segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Filha do camarada Paulo Martins escreve sobre a opressão das Mulheres no Afeganistão

 Joana Martins escreve excelente artigo de opinião no Diário do padre das esmolinhas


Que nenhuma mulher seja silenciada

Recentemente, foi aprovada pelo regime talibã no Afeganistão uma nova lei moral que vem reprimir ainda mais as mulheres afegãs. O Artigo 13 silencia literalmente as mulheres, proibindo-as de falar em locais públicos. Nem falar, nem cantar, nem assobiar, nada. Nas ruas do Afeganistão, as mulheres têm de estar caladas. Além disso, passaram a ser obrigadas a cobrir o rosto com véu.

O Afeganistão, sob o domínio dos Talibãs, é um triste exemplo dos retrocessos dos direitos humanos, especialmente os das mulheres. Desde que retomaram o controle do país em 2021, o regime talibã tem implementado medidas opressivas que aniquilam anos de progressos em prol da igualdade de género.

Nas últimas duas décadas, tinham existido avanços significativos nos direitos das mulheres – com as meninas a poder frequentar a escola e as mulheres a ocupar cargos de liderança e a participar ativamente na vida social e política. Contudo, a reestruturação do governo talibã resultou num rápido retrocesso. A imposição de um regime que encara a mulher como inferior é um exemplo do autoritarismo que perpetua a opressão, justificada por interpretações radicais do sistema jurídico do islão, Xaria.

As restrições começam na educação: as raparigas e mulheres foram novamente banidas do ensino secundário e universitário. Esta decisão não afeta apenas a geração atual. Ao privar as mulheres do conhecimento e do adquirir ferramentas necessárias para participar plenamente na sociedade, os Talibãs condenam as futuras gerações à ignorância e à submissão. A educação é uma ferramenta crucial para a emancipação; sem ela, as mulheres perdem a sua voz na sociedade, e limita oportunidades profissionais e económicas.

No âmbito profissional, as proibições são igualmente severas. As mulheres foram excluídas dos locais de trabalho em várias áreas, resultando em consequências devastadoras para as suas economias familiares e a sua autonomia financeira. Essa exclusão não representa apenas uma violação direta aos direitos humanos: trata-se, também, de uma perda significativa para a economia afegã, como um todo.

As mulheres afegãs estão também proibidas de viajar sem a companhia dos seus maridos, de praticar desportos que exponham o rosto e o corpo, de utilizar contracetivos e são obrigadas a usar roupa que as cubra da cabeça aos pés.

A violência de género alcançou níveis alarmantes naquele país, enquanto os mecanismos institucionais que deveriam oferecer proteção foram desmantelados ou são ineficazes. Todos os dias, é possível escutar relatos deprimentes: mulheres perseguidas por defenderem os seus direitos e procurarem autonomia; mães desesperadas que tentam proteger as suas filhas da repressão; ativistas silenciadas ou presas (ou pior). Cada relato é uma chamada urgente para a ação, não apenas moralmente necessária, mas também imprescindível.

Estes retrocessos representam uma tragédia não só para o Afeganistão. São um alerta para todos/as nós: os direitos humanos são frágeis e devem ser constantemente defendidos contra qualquer forma de tirania ou extremismo. Enquanto mais vozes internacionais se levantam em solidariedade com as afegãs que estão a lutar pela liberdade perdida, é essencial agir com urgência coletiva para promover mudanças duradouras na vida dessas mulheres corajosas que merecem viver sem medo nem opressão, em plena Voz.

https://www.dnoticias.pt/2024/9/2/418317-que-nenhuma-mulher-seja-silenciada/




7 comentários:

  1. Ela como é toda universalista, defende a vinda de árabes para Portugal para nós ficarmos como o Afeganistâo! Aí vai ver o que é bom para as mulheres portuguesas!...

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  2. Esse traste onde foi bater....Afeganistão !!!!!

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    1. E ainda arranjaram uma rotunda a parecer um coxo

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  3. EUA roubam avião presidencial de Maduro. Brasil insiste nas atas
    https://www.youtube.com/watch?v=awggvCPQ5i0

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  4. A Ofélia voltou a comentar. Já eras para estares a dormir ou a tomar conta da putaria do quebra costas.

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    1. Tu és um selvagem Charl Silva, vais pagar duro pelos apelidos que metes às pessoas.
      E nunca foi sorte, foi trabalho, sabes o que é?

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    2. Sabes o que é trabalho????
      Não é postar fotos de uma cidade! Não é postar documentos falsos que até uma criança consegue perceber, não é pedir para bordar uma bata, a tua foto mete medo ao medo, tem vergonha seu nojento ordinário, fdp, tu nunca terás sorte, porque não trabalhas, nem és uma pessoa de bem, ingrato, imaturo.

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