenta vadios”, uns de colarinho branco outros de sandálias, a dose varia mas tem-se mostrado eficaz, e lá, tem aquilo que o povo merece, programas de assistência financeira que se pagam com trabalho escravo, mas votando sempre a favor e de cruz.

Viva então o povo que alimenta o polvo, que continua burro e estúpido. (ver Cartas do leitor do DN)

Nota da Redação do Blog Pravda Ilheu:

Concordamos com muitos lamentos do enfermeiro Edgar quando diz : "esta cambada, ganha sempre as eleições e consegue sempre dar a volta por cima." Mas temos uma coisa a esclarecer da parte da redação do nosso Blog: O enfermeiro Edgar foi nomeado pelo Partido Trabalhista (PTP) para vereador elegível na Coligação "MUDANÇA". Foi eleito à CMF e depois abandonou o seu posto de combate entregando o tesouro de mão beijada ao inimigo. Agora quer voltar de novo à ribalta política para combater a "cambada" de oportunistas e "vadios". Tudo muito certo. Estamos e acordo. Só que o enfermeiro Edgar esqueceu-se de um pequeno pormenor: em política o comboio da oportunidade nunca passa duas vezes Por outras palavras a História nunca se repete.