O PTP disse hoje que “a maior parte dos juízes” que exercem a sua atividade na Madeira são “corruptos”.
“São corruptos, altamente reacionários, incompetentes e maus”, além de serem “contra a autonomia da Madeira e os madeirenses”, considerou José Manuel Coelho, no final do Conselho Regional do PTP, que se realizou numa unidade hoteleira no Funchal.
“Eu, como verdadeiro autonomista, democrata e revolucionário de abril, não aceito tribunais fascistas, sucedâneos da PIDE, de sinistra memória”, declarou, dizendo que o PTP “não está para brincar”.
“O que esses senhores querem é que o madeirense vá votar de quatro em quatro anos e a seguir esteja de bico calado”, acusou, acrescentando que aos que não estiverem bem em silêncio é aplicado “o Código Penal fascista, do artigo 184.º ao 187.º” (matéria de difamação).
José Manuel Coelho criticou, também, o comportamento das polícias.
“Eles não têm só uma polícia. Têm a PSP, que não combate o crime, combate é o desgraçado que vai trabalhar e multa o camionista que leva mais 50 kgs de terra ou de areia.
A GNR o que é que faz? Anda atrás do agricultor ou do comerciante a apreender a comida ou a roupa. Mas há mais. Há a Autoridade Tributária. Às vezes o contabilista esqueceu-se de uma burocracia na papelada e eles arranjam logo: ‘olhe, tem 10 mil euros para pagar de multa. Se não pagar, penhoramos a conta bancária ou o carro…’. Depois há os agentes de execução, que são outra polícia. O senhor não pagou o telemóvel, a Tv cabo ou o condomínio, lá vai o ladrão do agente de execução e retira-lhe o dinheiro da conta”, denuncia, considerando que as polícias agem na Madeira “como se isto fosse uma terra de pretos”.
José Manuel Coelho disse ainda que “as polícias, comandadas pelo Terreiro do Paço, com comandantes da confiança de lá, tinham de estar subordinadas ao poder regional” e aos “autonomistas”.
“Não digo regionalizar”, mas tinha de ter um co-comandante” com a “voz da Madeira” que exercesse o comando conjunto, clarificou.
Para José Manuel Coelho, atualmente as polícias exercem um “poder colonial arrogante”. (ver JM)
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