O que o articulista David Pontes se esqueceu de analisar no Jornal Público

 Leiam e divulguem o Pravdailhéu: "a verdade a que temos direito"

 Foi que a longevidade do regime corrupto do PSD na Madeira, se deve essencialmente ao apoio da Igreja obscurantista que tem as populações alienadas e presas às suas arengas medievais. 

 Assim como à proteção de que goza da parte das magistraturas corruptas do MP e  dos juizes todos eles feitos com o regime e que exercem funções na Comarca da Madeira há vários anos sem rotatividade ou  qualquer substituição.

«Há 48 anos que a Madeira é governada por um único partido, o PSD, o que irremediavelmente o leva a ter comportamentos de partido único»

 «O trabalho que publicamos sobre a Madeira põe rostos na fragilidade da democracia — porque “não tens o cartão certo”, ou porque apoiaste outro companheiro que não o líder do teu partido, podes ser atirada para a “fábrica das moscas” ou tratada como se tiveste lepra. É o resultado a cru do mal que provoca o excesso de poder e a excessiva vontade de o conservar. Há 48 anos que Madeira é governada por um único partido, o PSD, o que irremediavelmente o leva a ter comportamentos de partido único. Se a alternância é um valor da democracia, o arquipélago é a ave que nunca levantou voo. Sustentado pelos votos, mesmo que eles tenham vindo a encurtar-se, os sociais-democratas, liderados por Miguel Albuquerque, são um caso único de longevidade, mas o seu sucesso também tem de ser avaliado à luz das práticas de asfixia democrática que relatamos. O que não tem lugar na República e, felizmente, tem muita mais dificuldade de acontecer no continente sucede na ilha. Uma excepção madeirense que se alarga a outros campos da política. Se para Luís Montenegro o Chega é um não, para Miguel Albuquerque é um porque não, uma interrogativa passada a afirmativa com a abstenção viabilizadora do programa de governo da Madeira. Nem que, para o momento, o partido de André Ventura tivesse de tapar os olhos ao facto de Miguel Albuquerque ser arguido num caso de corrupção. E, se estamos em tempo de Orçamento do Estado, é temporada de mais uma excepção madeirense e, neste caso, também açoriana. Num país cuja Constituição proíbe partidos regionais, o trivial é os ramos dos partidos regionais funcionarem como sindicatos de ameaça sobre o sentido do seu voto, num gesto que, do mal, o menos, tem muito mais de teatro do que de capacidade em obter ganhos reais. Miguel Albuquerque já veio dizer que não garante o voto a favor. O PS “tem de”, mas Albuquerque tem hesitações, porque está “um pouco chateado”. Protegido do escrutínio nacional, instalado no poder de ser o maior empregador da região, com perigosas e profundas ligações ao mundo empresarial, o PSD de Albuquerque, nos seus traços autoritários, é quase indistinguível do PSD de Jardim. E isto deve preocupar uma democracia com 50 anos. Não é só o produto de uma democracia imperfeita, uma excepção que possa ser afastada com um encolher dos ombros. No seu ataque à liberdade individual e às liberdades políticas é um golpe na própria democracia.»

 

 Estas pessoas não prestam: Aguentam o regime corrupto do PPD e perseguem os democratas que denunciam os negócios da elite corrupta.  Criminalizam a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa na ilha da Madeira transformando-a num verdadeiro paraíso criminal.