terça-feira, 17 de junho de 2025

Emanuel Bento em meditação transcendental

 O nosso colaborador Emanuel Bento é um poeta que cultiva muito a vida contemplativa e inspira-se para novas poesias

Emanuel Bento em meditação parece o Pedro Abrunhosa.
Notícia da Revista VEJA enviada por Emanuel Bento

Víctor Freitas faz jogo duplo com falsa oposição ao PSD. Foi desmascardo pelo grande deputado Élvio de Sousa

 

PS e JPP em alta tensão

Os ânimos exaltaram-se no Parlamento da Região Autónoma da Madeira com o deputado Vítor Freitas do Partido Socialista a enfrentar o deputado do Juntos Pelo Povo, Élvio Sousa: "Não tenho medo de ti". 

No decorrer da apreciação na especialidade da Proposta de Orçamento da Região Autónoma da Madeira e do PIDDAR - Plano de Investimentos para 2025, na Assembleia Legislativa da Madeira, na tarde desta terça-feira, 17 de Junho, o deputado socialista Vítor Freitas acusou o partido JPP de populismos e insinuações ao dizer que os outros partidos estão feitos com determinados grupos económicos quando é o próprio JPP a estar de "mãos dadas" com grupos económicos.   

"Não estamos disponíveis para esse tipo de ataques. Quando eles voltarem a surgir darei a devida resposta", garantiu o socialista. 

A intervenção foi aplaudida pela bancada do PSD, com o deputado Rafael Carvalho a dizer "Vítor anda para aqui". 

https://www.dnoticias.pt/2025/6/17/452952-ps-e-jpp-em-alta-tensao/

Padre das esmolinhas desmascarado pelo camarada Élvio de Sousa.

 


Graça Alves a nova beata do regime dos Mamadeiras e seus ricos régulos

 


Homem do laço outro grande tachista do reino dos mamadeiras do PPDê

O testemunho de Víctor Sarmento acerca do glorioso padre Martins

 

  «Faleceu o Padre Martins Junior, que conheci apenas há alguns anos atrás, mas de quem ouvia falar desde 1975, quando ele no Machico fazia a diferença no combate ao "imperador" da região da Madeira, Alberto João Jardim .
No passado mês de Janeiro , na apresentação do livro "O canto do melro" , escrito pela Raquel Varela , estiveram no restauranteobispo.com e esta súbita partida é uma triste surpresa. Partiu um bom homem e democrata convicto
Espero que o seu exemplo perdure e sirva de bandeira nesta luta que está em curso pela defesa dos valores humanos e democráticos.»

O glorioso padre Martins Júnior e os Trovante actuando na Ribeira Sêca (Machico)


Deputados madeirenses recebiam recompensas da sociedade Mossack Fonseca nos Panamá Papers

Há nove anos que aguardamos respostas!
 «PANAMA PAPERS - NOVE ANOS DE SILÊNCIO ENSURDECEDOR. Ainda se recordam? O Expresso prometia, HÁ NOVE ANOS, a divulgação da lista do SACO AZUL DO GES, COM AVENÇAS A POLÍTICOS. Continuamos, ao fim de todo este tempo, esta eternidade, à espera da Lista. Quem está a ser protegido? E porquê? Porque esperam tanto tempo para difundir os nomes dos políticos? Com a opinião pública anestesiada nesta matéria, a opinião publicada amedrontou-se. Mas por aqui temos memória de elefante. Pedimos que alguém nos esclareça. Ou o Expresso ou o próprio Ricardo Salgado.» 

Questiona Paulo Morais.

 

domingo, 15 de junho de 2025

Incêndio no LAPI (lar adventista para pessoas idosas) em Salvaterra de Magos

 




Recordando a "Guerra dos 6 dias" em 1967. (quem não se lembra dos lendários Golda Meir e Moshe Dayan)

 





HUMORISTA LEO LINS É CONDENADO A 8 ANOS DE PRISÃO POR PIADAS PRECONCEITUOSAS.(ataque sem precedentes à liberdade de expressão)

 O comediante Léo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão pela 3ª Vara Criminal de São Paulo por piadas preconceituosas. Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), o humorista inicialmente terá que cumprir pena em regime fechado. Além disso, ele terá que pagar uma multa de 1.170 salários mínimo e uma indenização por R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.



«Valeu a Pena!»... Eis o testemunho do professor André Escórcio também ele grande democrata madeirense.

 



VALEU A PENA!

Valeu a Pena ter sido seu Amigo. "Nesta história os tempos confundem-se, não acompanham nem o Sol nem a Lua, nem os meses do calendário. Na Ribeira Seca, em dezanove meses avançaram-se quinhentos anos; os pobres decidiram, os analfabetos falaram, os surdos tocaram e os ricos esconderam-se; os professores ensinaram, os médicos curaram e um padre foi cristão como Cristo que mandou que nos amássemos uns aos outros". Do livro O Canto do Melro - A vida do Padre José Martins Júnior, de Raquel Varela, Bertrand Editora, 2024.
Valeu a Pena a luta incompreendida pelo poder político;
Valeu a Pena ter estado ao lado do Povo e não ao lado do carreirismo religioso;
Valeu a Pena, como ele salientou: que "Vida sem ideal é noite sem Lua, Onde a alma sem norte, nas vagas da incerteza, flutua".
Valeu a Pena calcorrear os caminhos e veredas da tristeza para lhes levar a Mensagem;
Valeu a Pena ter sido líder de um enclave em terra de senhorios e de amargurante pobreza;
Valeu a Pena ter sido atirado para as periferias, primeiro, Porto Santo, depois, Ribeira Seca, pela nobre missão de "abrir os olhos e educar". "(...) A Senhora do Amparo / Já está muito magoada / De ver os paroquianos / Beber água da levada (...) - Cancioneiro da Ribeira Seca.
Valeu a Pena ter sido Capelão em Cabo Delgado, Moçambique, convivendo com a morte e a injustiça;
Valeu a Pena ter sido insubmisso qb perante a hierarquia militar em função do sofrimento que via e das teses que defendiam;
Valeu a Pena a vergonhosa suspensão "ad divinis", durante mais de quatro décadas, imposta por um bispo que contrariou a Palavra por amor ao poder político;
Valeu a Pena, por paradoxal que pareça, o cerco à Igreja da Ribeira Seca;
Valeu a Pena a sua inteligente luta contra os bispos Teodoro e Carrilho;
Valeu a Pena não ter sido "produto transacionável";
Valeu a Pena não confessar ditos "pecados", antes pedir aos irmãos que, junto de alegados ofendidos, estabelecessem a concórdia;
Valeu a Pena ter sido Amigo de Frei Bento Domingues, do Padre Doutor Anselmo Borges, do Padre Mário Tavares, do Padre José Luís Rodrigues e de músicos e cantores como são os casos de Francisco Fanhais, Zeca Afonso, Sérgio Godinho, José Mário Branco e tantos outros que escreveram e cantaram a vida com amor e dignidade;
Valeu a Pena ter sido professor semeando a esperança;
Valeu a Pena, em 1962, frente aos governadores das ilhas, no púlpito da Sé Catedral, ter dito que "os maiores criminosos não estão nas cadeias. Jesus não precisa de adoradores que venham ajoelhar-se em fofas almofadas vermelhas";
Valeu a Pena ter fundado grupos folclóricos e incentivar a música, o canto e o teatro;
Valeu a Pena ter sido contra os "Azeredos", "Santanas" e de outros que a vida confrontou;
Valeu a Pena ter sido autarca e o deputado da denúncia contextualizada com a Palavra;
Valeu a Pena ter sido humilde porque, por aí, foi grande;
Valeu a Pena, porque "tudo o que no Padre Martins Júnior - de Machico - é passado nos convoca para o futuro" - Do livro O Canto do Melro;
Valeu a Pena, o nosso regular encontro nos restaurantes de Machico ou na minha casa, passando horas a perceber o Homem, o exercício da política e a Palavra;
Valeu a Pena ter celebrado, em Barcelos, os nossos cinquenta anos de casamento;
Valeu a Pena o passeio que demos e o almoço que desfrutámos, naquela aldeia de xisto da Pena, na Serra de S. Macário, onde vivem 13 pessoas, onde o fotografei e para sempre ficará na minha memória;
Valeu a Pena ter apresentado o meu livro sobre Educação.
Valeu a Pena a nossa AMIZADE.
Uma enorme referência que fisicamente morre, mas que vive em nós.
Um dia disse-me: "(...) quando eu morrer desejo ter uma conversa com Jesus e Maria". Espero que já tenha acontecido.
Um abraço solidário a toda a sua família.
Ilustração: Arquivo próprio. Aldeia da Pena.

Fotos trágicas do acidente do avião na Índia

 Foto de família a bordo do avião antes de cair na Índia


Tripulação do voo acidentado

O casal de médicos Prateek Joshi e Komi Vyas estava no voo ao lado dos três filhos. Vyas havia pedido demissão do emprego em um hospital indiano para se juntar ao marido, Joshi, em Londres, segundo informações da ITV.

O casal de médicos Prateek Joshi e Komi Vyas estavam no voo ao lado dos três filhos

Imagem: Reprodução/ITV




O empresário Akeel Nanabawa e a esposa, Hannaa Vorajee, estavam no voo. O casal mora em Gloucestershire, na Inglaterra.

A dentista Nirali Patel era a única canadense no voo. Ela morava em Etobicoke, na cidade de Toronto


 O jovem casal Rachna e Rozar Christian eram indianos, mas moravam em Londres. De acordo com a agência asiática ANI, os dois passaram cinco dias em Chandkheda para visitar a família. O Colégio Imperial da Nova Zelândia, onde Rachna estudou, lamentou o ocorrido pelas redes sociais
O comandante do voo era Sumeet Sabharwal. Ele possuia mais de 8.200 horas de voo, de acordo com o tabloide britânico Daily Mail
Clive Kunder era o primeiro oficial do voo. Kunder copilotava a aeronave e possuía mais de 1.100 horas de voo, conforme o Daily Mail.

sábado, 14 de junho de 2025

O povo da Madeira sempre viveu amordaçado pelos senhorios e pelos eclesiásticos disse o Padre Martins no seu blog

Enquanto prevalecer a aliança incestuosa entre o clero e o poder na Madeira o PPDê continuará sempre no governo nunca haverá alternância democrática na Madeira.
 

«E, em contradição suprema, a cúpula do poder popular (não haja complexo em dizê-lo, porque foi o povo desarmado o obreiro deste triunfo) um poder caldeado no sofrimento de gerações e gerações amordaçadas pelos senhorios e pelos eclesiásticos. Ainda estão por contar os contornos e, sobretudo, a génese desta epopeia que as autoridades e a comunicação social madeirense de então tudo fizeram para esconder e silenciar.»

«o fosso da aliança incestuosa dos dois poderes, o político e o religioso, sem escrúpulo nem pudor.» grande verdade do padre Martins Júnior






Sempre a promiscuidade sem pudor entre o Poder político e o poder religioso!





O pequeno Cerejeira está em todos os actos solenes dos PPDês

sexta-feira, 13 de junho de 2025

«Vidas suspensas» a HISTORIA Padre Martins Júnior 2ºparte na SIC

 


O Bom Pastor apascenta as suas ovelhas conduzindo-as a verdes pastos.

"Meia-Saca" deixou de ser PPDê por um dia, para homenagear o grande padre Martins Júnior

 





Raquel Varela dá o seu testemunho sobre o glorioso padre Martins Júnior

 


Raquel Varel, uma mulher de Abril.


«Morreu o Padre Martins. Perdi um do grandes amigos de sempre. Estou abalada, triste e até incrédula, ainda. Portugal perde hoje - não tenho dúvidas - a figura central que condensa a revolução dos cravos. É um dos poucos portugueses que alcançou dimensão universal e que ficará na história, quando o tempo se encarregar de deitar fora a panóplia de vazios que inundam o espaço mediático.
Muitos falarão do Padre que esteve junto dos pobres contra a hierarquia da Igreja, não é pouco, mas não é único. Recordarão o seu compromisso com a cultura, ensino da literatura, da poesia e da música. Referirão a sua dimensão política, há outros casos, maiores. Ele foi tudo isso mas foi mais. O que lhe dá um lugar na história universal é que Portugal teve a mais profunda revolução do pós guerra, quase 3 milhões de pessoas decidiram dia a dia como deviam viver, e isso aconteceu num país que teve a mais longa ditadura da Europa, 48 anos, e que nunca teve um partido fascista, ao contrário da Itália ou da Alemanha, porque a Igreja Católica cumpriu essa função. E a Igreja é o lugar onde mais se aprendeu a pensar, organizar e administrar a sociedade portuguesa. Não por acaso o fascismo hoje vem do Estado e da Igreja mais uma vez. O Padre Martins usou tudo o que aprendeu na Igreja para construir não a dominação mas a emancipação. Pegou nessa porção mágica, o saber organizativo da Igreja - e fez dela não um veneno obscurantista, como era, mas o elixir da vida.
Ele foi para a Igreja porque a mãe achou que assim podia estudar, foi um aluno tão brilhante que teve uma dispensa papal especial para ser ordenado padre, tão novo. Essa distinção deu-lhe direito a fazer o discurso na Sé, num dia da pátria, o 1 de Dezembro, e ele usou-o para dizer que Deus não está com quem se ajoelha em fofas almofadas vermelhas. Estavam à sua frente os governadores civis e militar ajoelhados em almofadas vermelhas. Daí, o castigo foi Porto Santo, um deserto, chegou lá e alfabetizou a população, criou a tuna, teatro, de sanfona, a PIDE persegui-o. Foi enviado para a guerra colonial e disse ao brigadeiro - "não vou fazer de Nossa Senhora a Padeira de Aljubarrota!".
Veio então, de castigo, para a Ribeira Seca, na Madeira, um ermo sem água, luz, escola, estradas, e aí aboliu a confissão, que era usada para chantagem e denúncias à PIDE, disse "falem com Deus directamente", enfrentou a PIDE. Tocou sanfona, criou saraus de poesia e teatro, e cantando e compondo músicas ocuparam as terras que os senhorios usurpavam, a Madeira teve um regime feudal até 1974. Criaram uma democracia participativa em que todos em Machico, reuniam, discutiam e decidiam tudo. Nunca foi paternalista com o povo, sempre ensinou que o caminho era reunir, pensar, agir. A extrema direita organizada em milícias tentou matá-lo, a polícia não fazia nada para impedir a extrema direita, e eles, em Machico, em resposta, construíram um comité de auto defesa, de operários e estivadores e lavradores que, ao toque do sino, largavam o trabalho para defender-se da FLAMA, organização terrorista.
Quando em desespero, já nos anos 1980, enviaram a polícia cercar a Igreja, o povo cercou a polícia, 18 dias e 18 noites.
Até que Alberto João, o Bispo e a Polícia saíram finalmente e ao fim de anos de luta, derrotados nesta história. Ao povo da Ribeira Seca, Martins ensinou tudo, mas sobretudo ensinou a ousar pensar por si próprios. Ali, ainda hoje, as bordadeiras escrevem ideias claras para programas políticos, têm voz própria, os operários tocam música, empregadas de limpeza de hotel escrevem poesia, camponeses fazem teatro. Ali houve uma democracia real. Um exemplo eterno para os tempos que correm.
Tudo isto foi possível porque ele casou a fé com a utopia, o cristianismo com o marxismo - a teologia da libertação -, mas aqui, ao contrário do Brasil, foi mais longe porque esse encontro se deu na maior revolução da Europa do pós-guerra. Ele foi um Jesus histórico em acção concreta no século XX, não como um novo Messias, por favor, como ele odiava idolatrias, "veludos" e conclaves dos "corvos do Vaticano" - tinha um sentido de humor único. Não era Messias, não era salvador. Ele foi, até o fim, um educador e um organizador. É isso que faz um político, é isso que faz um revolucionário, é isso que faz quem tem esse poder - o conhecimento - e quer realmente transformar a vida do povo. Jesus e Antero de Quental eram a sua inspiração.
Nestes tempos em que essa característica fundamental dos políticos, líderes religiosos e culturais foi abandonada - organizar e educar para que as pessoas se possam autoemancipar -, e agora só temos políticos figuras públicas, especialistas em comunicação, ou gestores do país com delírios omnipotentes, o Padre Martins esteve cá a dizer, a vida toda - "é mais fácil rezar do que pensar", votar de 4 em 4 anos não chega, é preciso organizar, agir. A sua história é um manual anti fascista para os tempos que correm. Ele foi um encontro raro entre uma revolução e um indivíduo excepcional, entre a Idade Média e um mundo novo utópico, que Portugal, que sorte, viveu em 1974-1975.
Eterna saudade, meu querido amigo, dos nossos passeios nas levadas, das ponchas na venda da Natália, das nossas conversas onde se podia falar de tudo, com confiança, das piadas, dos piropos, das ironias, dos erros, dos desejos, do prazer de viver.
Tentei contar a vida dele no meu livro O Canto do Melro (Bertrand). A sessão em que íamos estar este Domingo em Grândola foi cancelada, claro. Mas estaremos na feira do livro, a falar sobre ele e homenageá-lo, dia 21 de Junho como estava previsto.
Quando eu e meu amor, o meu Beto, lhe pedimos para nos casar, já anos depois de estarmos juntos, disse-nos surpreso e indignado "Não precisam, já estão?!" . Pensei, será por sermos ateus? e respondi-lhe "Mas, Padre Martins, é na casa dos meus pais, no jardim, junto da família e amigos, é uma festa" - "Entendi! Se é com o jardim por chão e o céu azul por tecto, aceito". Rimos, abraçámo-nos. Envergava, quando nos deu as alianças, os paramentos bordados pelas bordadeiras da cooperativa, construída na revolução, que acabou com os intermediários, gestores e devolveu a elas o sentido do trabalho. Por isso, passaram a bordar flores e pássaros em vez de cruzes.»