Marques Mendes considera a polémica que envolve o vereador Ricardo Robles "um exercício de incoerência e hipocrisia”. A atuação de Catarina Martins é, na opinião do comentador, "o pior momento da intervenção" da líder do Bloco.
Marques Mendes comentou a polémica em que o bloquista Ricardo Robles está envolvido por ter comprado um prédio em Alfama, a meias com irmã, por 347 mil euros, em 2014, edifício que esteve à venda por 5,7 milhões. Na opinião de Marques Mendes, o caso bem “comprometer a carreira política” do vereador da Câmara de Lisboa.“Não está ferido de morte, mas Ricardo Robles está ferido de asa e vai comprometer a sua carreira política. Foi um desastre para a sua carreira e imagem do Bloco de Esquerda”, afirmou o comentador no seu habitual espaço de comentário, ao domingo, na SIC.
Marques Mendes entende que o problema não é a operação em si, que não tem ilegalidade, mas sim o discurso incoerente.“O problema não é ter feito esta operação, isto é o que faz muito boa gente, não tem ilegalidade, o problema é o discurso: não bate a bota com a perdigota. Ele tem criticado fortemente este tipo de situações. Ele diz uma coisa e faz outra. Ele condena a especulação e pratica a especulação. Ele diz mal dos especuladores mas acaba por ser um especulador. É um exercício de incoerência e hipocrisia”, comentou, acreditando que o caso abala a credibilidade política do vereador da Câmara Municipal de Lisboa, mas também do partido.
Sobre
Catarina Martins, que saiu em defesa de Robles, o social-democrata considera que esta “só tinha que demarcar-se do comportamento de Ricardo Robles. Ao invés disso, deu uma explicação que, para Marques Mendes, foi “uma coisa deprimente”.
“Catarina Martins e o Bloco de Esquerda saem muito mal. Perante uma situação desta natureza e face ao discurso que tradicionalmente faz sobre este tipo de negócios, Catarina Martins e o BE só tinham que demarcar-se do comportamento de Ricardo Robles
. Veio pactuar com este comportamento. Achei uma coisa deprimente a explicação dela. É o pior momento político da intervenção de Catarina Martins. Tentou defender o indefensável, tentou mostrar que era cabala. É ridículo", rematou.
(fonte)
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