Ana Gomes condenada a pagar mais de 10 mil euros por chamar “escroque” a Mário Ferreira

 

 Ex-deputada europeia condenada no seguimento de uma acusação particular por difamação agravada apresentada pelo empresário. Ana Gomes condenada a pagar mais de 10 mil euros por chamar “escroque” a Mário Ferreira

 A ex-eurodeputada socialista Ana Gomes foi, na tarde desta sexta-feira, condenada a pagar mais de dez mil euros pelo crime de difamação agravada contra o empresário Mário Ferreira. Foi o culminar de um julgamento que começou em Fevereiro de 2022, depois de o empresário da Douro Azul ter apresentado queixa particular contra Ana Gomes, no seguimento de considerações desta feitas em 2019, num programa de televisão e na rede social Twitter (agora X).

https://www.publico.pt/2023/09/08/sociedade/noticia/ana-gomes-condenada-pagar-10-mil-euros-chamar-escroque-mario-ferreira-2062695

A antiga eurodeputada socialista foi condenada a pagar uma multa de 2800 euros e uma indemnização de 8 mil euros por danos patrimoniais, avança a SIC Notícias.

Ana Gomes foi condenada, esta sexta-feirra, dia 8 de setembro, por difamação agravada, num processo movido pelo empresário Mário Ferreira, dono da TVI.

À saída do tribunal, revelou que vai recorrer da sentença.

Na leitura do acórdão, no Tribunal do Bolhão, no Porto, foi destacada a expressão de Ana Gomes, "notório escroque", para referir-se a Mário Ferreira.

"Com a expressão, a arguida quis atingir o empresário bem como o cidadão, abalando a sua credibilidade, pintando-o como um homem que vigariza. Uma coisa é criticar, outra é atingir. Lendo o tweet, tal expressão era totalmente desnecessária", considerou a juíza.

O processo arrancou no início de 2022. Em causa estão declarações proferidas por Ana Gomes sobre o dono do grupo Mystic Invest/Douro Azul e da TVI, tanto no espaço de comentário da SIC Notícias como no Twitter.

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Para o advogado de Mário Ferreira, Tiago Félix da Costa, a ofensa "escroque/criminoso fiscal" é séria e, por isso, pediu a condenação da antiga eurodeputada a uma "pena pelo mínimo" e ao pagamento de uma indemnização de 10 mil euros ao empresário que serão, posteriormente, doados a uma instituição de solidariedade social.