quinta-feira, 19 de junho de 2025

O ex-líder do Bloco na Madeira cai no ridículo. Assim nunca mais voltará a ser deputado

 Quando o Jaime Ramos insultava o Coelho do PND na Assembleia Regional, chamando-lhe os maiores impropérios e palavrões; o mesmo acontecendo ao Víctor Freitas à Isabel Torres e à Rubina Sequeira, o sr. Roberto Almada nunca se indignou e ficou sempre calado que nem um rato. Agora que a comunicação social pegou no assunto do Eduardo Jesus e virou notícia nacional: Eis ele muito depressa a botar faladura no assunto publicando um extenso comunicado cheio de "condenações" ao  Secretário Eduardo Jesus. Vai mais longe que todos os outros:
 Acha que o caso é mesmo gravíssimo (parece que morreu alguém) Pede que o presidente da República intervenha e obrigue Albuquerque a demitir o Secretário. Está mais que visto que este sr. Almadinha terá mesmo de ser reeducado para deixar de cair no esquerdismo que é uma das doenças infantis do comunismo. Sr. Almadinha tire o cavalinho da chuva juntamente com a sua camaradinha a menina Mortágua. Podem juntar-se ao vosso amigo Gil Garcia do MAS e à Joana Amaral Dias. Com o vosso radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista ainda contribuem pela vossa inconsequência, para dar mais força à Direita que tanto apregoam combater.


Bloco de Esquerda Madeira

3 h 
Comunicado do Bloco de Esquerda Madeira
O Bloco de Esquerda Madeira manifesta o seu mais firme repúdio pelos gravíssimos acontecimentos ocorridos na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, protagonizados pelo Secretário Regional de Turismo, Cultura e Ambiente, Eduardo Jesus. Após os incidentes inaceitáveis, aguardámos com ponderação e sentido de responsabilidade por uma reação que fosse orientada pelo bom senso institucional — nomeadamente, pela apresentação da demissão por parte do referido governante. Contudo, tal não sucedeu até à data, o que nos obriga a intervir publicamente.
A situação política e moral de Eduardo Jesus tornou-se absolutamente insustentável. As palavras por si proferidas em pleno parlamento regional — dirigidas a Deputadas e a um Deputado da oposição — não apenas atentam contra a sua dignidade pessoal, mas também ferem de forma profunda a credibilidade e o prestígio do mais alto órgão de poder legislativo da Região Autónoma. Expressões como "burra do cara**"*, "gaja", "bardamerda" e outras do mesmo teor, além de demonstrarem um desprezo absoluto pela urbanidade democrática, são indignas de qualquer membro de um governo, seja em que parte do mundo for. Em qualquer democracia consolidada, tais comportamentos seriam considerados razão suficiente para a imediata demissão do responsável e poderiam, inclusive, ser objeto de responsabilização criminal.
O silêncio cúmplice do Presidente do Governo Regional e a passividade inaceitável da Presidente da Assembleia Legislativa são, por si só, reveladores do estado de degradação institucional em que se encontra o regime político regional. Em vez de repudiarem de forma inequívoca estas ofensas, tentam minimizar o episódio, como se se tratasse de uma banalidade parlamentar, fazendo eco dos tempos em que a Assembleia Legislativa era usada como palco de humilhação e desrespeito, à semelhança do que ocorria sob a liderança de Alberto João Jardim.
Para o Bloco de Esquerda, este episódio representa muito mais do que um ato de grosseria isolado. Trata-se de um grave atentado à democracia, à dignidade dos representantes eleitos e ao princípio fundamental do respeito institucional. A Esquerda, historicamente comprometida com os valores da igualdade, do respeito e da justiça social, não pode nem deve compactuar com práticas misóginas, autoritárias e antidemocráticas. A linguagem ofensiva e sexista utilizada pelo Secretário Regional não é apenas insultuosa para as Deputadas visadas; é um ataque a todas as mulheres que participam na vida política e pública.
Diante da inação dos responsáveis regionais, o Bloco de Esquerda desafia o Senhor Presidente da República a exercer os seus poderes constitucionais e a enviar uma mensagem à Assembleia Legislativa da Madeira, condenando de forma veemente este lamentável episódio. É urgente afirmar que o Parlamento Regional não é, nem pode ser, um espaço de insulto e degradação. É o lugar onde se debate o futuro da Região, onde se escutam todas as vozes e onde a dignidade de cada Deputado e Deputada deve ser defendida com firmeza.
A democracia exige decência. E a decência, neste caso, exige consequências.

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