quinta-feira, 31 de março de 2016

Dia dos Combatentes será celebrado em Machico na véspera da Batalha de La Lis que se deu em 9 de Abril de 1918, na qual Portugal sofreu mais de 12 mil baixas (mortos feridos e desaparecidos)

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MEMORIAL AOS MORTOS NA GRANDE GUERRA
Homenagem aos combatentes portugueses
Memorial – Uma homenagem aos combatentes portugueses
1. Quando passam cem anos sobre o início da Grande Guerra, é tempo de prestar homenagem a todos os portugueses que se bateram nos campos de batalha de África e da Europa, na defesa da sua Pátria e em prol da Liberdade. Sendo que sobre todos se levanta a memória daqueles que caíram e deram a vida por Portugal.
Em Agosto de 1914 os poderes europeus lançaram-se num conflito armado de enormes dimensões, que se prolongou até Novembro de 1918, e que só foi sustido, verdadeiramente, mais de 30 anos depois, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
Além de defenderam o território nacional, incluindo as ilhas atlânticas, os soldados portugueses estiveram presentes na frente de Angola, em 1914-1915; em Moçambique, entre 1914 e 1918; e em França, em 1917 e 1918.
Para Angola e Moçambique, Portugal organizou várias expedições militares e para França constituiu um Corpo Expedicionário Português (C.E.P.).
Para além destas forças, foram também empenhados efectivos da Marinha, que participaram nas operações do Sul de Angola e do Norte de Moçambique, assim como na defesa das costas de Portugal, na defesa das rotas dos Açores e da Madeira e dos portos nacionais, e na segurança dos transportes marítimos utilizados pelas forças portuguesas. Contam-se também alguns dos pioneiros da aviação portuguesa, que serviram nas forças francesas, e ainda um Corpo de Artilharia Pesada Independente (CAPI), que apoiou forças francesas em diversas situações, durante alguns meses do ano de 1918.
Portugal mobilizou mais de 100.000 homens, dos quais mais de 18.000 para Angola, cerca de 30.000 para Moçambique, e mais de 56.000 para França.
Em todas as frentes se travaram combates, mas os efectivos portugueses só participaram numa batalha, a Batalha de La Lys, na Flandres, no dia 9 de Abril de 1918.
No total, Portugal perdeu 7.760 homens, a que se somam mais de 16.000 feridos e mais de 13.000 prisioneiros e desaparecidos.
2. As circunstâncias em que as forças portuguesas foram empenhadas devem considerar-se muito deficientes, pois a sua instrução carecia de actualidade e continuidade, o armamento e equipamento estava, de forma geral, ultrapassado, a doutrina não evoluíra por forma a responder aos novos desafios, os serviços de apoio tiveram muita dificuldade em se adaptar às necessidades das tropas.
Apesar disso, mercê do esforço e da capacidade de muitos quadros e do espírito de sacrifício das tropas em geral, foi possível às forças portuguesas cumprirem os objectivos principais do seu empenhamento – conservar os territórios coloniais sob domínio português e garantir a participação de Portugal, como beligerante activo, na Conferência da Paz.
3. Este Memorial pretende simbolizar o sacrifício dos portugueses que serviram o seu País em tempo de guerra, lutando pela sua independência, pela paz e pela liberdade.
Em relação à Grande Guerra, 1914-1918, pelo tempo decorrido, tende a memória colectiva a diluir a lembrança desses sacrifícios, pelo que as novas gerações poderão aqui encontrar uma janela sobre o que foram as vidas e o destino dos milhares de portugueses que se bateram e se sacrificaram por Portugal.
Ficará assim estabelecida uma relação sentimental entre os portugueses de hoje e a memória daqueles que, na Grande Guerra, lutaram e deram a vida pela sua Pátria, assegurando que eles não serão esquecidos.
Através deste memorial queremos perpetuar a lembrança dos nossos avós, que nos transmitiram uma lição de vida e de apego aos valores que nos unem. O seu sacrifício não foi em vão!

 (FONTE)

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