PTP alerta para a discriminação laboral sentida pelas mulheres
O Partido Trabalhista Português decidiu comemorar o dia Internacional da Mulher com uma iniciativa em honra das conquistas laborais encetadas pelas movimentações feministas após a revolução industrial.
Raquel Coelho foi a porta-voz do partido e ressalvou das mulheres que morreram por reivindicarem melhores condições de trabalho, numa fábrica de Nova Iorque, em 1857. "Este dia serve para relembrar a importância da conquista dos direitos laborais e da igualdade de género para as mulheres", afirmou.
A deputada do PTP relembrou que todos os dias tem conhecimento de casos de funcionárias que são vítimas de discriminação ou exploração laboral, principalmente no ramo da hotelaria, na Região. Raquel Coelho denunciou situações de mulheres que trabalham mais que oito horas diárias, que não têm vínculos com as instituições para as quais trabalham ou que são remuneradas com valores muito baixos face à função que desempenham.
"São trabalhadoras vítimas de agressões físicas ou verbais, muitas delas até molestadas pelos próprios patrões", referiu, acrescentando casos de mulheres que são discriminadas por engravidarem ou por demonstrarem o seu descontentamento face à sua situação.
Por estas razões, o PTP esteve nas ruas e entregou uma flor às mulheres, com especial destaque para aquelas que trabalham no sector da hotelaria.(dnotícias.pt)
PTP denuncia falta de condições para as mulheres no sector da hotelaria
O PTP assinalou hoje o Dia Internacional da Mulher distribuindo flores às trabalhadoras do sector da hotelaria. Raquel Coelho relembrou os acontecimentos que deram início a este dia, nomeadamente o assassínio de 130 mulheres em Nova Iorque no século XIX que protestavam por melhores condições de trabalho numa fábrica, quando a mesma foi incendiada e as mulheres impedidas de sair.
“Por reivindicarem melhores condições de trabalho, estas mulheres foram barricadas na fábrica onde trabalhavam, que depois foi incendiada. Este dia serve para lembrar a importância da conquista dos direitos laborais e da igualdade de género para as mulheres. Passados mais de 150 anos deste fatídico dia, julgaríamos nós que na nossa sociedade, casos de exploração laboral para com as mulheres tivessem sido ultrapassadas, mas infelizmente não é o que se verifica. Todas as semanas chegam-nos notícias, particularmente no sector da hotelaria aqui na Madeira, em que mulheres são vítimas de discriminação e exploração”, referiu Raquel Coelho.
Esta figura do PTP denunciou que são muitos os casos em que as mulheres são obrigadas a trabalhar mais de oito horas por dia. A maior parte delas hoje recebe valores muito diminutos, o que as obriga a trabalhar 15 a 16 horas por dia para ter um salário decente no final do mês, afirmou. Há também, afiançou, situações de trabalhadoras que são vítimas de agressões físicas e verbais, algumas delas que são também “molestadas pelos próprios patrões”.
O PTP diz também que há muitas trabalhadoras no sector da hotelaria que, por quererem engravidar ou amamentar os seus filhos, não vêem renovados os seus contratos de trabalho. “E se fizerem alguma queixa ou alguma lamentação, podem ser vítimas de processos por calúnia e difamação”. (funchal/notícias)
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