sábado, 20 de dezembro de 2025

«Os governos laranjas no continente, fíéis à tradição, são os que mais espezinham os madeirenses» afirma com toda a razão o grande fotojornalista Rui Olim Marote


 

Está consumado: não vale a pena chorar sobre o leite derramado…

Rui Marote
 O Funchal Notícias alertou com 12 dias de antecedência que a “bomba” iria explodir, com as novas regras do subsídio de mobilidade que prometem tornar a vida dos madeirenses num inferno burocrático. Mas dormiram à sombra da bananeira, ignoraram e agora todos ralham e ninguém tem razão. Colocam as mãos na cabeça para exprimir a “frustração: ai meu Deus”. O secretário Eduardo Jesus tinha conhecimento e agora pede bom senso. E quanto aos deputados da nação: estavam de olhos fechados? De nada vai valer o choro e ranger de dentes anunciado para próxima segunda feira no Parlamento Regional: dificilmente a “bola voltará para trás” .
 A história do subsídio de mobilidade começou no Governo de Passos Coelho. Antes o governo subsidiava as companhias aéreas, foi o Ministro Pires de Lima que impôs o tecto dos 400 euros como limite e o Governo Regional aceitou . Os Açores não embarcaram nisso e não aceitaram qualquer tecto como limite.
 Mais uma vez os nossos governantes aceitaram estas regras do jogo. Hoje, este Povo Ilhéu volta a dançar o baile pesado. Os governos laranjas no continente, fíéis à tradição, são os que mais espezinham os madeirenses. Recordamos Guterres que perdoou duas vezes a dívida da Madeira enquanto Cavaco impôs os madeirenses o pagamento do aeroporto.
Sou madeirense e português não tenho culpa de ter nascido numa ilha rodeada de mar…
 Não temos comboio, eléctrico nem barco, embora saibamos que orçamento de Estado contempla uma verba para transportes marítimos. Quem está em Bragança tem meios de transporte para chegar a Vila Real de Santo António. Aqui só temos o Lobo Marinho para chegar ao Porto Santo…!
 O novo subsídio de mobilidade irá controlar os madeirenses de uma maneira orwelliana. O Ministério das Finanças registará quantas vezes o madeirense se deslocou à capital do reino e assim seremos um regime tipo Coreia do Norte.
Tudo se encaminha para muito brevemente o “Governo do rectângulo”  limitar o número de viagens em que cada madeirense terá direito a usufruir do subsídio: cinco ou seis num ano….

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