terça-feira, 20 de setembro de 2016

Na Tailandia ativista condenado a 3 anos por difamação.Estão como os juízes da Madeira

A organização finlandesa disse estar "chocada" com a decisão do tribunal e assumiu plena responsabilidade pelo relatório elaborado pelo ativista

O britânico Andy Hall foi hoje condenado a uma pena de três anos por um tribunal tailandês após um processo por difamação apresentado por uma companhia frutícola, que o ativista disse cometer abusos laborais contra imigrantes.O tribunal impôs a Hall uma condenação suspensa, o que evitará que fique na prisão, e uma multa de 150.000 bat (3.850 euros), perante o processo apresentado pela multinacional Natural Fruit Company.O ativista enfrentava uma condenação de sete anos por difamação e por violar a lei de crimes eletrónicos pela publicação, em 2013, de um relatório para a organização finlandesa FinnWatch, que denunciava abusos a trabalhadores dessa empresa.Segundo a investigação, uma das fábricas de ananases da empresa empregava centenas de imigrantes birmaneses, alguns menores, a quem confiscava o passaporte e cujo salário era inferior ao mínimo imposto pelo Governo tailandês.






Os frequentes desmaios devido aos golpes de calor e sobrecarga de trabalho em condições sufocantes eram outras das práticas denunciadas."Respeito plenamente a decisão de hoje do tribunal mas discordo totalmente dela. Farei uso do meu direito de recurso para lutar para limpar o meu nome", disse Hall, através da sua conta de Twitter.A organização finlandesa disse estar "chocada" com a decisão do tribunal e assumiu plena responsabilidade pelo relatório elaborado pelo ativista. "Fizeram de Andy um bode expiatório para assustar outras vozes que falam legitimamente a favor dos direitos dos trabalhadores imigrantes", disse a diretora da Finnwatch, Sonja Vartiala, em comunicado."Este é um dia triste para a liberdade de expressão na Tailândia. Receamos que outros defensores dos direitos humanos e vítimas de abusos por parte de empresas sejam silenciados com medo, devido a esta decisão", acrescentou Vartiala. (fonte)

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