PTP não quer nem Albuquerque nem Cafôfo e alerta eleitores para a escolha de deputados e não de presidentes de Governo
Quintino Costa, líder do PTP, diz que Paulo Cafôfo “foi uma deceção, tanto em termos pessoais como políticos”. Foto Rui Marote
Quintino Costa, o líder do PTP Madeira, elege os direitos, liberdades e garantias como determinantes para refletir durante todos os debates para as eleições deste ano, são assuntos transversais a qualquer eleição. “Vamos manifestar o nosso combate às perseguições judiciais, aos regimes pouco transparentes. Não me lembro de um primeiro ministro que tenha saído ileso relativamente a atos duvidosos, é preciso levantar questões e fazer com que as pessoas possam refletir”.
A defesa das ultraperiferias, a luta contra a pobreza e a exclusão social, são temas que o PTP pretende, também, trazer à discussão pública, mas há uma realidade que em termos de regionais, será levantada especificamente como alerta para o futuro, aquilo que Quintino Costa diz ser “a descaraterização dos centros históricos da Região”, dá o exemplo da Zona Velha da Cidade do Funchal que não é nada do que era. Chegamos à Zona Velha e não se reconhece aquilo. Não sou contra as esplanadas e sei a importância das mesmas para os negócios, mas a verdade é que não podemos atravessar o Funchal com tanta esplanada, o trânsito está impossível. Aquilo que estão a fazer à Rua Dr. Fernão de Ornelas é um atentado à memória de Fernão de Ornelas e à forma como ele delineou a construção da cidade. Há um lavar por completo da história de um povo, da história da Região”.
“Paulo Cafôfo foi uma deceção”
O líder do PTP não poupa Paulo Cafôfo, atual presidente da Câmara e candidato do PS à presidência do Governo, considerando que “fico muito preocupado quando um presidente de Câmara, que se quer candidatar à presidência do Governo, tem este tipo de comportamento na sua pequena aldeia. O que não acontecerá se for presidente de uma Região”.
Quintino fala de Cafôfo expressando algum desencanto: “Foi uma deceção, tanto em termos pessoais como políticos. Não nos oferece qualquer tipo de confiança e lealdade. Se vivessemos numa selva, diria que Paulo Cafôfo era um predador”.
“O PTP deita-se na cama com quem quer”
Cafôfo é o alvo do PTP? Que papel está destinado a Albuquerque, o atual presidente do Governo, do PSD? Quintino Costa compreende a questão do ponto de vista da clarificação do foco de combate por parte do seu partido. O combate está direcionado para os dois? Como? “Se há alguém que não se casa com o PSD, esse alguém é o PTP, comigo próprio, com o José Manuel Coelho e outros dirigentes, que têm história no combate político contra o PSD, até no tempo de Jardim. Aconteceu comigo, no Bairro da Palmeira, onde o Dr. Jardim cuspiu-me, isso não se esquece. Se alguém pensa que vai colar o PTP ao PSD está enganado, o PTP deita-se na cama com quem quer”.
Onde anda Miguel Albuquerque? Não tem condições para governar
Um dos alertas que pretende fazer ao eleitorado é o de que “vão eleger deputados, não vão eleger candidatos a presidente do Governo. Vão eleger deputados e devem escolher entre os que defendem o povo, que se debatem pela democracia, e os que defendem os monopólios. Que diferença há entre o candidato do PS Paulo Cafôfo e o candidato do PSD Miguel Albuquerque, relativamente aos monopólios dos portos? Miguel Albuquerque disse que a Saúde era uma prioridade, mas a verdade é que no Serviço Regional de Saúde já faltou de tudo. Por exemplo, posso dizer-lhe que o Centro de Saúde de Santo António está com falta de água quente há um mês. E tem internamento, há idosos que estão ali em reabilitação. Onde anda Miguel Albuquerque? Ouvi-o dizer, ontem, que há aproveitamento político nas críticas ao setor, mas só foi ontem. Mas entretanto, já há comissões de inquérito, já há processos, já existem dispensas. Assim, não tem condições para governar a Madeira”.
Um governo de coligação, obrigado a negociar
Quintino Costa diz que “os eleitores serão chamados a escolher 47 deputados. E os partidos representados no Parlamento terão responsabilidade de escolha de um bom líder do governo, que até pode não ser nenhum dos que se perfilam como candidatos a esse cargo. É preciso explicar bem a nossa posição sobre o assunto. Nem Paulo Cafôfo nem Miguel Albuquerque, cabe aos partidos encontrarem uma solução”, deixando no ar uma crítica para os que “nem dormem, com pesadelos, para ver qual o cargo que vão assumir num futuro governo”.
O líder do PTP defende, por isso, “um governo de coligação, obrigado a negociar, que respeite a democracia, com humildade”. E colocado perante a possibilidade de poder haver mais instabilidade com um governo dessa natureza, minoritário, sujeito a acordos, responde com o que aconteceu com os sucessivos governos regionais de maioria absoluta “onde houve tanta estabilidade que até resultou em contas escondidas, obras mal feitas, que até houve necessidade de pedir ajuda exterior. A estabilidade de maioria absoluta não significa boa governação. A democracia, a cedência e o debate representam uma fórmula de futuro para a Madeira”.
Os grandes temas que têm suscitado debate nos últimos tempo, já foram objeto de abordagem por parte do PTP no Parlamento. Quintino Costa diz que “o PSD chumbou tudo, às vezes com apoio de outros partidos”. Fala do “ferry” para garantir que o entendimento é o de que, tal como acontece noutras regiões europeias, “a operação deve ser assegurada pelo poder público, para que não existam outros a ganhar dinheiro com o que é público”. Fala, também, das operações aéreas para defender “um outro aproveitamento do Aeroporto do Porto Santo, com melhores condições, bem como uma ligação rapida, marítima, que resolvesse o problema do transporte de passageiros sempre que o aeroporto internacional da Madeira estivesse condicionado”. No subsídio de mobilidade, o PTP defende que “o madeirense deve pagar apenas o que está estipulado, ou seja os 65 euros para estudantes e 86 euros para os madeirenses, em geral”.
Há contencioso das Autonomias, somos discriminados
Há ou não, com estes e outros assuntos que provocam grande tensão, como também o novo Hospital, as taxas de juro, entre outros, um regresso ao chamado contencioso das Autonomias? “Não fico nada incomodado com a luta pela Autonomia. A Madeira tem sido prejudicada em muitas situações. E o que é preciso é encontrar a solução que, nos diferentes assuntos, seja a melhor para os madeirenses. Dou-lhe um exemplo: se houve um governo que liberalizou a linha aérea, com todo o poder que tinha, mas a mesma não está a dar bons resultados, então mude-se, acabe-se com a liberalização. Há claramente um contencioso das Autonomias, podemos discutir o estilo, mas não devemos ignorar que somos discriminados”. (Funchal-Notícias)
O líder do PTP defende, por isso, “um governo de coligação, obrigado a negociar, que respeite a democracia, com humildade”. E colocado perante a possibilidade de poder haver mais instabilidade com um governo dessa natureza, minoritário, sujeito a acordos, responde com o que aconteceu com os sucessivos governos regionais de maioria absoluta “onde houve tanta estabilidade que até resultou em contas escondidas, obras mal feitas, que até houve necessidade de pedir ajuda exterior. A estabilidade de maioria absoluta não significa boa governação. A democracia, a cedência e o debate representam uma fórmula de futuro para a Madeira”.
Os grandes temas que têm suscitado debate nos últimos tempo, já foram objeto de abordagem por parte do PTP no Parlamento. Quintino Costa diz que “o PSD chumbou tudo, às vezes com apoio de outros partidos”. Fala do “ferry” para garantir que o entendimento é o de que, tal como acontece noutras regiões europeias, “a operação deve ser assegurada pelo poder público, para que não existam outros a ganhar dinheiro com o que é público”. Fala, também, das operações aéreas para defender “um outro aproveitamento do Aeroporto do Porto Santo, com melhores condições, bem como uma ligação rapida, marítima, que resolvesse o problema do transporte de passageiros sempre que o aeroporto internacional da Madeira estivesse condicionado”. No subsídio de mobilidade, o PTP defende que “o madeirense deve pagar apenas o que está estipulado, ou seja os 65 euros para estudantes e 86 euros para os madeirenses, em geral”.
Há contencioso das Autonomias, somos discriminados
Há ou não, com estes e outros assuntos que provocam grande tensão, como também o novo Hospital, as taxas de juro, entre outros, um regresso ao chamado contencioso das Autonomias? “Não fico nada incomodado com a luta pela Autonomia. A Madeira tem sido prejudicada em muitas situações. E o que é preciso é encontrar a solução que, nos diferentes assuntos, seja a melhor para os madeirenses. Dou-lhe um exemplo: se houve um governo que liberalizou a linha aérea, com todo o poder que tinha, mas a mesma não está a dar bons resultados, então mude-se, acabe-se com a liberalização. Há claramente um contencioso das Autonomias, podemos discutir o estilo, mas não devemos ignorar que somos discriminados”. (Funchal-Notícias)
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