Burkina Faso restabelece pena de morte e criminaliza "promoção e práticas homossexuais"
O regime militar do Burkina Faso vai restabelecer no seu código penal a pena de morte, que tinha sido abolida em 2018, aplicada a uma série de crimes, anunciou esta quinta-feira o Conselho de Ministros."Este projeto de código penal restabelece a pena de morte para uma série de crimes, entre os quais a alta traição, atos de terrorismo e espionagem", precisou o serviço de informação do Governo burquinês.
Segundo a Amnistia Internacional, a última execução registada no Burkina Faso remonta a 1988. A pena de morte foi abolida sob o regime civil de Roch Marc Christian Kaboré, 30 anos depois.
O Burkina Faso é governado por Ibrahim Traoré, que chegou ao poder após um golpe militar em setembro de 2022 e tem conduzido uma política autoritária e hostil ao Ocidente, cujos valores critica particularmente, com o país a aproximar de novos parceiros, como a Rússia e o Irão.
"A adoção deste projeto de lei insere-se na dinâmica das reformas globais do setor para uma justiça que responda às aspirações profundas do povo", explicou o ministro da Justiça do Burkina Faso, Edasso Rodrigue Bayala, citado pelo serviço de informação do Governo.
O texto, que deve ser aprovado pela Assembleia Legislativa de Transição, criada pela junta militar, também criminaliza "a promoção e as práticas homossexuais e similares", segundo o Governo. Em setembro, pela primeira vez, o país aprovou uma lei que prevê penas de até cinco anos de prisão para os "autores de práticas homossexuais". (JN)
Os indígenas do Burkina Faso ainda estão um degrau acima dos seus congéneres mamadeiras
ResponderEliminar