quarta-feira, 25 de julho de 2018

Muito bem Gil canha!

 O Capitão Salgueiro Maia, o mais discreto herói da Revolução do 25 Abril, reuniu na madrugada desse glorioso dia, os seus camaradas na parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e fez o seguinte discurso:
“Há diversas modalidades de Estado: os Estados socialistas; os Estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui.”

Ora, hoje que estamos a discutir o Estado da Região, e se por acaso eu me armasse numa espécie de Salgueiro Maia em miniatura e pedisse a todos vós para acabar com esta pouca-vergonha a que chegámos, tenho a certeza que nesta sala, contaria com um ou dois deputados no máximo, o resto ficaria impávido e sereno, acomodados nos seus cadeirões a ver os lunáticos idealistas a “lavrar o mar”.
Todos sabemos que a região está falida; que o povo e as pequenas e médias empresas estão sobrecarregadas de impostos e outras alcavalas, enquanto temos um parlamento que gasta milhões num absurdo jackpot; temos uma região com uma população envelhecida, sem cuidados de saúde e abandonada em camas de hospital, enquanto vemos este regime caduco a desbaratar novamente dinheiros públicos em túneis e viadutos, no futebol profissional, em parcerias público/privadas obscenas e a alimentar e a engordar a pior quadrilha de tratantes monopolistas que alguma vez pisou esta desgraçada terra e que açambarcam tudo: desde o Centro Internacional de Negócios, passando pelos nossos portos, pelos transportes de mercadorias e energia, acabando nas inspeções automóveis e no fretamento vergonhoso do ferryboat. Até a comunicação social escrita nunce esteve tão vendida e tão submissa aos poderes económicos e políticos como agora. Enfim… é este oestado calamitoso a que isto chegou e que o regime albuquerquista prometeu renovar e não renovou.
Mas, pior ainda, é que os cafofianos socialistas, actualmente em moda, aproveitaram o combate daqueles que com enormes sacrifícios lutaram ao longo de anos para que se acabasse com esta pouca-vergonha da corrupção, dos favorecimentos e dos compadrios, e numa golpada nojenta e traiçoeira, descartaram-nos, pois, o objetivo não é mudar este estado de coisas, mas sim perpetuar o jardinismo pérfido e decadente com outras “roupagens” e com outros “penteados” cor-de-rosa.
Se hoje quiséssemos repetir o discurso do saudoso Salgueiro Maia na nossa região, diríamos antes que - há diversas modalidades de Estado: os Estados socialistas; os Estados corporativos e o estado mafioso a que isto chegou!.. (fénix do atlântico)




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