Madeira continuará a ser um oásis... mas apenas para os mesmos de sempre.
É quase comicamente trágico ouvir Miguel Albuquerque erguer a bandeira da"desburocratização urgente", como se fosse um observador inocente de um sistema que caiu do céu, e não o principal fiador de décadas de entraves, favorecimentos e mecanismos de bloqueio que asfixiam quem ousa investir sem ter o "carimbo" dos amigos do poder.
Na terra onde se protege o conforto dos monopólios como se fossem espécies em vias de extinção, é de uma ironia cruel vê-lo lamentar a falta de competitividade. Na Madeira onde o armador Armas foi empurrado para fora, eliminando uma alternativa que poderia baixar preços e oferecer escolha real às pessoas, Albuquerque fala em mercado livre. No arquipélago onde o LIDL enfrentou um labirinto administrativo tão absurdo que acabou por desistir, ele resolve agora proclamar a necessidade de cortar burocracia. É o pescador que lança as redes no mesmo mar que poluiu, e depois reclama que já não há peixe.
A burocracia na Madeira não é um acidente, é um filtro. Um filtro que separa quem pode avançar de quem deve ficar para trás. Um filtro que, convenientemente, trava concorrência e protege feudos antigos. Quando o presidente descreve o urhanismo como "kafkiano" talvez fosse mais , , talvez fosse mais honesto se acrescentasse... kafkiano para uns, milagrosamente eficiente para outros.
É claro que na narrativa oficial tudo corre às mil maravilhas, crescimento acima da média, dívida controlada, confiança instalada. Mas o que realmente se instala, ano após ano, é a sensação de que a economia madeirense vive condicionada por um sistema que decide vencedores antes da partida começar. Cresce, sim, mas cresce para quem? Porque há tanta pobreza?
E é aqui que está o centro da hipocrisia, quem governa há anos um território onde a burocracia funciona como muralha para barrar projectos incómodos não pode agora, com ar sério, criticar o monstro que ele próprio alimentou. A burocracia não é o acaso que Albuquerque finge denunciar; é a ferramenta. E enquanto essa ferramenta continuar a ser usada para afastar players que tragam preços mais baixos, concorrência real e independência económica, a Madeira continuará a ser um oásis... mas apenas para os mesmos de sempre.
É fácil clamar por "coragem política para desburocratizar". Difícil é ter coragem para desmantelar • sistema de protecções,
dependências e portas laterais que mantém o poder bem arrumado onde sempre esteve. Essa, sim, seria uma verdadeira revolução, e talvez seja por isso que nunca chega.
Albuquerque é hipocrisia sem fim! Se quer desburocratizar só para ser para mais uma golpada dos amigos.
Cereja no topo do bolo para parolo ver:
Madeira é o melhor sítio do país para se investir" (link). Se deres percentagem para te deixarem entrar! Esse secretário é o olheiro da economia para o Sousa, assim com a ACIF é para o Pestana.
Madeira continuará a ser um oásis... mas apenas para os mesmos de sempre: SOUSA, AVELINO,PESTANA e JAIME RAMOS!Albuquerque exige menos burocracia para investir
O secretário regional de Economia afirmou, hoje, que “a Madeira é o melhor sítio do país para investir” e evocou uma série de razões para justificar a sua declaração. José Manuel Rodrigues falou à comunicação social após uma conferência orientada pela Invest Madeira sobre as atractividades fiscais da Região, na Web Summit.
O governante abordou a hospitalidade da Madeira, mas também o regime fiscal próprio que existe na Região, quer em termos de IRC, quer o que haverá em termos de IRS com a redução de 30% em todos os escalões. Também o Centro Internacional de Negócios da Madeira possui um regime fiscal próprio, que José Manuel Rodrigues espera que seja prorrogado pelo Orçamento do Estado até 2033.
José Manuel Rodrigues apontou também que existe um conjunto de fundos europeus e regionais que incentivam o investimento. “Nós, nesta área do sector tecnológico, temos vindo a crescer de forma acentuada”, disse o governante, indicando que, no ano passado, a facturação ascendeu a mais de 1.000 milhões de euros, sendo que o objectivo é crescer.
A presença da Região na Web Summit pretende captar investimento na área das novas tecnologias. “Temos fundos para a digitalização das nossas empresas, que têm vindo a ser substancialmente aproveitados e também para a descarbonização, conduzindo a Madeira para uma economia mais verde”, disse.


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