segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

O cambado é agressivo cuidado com ele! A Polícia não o prende, apenas anda pela cidade multando automobilistas

 
Filipa Costa denuncia no facebook o energúmeno que agrediu a sua irmã e critica a falta de intervenção da PSP. 
(esquece no entanto a senhora que na Madeira, a PSP apenas existe para aplicar multas e sacar dinheiro aos cidadãos que trabalham.)

«Ontem foi a minha irmã. Hoje pode ser seu.

Partilho isto para aumentar a conscientização - não o medo, não a culpa - mas a conscientização.
A minha irmã, estava inocentemente a ver o pôr do sol no Funchal há 3 dias, quando foi atacada por um indivíduo conhecido na zona. Ele é conhecido por ser sem-teto, por lutar contra o vício e é extremamente perigoso. Segundo os moradores, ele aparentemente só ataca mulheres e idosos.
Isto aconteceu em plena luz do dia. Rodeado de turistas. Nenhuma provocação.
O que tornou a experiência ainda mais difícil foi o que aconteceu a seguir.
Ainda tremendo e traumatizada, ela foi denunciar o incidente - e ao invés de empatia, foi recebida com frieza, desprezo e falta de apoio das autoridades.
Nenhuma vítima merece se sentir inédita ou desprotegida depois de algo assim.
Minha irmã está se recuperando lentamente. Ela ainda está em choque, a lidar com enxaquecas e a tentar processar tudo - mas está em casa e está segura.
Nos últimos dias, quando ela relatou o incidente e falou com as pessoas da comunidade, algo ficou dolorosamente claro:
Este não foi um caso isolado.
O que ela viveu é algo que muitas pessoas idosas e mulheres aqui passaram silenciosamente.
No hospital, antes mesmo de explicar quem era, o médico já sabia - porque vê casos semelhantes quase todos os dias causados pelo mesmo indivíduo.
Muitas pessoas que falaram com ela depois compartilharam que também foram abordadas, ameaçadas ou prejudicadas de maneiras semelhantes. E nada é feito, porque todo mundo tem pena dele.
E embora todos entendamos a compaixão e as complexas realidades dos sem-abrigo, vício e vulnerabilidade...
A compaixão não pode substituir a segurança.
Sentir pena de alguém não pode justificar fechar os olhos quando pessoas — especialmente idosos e mulheres — estão a ser prejudicadas.
Minha intenção não é apontar o dedo ou criticar a Madeira.
Minha intenção é conscientizar as pessoas sobre a segurança da comunidade - algo que afeta todos nós.
O que me preocupa é ouvir, vezes sem conta,
“Todo mundo sabe disto. ”
“Ele só se aproxima de mulheres e idosos. ”
"Ele não ataca ninguém se um homem estiver por perto. ”
"Nada acontece quando é relatado. ”
Isso é profundamente perturbador.
Estou a partilhar isto porque a segurança nunca deve depender da sorte.
Nunca deve depender se há um homem ao seu lado.
Nunca deve depender se alguém escolhe intervir.

Todos nós amamos esta ilha. Todos nós queremos sentir-nos seguros nas nossas próprias ruas.
Então, a pergunta que fica comigo — e aquela que eu espero que chegue aos olhos e corações certos — é esta:
Quantos incidentes mais serão necessários antes de serem tomadas medidas significativas para proteger as pessoas que vivem aqui, visitam aqui e simplesmente querem desfrutar da nossa ilha em paz?
🤍
A Madeira está em casa. A Madeira é linda. Esta publicação não é sobre criticar a ilha ou o seu povo.
É para lembrar a todos nós, moradores locais e visitantes, que a segurança não é garantida só porque um lugar parece tranquilo.
Às vezes, a beleza ao nosso redor faz-nos baixar a guarda, ou ignorar aquele instinto silencioso a dizer-nos que algo parece " ”
Se estiver no Funchal ou Câmara de Lobos e vir este homem (muitas vezes de muletas, conhecido localmente como "o cambado"), por favor tenha cuidado.
Enviando amor a todos os que gostam da beleza da Madeira.»

Entretanto o Comissário do CHEGA Adelino Camacho, escreve hoje no diário do "Padre das esmolinhas" um artigo de opinião louvando a polícia que temos na Madeira.
Vejam o que o pardalão escreve:

«Sem Vídeo-Árbitro para a Segurança Pública»

«O dia a dia no comando regional da PSP, como por exemplo a Esquadra do Funchal, está longe da perceção que muitas pessoas têm ao passar na rua. Por detrás daquela porta, uma porta que nunca fecha, existe um serviço permanente, exigente e profundamente vocacionado para proteger a comunidade. A imprevisibilidade, a responsabilidade e o espírito de missão moldam cada turno, cada atendimento e cada resposta policial.

A PSP funciona sem interrupções, tal como hospitais ou bombeiros. Está aberta 24 horas por dia, garantindo à população um ponto de apoio permanente. Por aquela porta entram diariamente vítimas, turistas em dificuldade, crianças em risco, famílias fragilizadas e cidadãos que precisam de ajuda imediata. No interior, o serviço é constante: o telefone toca sem parar, surgem pedidos de reforço, vítimas procuram apoio, acidentes exigem intervenção rápida e múltiplas situações requerem serenidade e decisões firmes. Os polícias lidam com conflitos familiares, auxiliam idosos, orientam turistas e respondem a violência doméstica e a ocorrências de diversa gravidade.A tudo isto soma-se o crescimento acelerado do crime informático: burlas online, perfis falsos, fraudes sofisticadas e ameaças digitais que afetam todas as idades. Mas existe uma realidade estrutural incontornável: os recursos humanos são cada vez mais escassos. O efetivo envelhece, muitos aproximam-se da aposentação e as entradas não compensam as saídas, aumentando a carga de trabalho sobre quem permanece.

O mês de dezembro torna esta realidade ainda mais evidente. No Funchal, o período natalício e a passagem de ano representam um dos maiores desafios operacionais do país, com mais ocorrências, mais movimento nas ruas e mais exigências de segurança. A PSP mobiliza praticamente todo o seu efetivo para garantir que residentes e visitantes celebram em segurança.

Foi neste contexto que se realizou a reunião entre o MAI e alguns sindicatos da PSP e da GNR, aguardada com expectativa de sinais políticos claros. Porém, apesar do reconhecimento das dificuldades no terreno, verificou-se que partes do acordo anteriormente estabelecido entre o Governo e a ASPP continuam por cumprir. Tal levou o sindicato a abandonar as negociações e a admitir levar a luta para a rua. Permanece a sensação de que se voltou a adiar o que já não pode ser adiado, deixando questões essenciais sem resposta.

A mesma preocupação marcou o Congresso da ASPP, realizado em S. João da Madeira, evidenciou a distância entre as necessidades reais dos polícias e o ritmo lento das respostas institucionais. Reforçou-se a urgência de melhores condições de trabalho, carreiras modernizadas, apoio psicológico eficaz e políticas que garantam a sustentabilidade da PSP. Longe de mera reflexão, o congresso revelou crescente insatisfação e a necessidade de medidas concretas. A realidade mantém-se marcada por folgas reduzidas, escalas prolongadas e exigências constantes, embora o profissionalismo dos polícias continue a assegurar uma resposta eficaz à população.

Os polícias permanecem ao serviço porque acreditam profundamente na importância do que fazem. Contudo, é indispensável que este esforço seja acompanhado por medidas que reforcem a capacidade operacional da PSP e valorizem quem trabalha na linha da frente.

Ser polícia no Funchal, e em qualquer parte da ilha, significa estar presente quando a comunidade mais precisa. Significa garantir que aquela porta nunca fecha, mesmo quando tudo o resto já encerrou. Mas para que esta missão continue a ser desempenhada com dignidade, a sociedade e os decisores políticos têm de assumir a responsabilidade de apoiar quem protege todos os dias.

E a pergunta mantém-se, agora com um tom inevitavelmente irónico: e agora, como vamos resolver isto? Infelizmente, ao contrário do futebol moderno, não existe vídeo-árbitro que reveja decisões, corrija erros ou chame à ordem quem falha. E a dificuldade aumenta porque, neste jogo, o Estado é simultaneamente árbitro e jogador, define regras, controla o tempo e decide quando o jogo acaba. Os polícias, esses, continuam em campo, sem substituições e muitas vezes sem reforços no banco.

Quem vai, afinal, rever o lance e corrigir o que está errado?»

Mulher agredida com muletas por sem-abrigo no Funchal

Terá sido nesta zona dos tetrápodes do Farol do Pontão que a mulher foi atacada.

Uma mulher de 40 anos, filha de madeirenses e natural da África do Sul residente na Madeira, foi agredida na passada sexta-feira, no Funchal, alegadamente por um homem em situação de sem-abrigo, conhecido na cidade como “o Muletas”.

O indivíduo, que se desloca com a ajuda de duas muletas devido a problemas de mobilidade, é presença habitual na Rua Fernão Ornelas e na Avenida do Mar, tendo já várias queixas pendentes na Polícia. Segundo o relato de alguns residentes, este indivíduo tem hábito de atacar idosos e turistas mais idosos.

A agressão terá ocorrido ao final da tarde, na zona da Avenida do Mar, junto à praia de São Tiago, na zona do Pontão, quando a vítima apreciava o pôr-do-sol. O caso foi inicialmente denunciado nas redes sociais e confirmado ao JM pela irmã da vítima, Lúcia de Freitas.

“Foi na passada sexta-feira, quando a minha irmã estava a ver o pôr-do-sol, que foi atacada por um homem extremamente perigoso e conhecido na zona”, relatou. “Ele bateu na minha irmã com as muletas, atingindo-a na cabeça e numa mão. Ela foi assistida no Hospital Dr. Nélio Mendonça, com dores fortes na cabeça e a mão bastante inchada. Neste momento está traumatizada e tem medo de passar naquele local”, acrescentou.

A vítima apresentou queixa na Polícia de Segurança Pública (PSP), mas, segundo a família, a mulher “foi recebida com frieza e desprezo”, apontando ainda falta de apoio por parte das autoridades.


A finalizar, Lúcia Freitas diz que não tem “intenção de atacar instituições ou o nome da Madeira”. O seu “único objetivo é evitar que isto volte a acontecer, porque se continuarmos a ignorar este problema de segurança, estamos apenas à espera que seja a vítima “errada”, a vítima que finalmente faça alguém agir”.

https://www.jm-madeira.pt/ocorrencias/mulher-agredida-com-muletas-por-sem-abrigo-no-funchal-EO19240859

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