sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Ministra da Saúde Ana Paula Martins, processa o jornalista Pedro de Almeida Vieira do jornal one-line PÁGINA UM

 

EDITORIAL DE PEDRO ALMEIDA VIEIRA (ESPECIAL)

Mais um processo judicial contra mim e o PÁGINA UM. Desta vez com a ‘impressão digital’ da actual ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o actual vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Miguel Guimarães, e o ‘anfitrião brasileiro’ do primeiro-ministro, Eurico Castro Alves, mais as farmacêuticas. Tudo por causa de uma nebulosa campanha de solidariedade com dinheiros das farmacêuticas e as mais diversas tropelias (para o bem, claro) numa conta pessoal dos antigos bastonários das Ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos e do actual presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, que permitiu contabilidade paralela, fuga ao fisco e falsas declarações com incidência fiscal. Como o Ministério Público não investiga a partir das notícias do PÁGINA UM, dando assim sinais para a conhecida estratégia do SLAPP (Strategic Lawsuit Against Public Participation), vamos mudar de táctica: a partir de agora, além de notícias, faremos, nos casos mais escandalosos, denúncias formais ao Ministério Público, ‘forçando’ a abertura de investigações.

Porque razão o poder politico processa por difamação o jornal PÁGINA UM e não processa o jornal Correio da Madeira e o jornal PRAVDA ILHÉU?
Porque o jornal PÁGINA UM é um jornal legal tem ficha técnica com a identificação dos seus responsáveis, directores e jornalistas, ao contrário dos jornais democráticos: Pravda ilhéu e Correio da Madeira. Esses são jornais clandestinos alojados numa plataforma fora de Portugal longe da alçada dos tribunais fascistas portugueses. Não têm ficha técnica, os artigos publicados raramente são assinados e ninguém sabe onde fica a sede do jornal. Os nossos amigos do PÁGINA UM terão de fazer como nós porque esta coisa de pagar multas em tribunal e dinheiro em indemnizações aos corruptos pela "sua honra" não é connosco.
A liberdade de imprensa em Portugal conheceu muito breves períodos de existência. Teve uma curto aparecimento no tempo do Marquês de Pombal quando surgiram os ideais do iluminismo e as novas ideias da revolução francesa. Esse curto período foi depois encerrado pelo intendente Pina Manique, que proibiu todos os jornais de Lisboa nessa época. 
 Depois no final da Monarquia Constitucional e Primeira República a imprensa em Portugal voltou a recuperar toda a liberdade. Depois acabou com a ditadura do Estado Novo durante 38 anos, para ressurgir de novo com a revolução do 25 de abrill de 1974. Mas foi sol de pouca dura. A liberdade de expressão termina de novo  em 1982 com a aprovação do novo Código Penal, que incluia os famigerados artigos 184 a 187 de cariz fascizante. A liberdade de expressão desapareceu logo aí e reduziu-se a uma simples caricatura.
Amigos do PÁGINA UM; passem à cladestinidade façam como nós! Se não o fizerem serão aniquilados pelo poder judicial fascista que recuperou todo a força repressiva que tinha no tempo do Estado Novo.
José Vilhena disfrutou o curto periodo de Liberdade de imprensa em Portugal
O artigo da polémica:

Não sei se cometo algum crime de violação de segredo de justiça, mas, se assim for, que estas palavras sejam enquadradas no artigo 32º do Código Penal, que estatui que “constitui legítima defesa o facto praticado como meio necessário para repelir a agressão actual e ilícita de interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro”.

Esta quinta-feira, dia 26 de Setembro, vou mais uma vez prestar depoimento (ou manter-me em silêncio nesta fase) por uma queixa judicial. Se a memória não me falha, esta será a sexta vez em menos de três anos. Em dois dos processos, houve desistência, três vão avançar para julgamento até porque eu não quis abertura de instrução, que poderia levar ao arquivamento. Estou tão convicto do rigor e justeza do meu trabalho que quero provar esse rigor num tribunal através de uma absolvição.

Mas há limites para a paciência – e para dar a face. O processo agora em causa resulta, pelo que apurei, de uma queixa da Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica), da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Farmacêuticos, e deverá estar relacionada com artigos que fui escrevendo desde Dezembro de 2022 sobre uma famigerada campanha de solidariedade denominada ‘Todos por quem cuida’.

A dita campanha teve como principais mentores três pessoas em concreto: Ana Paula Martins – então bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e actual ministra da Saúde –, Miguel Guimarães – então bastonário da Ordem dos Médicos e actual deputado e vice-presidente da bancada parlamentar do PSD – e ainda Eurico Castro Alves – actual presidente da secção do Norte da Ordem dos Médicos e, entre outras funções, ‘anfitrião’ nas recentes férias brasileiras do primeiro-ministro Luís Montenegro.

As notícias originaram-se de uma investigação jornalística do PÁGINA UM que inclui a necessidade de uma intimação no Tribunal Administrativo de Lisboa, uma vez que as entidades envolvidas quiseram esconder os documentos operacionais e contabilísticos. Na análise dessa documentação, acedida por ordem de um tribunal, foi possível apurar que os três envolvidos abriram uma conta pessoal (e não institucional) para gerir os dinheiros da campanha (cerca de 1,3 milhões de euros provenientes de sócios da Apifarma), enganaram o Ministério da Administração Interna sobre a titularidade dessa conta, não pagaram imposto de selo (10% dos montantes acima dos 500 euros), houve facturas falsas em nome da Ordem dos Médicos (a facturação foi feita em nome da Ordem dos Médicos, mas os pagamentos não saíram de lá, mas sim da conta particular, havendo assim condições para a criação de um ‘sazo azul’) e houve ainda declarações falsas para obtenção indevida de benefícios fiscais.

Uma vez que os três envolvidos (Ana Paula Martins, Miguel Guimarães e Eurico Castro Alves) são profissionais de saúde, deveria ter havido declarações dos montantes recebidos das farmacêuticas no Portal da Transparência e Publicidade, gerido pelo Infarmed; mas tal nunca sucedeu nem o presidente do regulador se mostrou interessado em abrir um processo. A verba amealhada também serviu para um pagamento de serviços do Hospital das Forças Armadas como retribuição da administração de doses de vacinas contra a covid-19 a médicos não-prioritários, contra a norma em vigor da DGS e com o beneplácito activo de Gouveia e Melo.

Uma súmula deste caso escandaloso pode ser lido nesta notícia recente, embora as primeiras tenham sido publicadas em Dezembro de 2022.

Durante meses, procurei saber se o Ministério Público abrira qualquer processo. No ano passado, enviei quatro e-mails; este ano foram mais dois. Fiz entretanto, uma denúncia informal. Nada. Silêncio absoluto. O Ministério Público nada fez, pelo menos que seja do meu conhecimento.

Ana Paula Martins e Miguel Guimarães. (este último é inimigo acérrimo do SNS trata-se de um fascista da medicina)[Este gatuno também queria tirar a carteira de médico ao madeirense Rafael Macedo que denunciou uns negócios no SESARAM. Se não fosse o advogado Teixeira da Mota o Rafael ficaria desempregado sem poder jamais exercer medicina-NOTA DO PRAVDA]

Mas vai fazer agora, mas ao contrário, tal como já fez com as acusações de Gouveia e Melo, e de mais outra da Ordem dos Médicos (em ‘parceria’ com Miguel Guimarães, Filipe Froes e Luís Varanda) e ainda outra do médico e ‘humanitarian doctor’ Gustavo Carona. Porque, nesses casos, achou por bem acompanhar as acusações, porque é muito mais fácil: basta em meia-dúzia de linha seguir o que dizem os queixosos. Aliás, num dos processos, a magistrada até escreve que o PÁGINA UM é um jornal de se vende em banca, o que exemplifica o grau e qualidade da investigação do Ministério Público…

Tendo em conta a dimensão do PÁGINA UM, e o facto de eu ser um ‘outsider’ – e não visto com particular simpatia pelos colegas de profissão, até pela minha postura crítica sobre as promiscuidades e erros dos media –, sou um alvo apetecível para aquilo que se denomina  SLAPP – acrónimo, que faz lembrar estalo (slap), para Strategic Lawsuit Against Public Participation. Consiste isto em processos de intimidação, perseguição e silenciamento, quase sempre recorrendo a processos judiciais ou similares, não apenas para desacreditar vozes independentes como para lhes causar danos patrimoniais.

Na verdade, arrisco-me a que, dentro de pouco tempo, a minha vida seja andar de tribunal em tribunal, de julgamento em julgamento, ainda por cima porque, em abono da verdade, como o Ministério Público não investiga sobre muitos dos ‘casos de política’ que o PÁGINA UM revela (e a outra imprensa intencionalmente não os expande), dá sinais aos infractores para me tentarem silenciar.

Pois bem, a minha estratégia vai mudar, e existem condições para o anunciar. Embora o papel do jornalismo (e do jornalista) não seja o de ter uma intervenção directa sobre os casos que denuncia – significando assim que, por princípio, um jornalista não deve ser o ‘denunciante’ junto do Ministério Público –, a partir de agora vou começar a apresentar, em casos concretos, denúncias formais junto da Procuradoria-Geral da República. Há, na forja, uma dezena de casos concretos, que serão, em breves anunciados, até porque revelaremos as queixas formais na Procuradoria-Geral da República.

Deste modo, casos como os da campanha ‘Todos por quem cuida’, envolvendo figuras gradas, podem sempre resultar em investigações contra mim por alegada difamação, mas terão também de resultar em investigações formais do Ministério Público contra os visados.

Um jornalista deve ser um simples ‘watchdog’, mas quando o Ministério Público não age, tem de se mudar a estratégia.


Mostra-se intolerável que, de entre as largas dezenas de ‘casos de polícia’ que o PÁGINA UM tem noticiado em quase três anos, não haja nenhum (com o meu conhecimento) que tenha levado a uma investigação séria da polícia criminal (e do Ministério Público), enquanto eu, à conta disto, tenha já quatro (ou mais) processos judiciais à perna. E tenho a consciência de ter cumprido todos os preceitos de rigor e isenção como jornalista.

Em suma, a partir de agora, estou pronto para muitas e mais mordidelas nas canelas; mas não posso é aceitar que o Ministério Público cruze os braços quando o PÁGINA UM escreve. Vai ter de descruzar.

Se os leitores do PÁGINA UM continuarem a manter a confiança e a alargar a base de apoio financeiro, este será um compromisso pessoal, que faremos auxiliados por uma equipa de advogados, porque a democracia defende-se não com cravos na lapela um dia por ano, mas por acções concreta em defesa de direitos, incluindo a liberdade de imprensa.

https://paginaum.pt/2024/09/25/quarto-processo-judicial-o-perseguido-vai-passar-a-perseguidor/

19 comentários:

  1. Não processa o pravda porque o coelho é um covarde de merda e não assume que é o dono do blog. Já houve diversas tentativas, mas não conseguem provar a titularidade do blog. Ah, grande valente coelho.

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    1. Olhem o «padre das esmolinhas» não pode ver o Coelho e vem para aqui atacar o homem. Cala-te porque tu andaste a trair obispo D. Teodoro!

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  2. Padre das esmolinhas tem inveja do blogue do Coelho. O blogue mais temido da Madeira e arredores.

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    1. Ah! Mal empregadas esmolinhas das piedosas velhinhas que pagaram para o bispo estudar em Paris e mais tarde trair o... não, não era assim... estou baralhado

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    2. E a Madeira que deu tudo a ti e aos ladroes da tua família, fala de ti primeiro Charl, tens muitos telhados de vidro para falares dos outros.

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  3. Acho bem muitos os medias serem processados e de pena devia ser obrigatoriamente a devolução aos lesados de todo o lucro optido com notícias fraudulentas, sensacionalistas e que visam não informar, mas denegrir a imagem de pessoas

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  4. O que ta a dar é ser um Monte Cristo, conde ou ate montenegro...vingança...😅😅

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    1. Olha o burro do enfermeiro. O homem ainda não sabe usar o corretor ortográfico! Oh burro, “tá” não é do verbo estar, ok?

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  5. A JUSTIÇA USADA DE MÁ FÉ NAO FAZ JUSTIÇA. ATE VC SERÁ APANHADO. CORREIO DA MADEIRA É DE GENTINHA DO PS E ESTE BLOG DE GENTINHA COMUNISTA. A COMUNISTA DO WISKI E SEU NAMORADO LISARDINHO TB COLABORA E O LUIS SOUSA DO LOBO MARINHO. LOL

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  6. Arriar nessa cambada de jornaleiros

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    1. Faz-me muita confusão, mira ensebado, não teres uma crónica em nenhum jornal?
      Como te achas tão inteligente, em 5 anos de felicidade, alegria, prosperidade nao conseguiste isso.
      Ou as pessoas , não querem os teus discursos enfadonhos?
      Ou não te querem mesmo para nada.

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  7. Vergonhoso. Entretanto coube ao infeliz jornalista Fernandes Luís a «fava» do fact check: será que a madeira tem muito turismo? por amor da santa. O que estes desgraçados têm de fazer para não perder o emprego, em obediência ao padre das esmolinhas.

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  8. O blogue pravda é a fonte de divulgação do PTP, ora o PTP, onde integram o JM Coelho ex-presidiário e lambecus de Nicolás Maduro, o Gil Canha prófugo da justiça venezuelana (de acordo com o ARTIGO Nº3 do Código Penal da República Bolivariana da Venezuela os crimes cometidos pelo Gil Canha NÃO prescrevem). E a Raquel Coelho que tem muito a explicar à justiça como paga as suas viagens...O PTP é um antro de corrupção, compadrio, práticas ilegais digno de um prostíbulo político.

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    1. Bom dia Papadas, estás na casa da mamã? Com as putas?

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    2. Calma, a sede do PTP ainda não abriu...

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    3. Isso fica para os lados de Santo Cruz, onde está o teu protegido Élvio, até tenho pena daquela meia dose, por se ter metido com um maldito como tu, és um canibal

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  9. A ofélia não perdoa ao Gil Canha e a José Manuel Coelho terem contribuido para a derrota do sobrinho do fascista Agostinho Cardoso.

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  10. Que eu saiba o Gil Canha e o JM Coelho nunca chegaram a Presidente do Governo Regional, ou sim? São os eternos derrotados seja a nível político, seja a nível judicial e por último em votos.

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    1. Olhem as conclusões aque chegou o caquético dr. «Papadas» ali para os lados do quebra costas!

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