terça-feira, 1 de março de 2016

Falta de liberdade de expressão leva a novo pedido de desculpas


A  notícia que acabou em processo de difamação contra Tito Vieira Júnior presidente da Junta de Freguesia do Porto Moniz cujo autor foi o primo de AJJ  (Francisco Jardim Ramos)

Autarca do Porto Moniz ataca "ladrões e 



corruptos"

Declaração do presidente da Junta, eleito pelo PS, incendeia reunião 

camarária

"Ladrões e corruptos" foram dois dos vários adjectivos proferidos pelo presidente da Junta de Freguesia do Porto Moniz, eleito pelo PS, para classificar a postura do Secretário Regional dos Assuntos Sociais e do presidente da Câmara Municipal local. Afirmações inflamadas ditas ontem em plena reunião de Câmara 'na cara' de Valter Correia, que reagiu, no final, com veemência.Agastado com a decisão de fechar à noite e aos fins de semana e feriados as urgências no Centro de Saúde do Porto Moniz, o socialista Tito Vieira Júnior foi particularmente corrosivo para com Francisco Jardim Ramos e com os "chulos" do PSD. Depois de esclarecer que o secretário que tutela a Saúde não é madeirense, mas sim brasileiro de nascença, concluiu que este "não fazia cá falta nenhuma" e que teria sido muito melhor "se tivesse ficado nalguma favela lá do Brasil", afirmou.Tito levou escrito o essencial da sua intervenção e aproveitou o período aberto ao público para se insurgir contra os dois governantes do PSD. Fê-lo inicialmente de forma indirecta, já que não mencionar o nome dos visados, mas deixou claro a quem se dirigia, ao referir-se a um artigo de opinião escrito esta semana pelo vereador e líder da JS-M, intitulado 'Os traidores do Porto Moniz'. "Eu não diria que são só traidores, mas também cobardes, ladrões e corruptos", começou por atirar, acrescentando faltarem "mais nomes além daqueles" - Valter Correia e Francisco Jardim Ramos.Apelidou ainda de "chulos" os social-democratas que andam de bandeira às costas e depois de tecer algumas criticas, desejou que a população "não se esqueça destas aves de rapina que abundam por aí" e que já nas próximas eleições dêem "a devida resposta". O edil, tal como a restante vereação, ouviu em silêncio sem nunca sequer interferir, mas no final Valter não se conteve, expressando a sua revolta perante o teor das contundentes afirmações. "Não me merece a partir de hoje qualquer consideração", sentenciou o presidente da Câmara ao presidente da Junta.PS condena silêncio de deputada A polémica em torno do "encurtamento" do funcionamento das urgências do Porto Moniz já chegou à Câmara. Na reunião de vereação o assunto dominou os trabalhos e chegou mesmo a provocar momentos muito acalorados entre o líder da oposição e o presidente da Câmara.Emanuel Câmara deu o mote, ao 'disparar' na direcção dos principais intervenientes do PSD, numa longa intervenção onde nem as 'advertências' de Valter Correia o fizeram calar.Teceu fortes críticas não só ao presidente da Câmara e ao secretário da tutela, mas também à deputada 'eleita' pelo Porto Moniz, considerando "muito grave" que esta continue "de boca tapada" quando "ainda por cima é directora de um Lar de Idosos" no Porto Moniz.Após o 'rol' de reparos, o vereador do PS exigiu, como compensação pelo fecho das urgências à noite, que uma ambulância (auto maca de socorro) devidamente equipada, passe a ficar sediada no Porto Moniz, "pelo menos" nas horas em que o Centro de Saúde estará encerrado, de modo "a salvaguardar minimamente a população", sustentou.Valter critica vereadores do PSO presidente da Câmara, Valter Correia, rebateu quase todos os argumentos, menos a proposta de Emanuel Câmara de uma ambulância sediada no Porto Moniz quando não houver serviço de urgências no concelho. O autarca prometeu levar a reivindicação de uma ambulância em permanência no concelho aos responsáveis dos Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz.Antes porém, deu também 'peixeirada' quando Valter saiu em defesa do Secretário e em jeito de contra-ataque denunciou a "leviandade" dos dois vereadores da oposição criticarem Jardim Ramos quando eles próprios também ali não vivem nem trabalham. Emanuel teve uma reacção imediata e enérgica, gerando alguns momentos de exaltação e a troca azeda de 'galhardetes'.Refreados os ânimos, a sessão voltou ao seu registo normal, que no Porto Moniz significa estar sempre à beira de poder pender ao para o endurecimento das palavras, ou então para algumas risadas quando as 'piadas' encaixam. (dn/assinantes)

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