𝗖𝗗𝗦: 𝗢 𝗟𝗲𝗮̃𝗼 𝗤𝘂𝗲 𝗠𝗶𝗮
O espectáculo do CDS/Madeira é um exercício esforçado que já começa a tresandar. A bem dizer, não há aqui novidade nenhuma. O CDS, nas suas eternas manobras de sobrevivência, é uma máquina de fazer política sem ideias, sem rumo e, como sempre, sem coluna vertebral. Vem agora José Manuel Rodrigues, esse Houdini das alianças oportunistas, brandir o estandarte da deslealdade do PSD, como se ele e os seus correligionários não tivessem sido cúmplices, ano após ano, desde 2019, de todas as patranhas do Governo Regional. Há que ter memória curta, ou esperar que os madeirenses a tenham – para apresentar queixas com um ar tão ofendido e teatral.
Este jogo já todos conhecemos. Antes das eleições, o CDS veste o manto do protesto, da indignação moral, do partido que diz “basta” aos desmandos do PSD. Faz-se de herói trágico, vítima de uma relação tóxica, uma espécie de "violência doméstica", prometendo ao eleitorado que desta vez, sim, vai mostrar que tem vontade própria. Depois vêm as urnas, e o que acontece? Correm a reconciliar-se com o PSD, mais rápido do que um funcionário público a sair às cinco e meia da tarde, numa dança de subserviência e dependência que faria corar qualquer um.
Dir-se-ia que é uma estratégia, mas nem para isso chega. Não é estratégia, é desespero. O CDS/Madeira perdeu há muito a capacidade de se afirmar como partido. Limita-se a existir na sombra do PSD, alimentando-se das migalhas de poder que lhe atiram, como quem atira ossos a um cão faminto. E, no entanto, ainda têm a superior lata de se queixarem de desconsiderações e “falta de palavra”. Como se não soubessem desde sempre qual é a natureza do acordo que aceitaram. Como se não tivessem legitimado, por conveniência, políticas e decisões que agora fingem criticar. Quem quer ser respeitado, dá-se ao respeito.
O mais curioso nisto tudo é que, por detrás do discurso de “independência”, o CDS continua tão dependente do PSD como um viciado da sua dose diária. Falta-lhes coragem, palavra que desconhecem, para se apresentarem como alternativa. É mais fácil manter esta farsa, este vaivém patético entre o protesto fingido e a submissão descarada.
Mas a política não é teatro, pelo menos não deveria ser. O eleitorado não é tão idiota como o CDS parece pensar. Esta encenação repetitiva desgasta, e o que sobra? Sobra um partido irrelevante, uma sombra de si, que se mantém vivo à custa de uma aliança que finge desprezar. No final, este CDS não é só uma vergonha política, é também uma obra-prima de auto-aniquilação. Se José Manuel Rodrigues e companhia querem salvar o que resta, talvez fosse boa ideia calarem-se de vez e fazerem aquilo que não fazem há anos: pensar.
AH! Hoje o jornal do meia saca presta mais um grande serviço ao obscurantismo. Já não basta a igreja sempre ao serviço do regime e as suas baboseiras para enganar este povo tonto. JM põe uma taróloga na primeira página. Tudo isto é consequência de ser dirigido pelo camponês meia saca. Este campónio costumava ir à bruxa e ao endireita para curar as suas maleitas quando trabalhava na fazenda. Hoje ainda acredita em bruxarias e acha normal divulgar a superstição.
ResponderEliminarQuem foi o desgraçado/a do jornalista que teve que escrever este artigo?
ResponderEliminarO NUNO MORNA AO PEDIR AO CDS PARA SE CALAR, PRETENDE QUE ELES CONTINUEM COM OS PÉS FORA DA COVA POR TEMPO INDETERMINADO!... CLARO, SÓ PODEM SER AMIGOS!!!!
ResponderEliminarA Madeira não precisa do CDS para nada.
ResponderEliminarO Sr. Volumoso tem razão. Mas o Sr. Volumoso também é um nó górdio (passe a expressão) de incoerências. E sobretudo, é o representante de um partido que ama os ricos e odeia os pobres, ainda mais à direita que o cds.
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