domingo, 19 de janeiro de 2025

Nuno Morna desmascara a hipocrisia do CDS/Madeira e do celestial sonso José Manuel Rodrigues

 𝗖𝗗𝗦: 𝗢 𝗟𝗲𝗮̃𝗼 𝗤𝘂𝗲 𝗠𝗶𝗮

O espectáculo do CDS/Madeira é um exercício esforçado que já começa a tresandar. A bem dizer, não há aqui novidade nenhuma. O CDS, nas suas eternas manobras de sobrevivência, é uma máquina de fazer política sem ideias, sem rumo e, como sempre, sem coluna vertebral. Vem agora José Manuel Rodrigues, esse Houdini das alianças oportunistas, brandir o estandarte da deslealdade do PSD, como se ele e os seus correligionários não tivessem sido cúmplices, ano após ano, desde 2019, de todas as patranhas do Governo Regional. Há que ter memória curta, ou esperar que os madeirenses a tenham – para apresentar queixas com um ar tão ofendido e teatral.
Este jogo já todos conhecemos. Antes das eleições, o CDS veste o manto do protesto, da indignação moral, do partido que diz “basta” aos desmandos do PSD. Faz-se de herói trágico, vítima de uma relação tóxica, uma espécie de "violência doméstica", prometendo ao eleitorado que desta vez, sim, vai mostrar que tem vontade própria. Depois vêm as urnas, e o que acontece? Correm a reconciliar-se com o PSD, mais rápido do que um funcionário público a sair às cinco e meia da tarde, numa dança de subserviência e dependência que faria corar qualquer um.
Dir-se-ia que é uma estratégia, mas nem para isso chega. Não é estratégia, é desespero. O CDS/Madeira perdeu há muito a capacidade de se afirmar como partido. Limita-se a existir na sombra do PSD, alimentando-se das migalhas de poder que lhe atiram, como quem atira ossos a um cão faminto. E, no entanto, ainda têm a superior lata de se queixarem de desconsiderações e “falta de palavra”. Como se não soubessem desde sempre qual é a natureza do acordo que aceitaram. Como se não tivessem legitimado, por conveniência, políticas e decisões que agora fingem criticar. Quem quer ser respeitado, dá-se ao respeito.
O mais curioso nisto tudo é que, por detrás do discurso de “independência”, o CDS continua tão dependente do PSD como um viciado da sua dose diária. Falta-lhes coragem, palavra que desconhecem, para se apresentarem como alternativa. É mais fácil manter esta farsa, este vaivém patético entre o protesto fingido e a submissão descarada.
Mas a política não é teatro, pelo menos não deveria ser. O eleitorado não é tão idiota como o CDS parece pensar. Esta encenação repetitiva desgasta, e o que sobra? Sobra um partido irrelevante, uma sombra de si, que se mantém vivo à custa de uma aliança que finge desprezar. No final, este CDS não é só uma vergonha política, é também uma obra-prima de auto-aniquilação. Se José Manuel Rodrigues e companhia querem salvar o que resta, talvez fosse boa ideia calarem-se de vez e fazerem aquilo que não fazem há anos: pensar.
Janeiro 2025
Nuno Morna



5 comentários:

  1. AH! Hoje o jornal do meia saca presta mais um grande serviço ao obscurantismo. Já não basta a igreja sempre ao serviço do regime e as suas baboseiras para enganar este povo tonto. JM põe uma taróloga na primeira página. Tudo isto é consequência de ser dirigido pelo camponês meia saca. Este campónio costumava ir à bruxa e ao endireita para curar as suas maleitas quando trabalhava na fazenda. Hoje ainda acredita em bruxarias e acha normal divulgar a superstição.

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  2. Quem foi o desgraçado/a do jornalista que teve que escrever este artigo?

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  3. O NUNO MORNA AO PEDIR AO CDS PARA SE CALAR, PRETENDE QUE ELES CONTINUEM COM OS PÉS FORA DA COVA POR TEMPO INDETERMINADO!... CLARO, SÓ PODEM SER AMIGOS!!!!

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  4. A Madeira não precisa do CDS para nada.

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  5. O Sr. Volumoso tem razão. Mas o Sr. Volumoso também é um nó górdio (passe a expressão) de incoerências. E sobretudo, é o representante de um partido que ama os ricos e odeia os pobres, ainda mais à direita que o cds.

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