terça-feira, 3 de julho de 2018

A deputada Raquel Coelho do PTP na Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal do Funchal aprovou esta terça-feira a atribuição da Medalha de Mérito Municipal de Grau Ouro, proposta pelo executivo liderado por Paulo Cafôfo, ao DIÁRIO de Notícias da Madeira, considerando os seus 140 anos de existência e o contributo para a dinamização da comunicação social regional.
A proposta foi aprovada com os votos favoráveis dos deputados eleitos na Coligação Confiança, CDS, CDU e alguns deputados do PSD.
A proposta mereceu, contudo, a abstenção de três deputados do PSD - os presidentes de juntas de freguesia de Santo António, Rui Santos, da Sé, Luís Sousa, e de Elisabete Pinto, representante da junta do Monte - e Roberto Vieira, do MPT, bem como o voto contra do PTP, que entende que o DIÁRIO “não é pluralista” e está transformado num “boletim municipal” de apoio à candidatura de Paulo Cafôfo à presidência do Governo Regional.
No caso dos deputados do PSD, esta abstenção é estranha, uma vez que a proposta da atribuição ao DIÁRIO da Medalha de Mérito Municipal de Grau Ouro foi aprovada por unanimidade na reunião de Câmara, logo, merecendo a total concordância do PSD. Algo que poderá ter outras leituras políticas.
De resto, a Assembleia Municipal do Funchal aprovou o regulamento de protecção das lojas com história e o plano de mobilidade sustentada, na sequência de uma reunião que começou na semana passada, onde foram aprovadas as contas consolidadas do município. Ver MAIS
O PTP comentou a estreia do tão revindicado navio ferry, que ontem fez a sua viagem inaugural entre o Funchal e Portimão, observando que a mesma aconteceu com uma ocupação de apenas de 14%, sendo que a ocupação prevista não vai para além dos 15%.


“Todas as notícias na imprensa apontam para o fracasso da linha. Agora perguntamos se de facto não há interesse ou se existem forças empenhadas em fazer com a operação não seja apetecível?”, questiona o partido, acrescentando que há que considerar que nem sempre a pressão eleitoral é boa conselheira: “Por vezes é melhor admitirmos à população que analisado o custo/beneficio, as promessas feitas não são exequíveis, do que insistir e investir milhões num projecto reservado ao fiasco”, conclui.
Raquel Coelho diz que que desde o começo este processo ficou “manchado, por envolver o grupo económico que menos interesse tinha em que operação ferry se concretizasse, até porque fazia concorrência directa aos seus próprios navios (…)”.
Por outro lado, comenta, o próprio caderno de encargos era questionável, com condições limitativas para o transporte de mercadorias, com taxas portuárias caras. O PTP considera que “não é de admirar a fraca adesão quando a operação só ficou concretizada em cima da hora, o que para a compra de bilhetes é um factor limitativo”.
No final da análise, admite o PTP, “não conseguimos ser conclusivos em relação ao ferry, porque no meio deste enredo não conseguimos saber se o fracasso do ferry ocorre por razões intencionais ou porque de facto não é um meio de transporte desejado pelos madeirenses e porto-santenses”. (FN)

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