Ferreira do Amaral, como ministro, concebeu e contratualizou a construção da Ponte Vasco da Gama. A ponte foi paga maioritariamente com dinheiro vindo da Europa, mas acabou nas mãos da privada Lusoponte. Este foi um dos mais ruinosos negócios para o Estado português desde sempre: os privados que construíram a ponte entraram com apenas um quarto dos 900 milhões de investimento. O restante foi garantido pelo Estado, com dinheiro europeu (Fundo de Coesão e Banco Europeu de Investimento), que assim permitiu aos privados rentabilidades milionárias ao longo de décadas. Mais tarde, o Estado beneficiou ainda o concessionário (Lusoponte) em mais de mil milhões - mais do que o próprio valor da ponte! Para cúmulo, Ferreira do Amaral foi para presidente da Lusoponte (o mesmíssimo Ferreira do Amaral, ministro que a mandou construir), responsável por este negócio calamitoso. A ponte já está hoje mais do que paga, os concessionários continuam a facturar de forma milionária e Ferreira do Amaral recebeu durante anos e anos a sua tença milionária, que se tornou vitalícia. A Ponte deveria chamar-se Ponte Ferreira do Gamanço.
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