O padre Manuel José Gonçalves, nasceu em Santa Cruz, a 16-2-1890 e foi ordenado sacerdote a 28-06 de 1914. Faleceu em Santa Cruz em 5 de janeiro de 1953. Desempenhou as seguintes funções pastorais: Cura de S. Vicente 1915; cabo miliciano em 1916; sargento de guarnição da Madeira e Porto Santo em 1917; capelão (alferes) militar no CEP em França em 1918; cura de Santa Maria Maior em 1919; Paroco do Caniçal de 1923-1925; paroco do Porto da Cruz de 1925 a 1942. Os ultimos anos da sua vida foram passados apenas a ajudar nas missas em Santa Cruz. O padre Manuel José foi vítima do stress pós traumático e nunca recuperou da consequências da guerra e dos horrores que presenciou no campo de Batalha em La Lis na França. Chegou a conceder a última unção aos soldados portugueses que morriam nas trincheiras e também aos soldados portugueses que se amotinavam ou se tornavam desertores do Corpo Expedicionário Portugues (CEP) que ao serem apanhados eram considerados traidores à patria e executados no pelotão de fuzilamento.
9 de Abril de 1918
Desastre de "La Lys"
Desastre de "La Lys"
Vigorosa ofensiva alemã no sector português que desarticula o Corpo Expedicionário Português (CEP). As baixas cifram-se em mais de 7.000 homens, entre soldados e oficias. O ataque tem lugar na madrugada de 9 de Abril, quando as tropas portuguesas da 2.ª Divisão do CEP estavam para retirar da frente, depois de longos meses sem serem rendidas (bastante mais do que era recomendado), devendo ser substituídos por militares britânicos. O 6.º Exército alemão, sob o comando do general Von Quast, lança nove divisões entre La Bassée e Armentières, cujas posições estavam defendidas por três divisões inglesas e uma portuguesa (integrada no 1.º Exército britânico, chefiado pelo general Horne). Esta ofensiva na Flandres surpreendeu a divisão portuguesa, abrindo uma brecha na frente inglesa, permitindo aos alemães avançar para o centro do dispositivo, ultrapassando Laventie e atingindo La Lys entre Estaires e Sailly. Com a madrugada inicia-se o bombardeamento alemão que se transformou em fogo contínuo. Ao princípio da manhã verifica-se o assalto feito pelas tropas alemãs. São capturados cerca de seis mil portugueses da segunda divisão e quase 100 peças de artilharia. As tropas alemãs avançam também noutras direcções
Tal como na Guerra Peninsular, as forças do Exército Português que combateram em
França foram instruídas, equipadas e armadas pelos britânicos, no entanto, a cadeia de
comando do CEP foi inteiramente portuguesa mas sujeita ao enquadramento britânico durante
a instrução militar e a sua progressiva entrada em sector e, uma vez instalado na frente,
subordinada hierarquicamente ao comando do I Exército Britânico.
A guerra das trincheiras e as novidades que lhe eram inerentes exigiram um tremendo
esforço de formação, primeiro a uma equipa de instrutores selecionados e depois a todo o
contingente. As unidades militares à medida que chegavam a França iam para áreas de
concentração na retaguarda do sector britânico onde frequentavam escolas britânicas, como
foram a Escola Central de Instrução, o Campo de Tiro, a Escola de Observadores, a Escola de
atiradores e o Campo de educação física e baioneta. Após esta formação inicial nas escolas
britânicas o CEP criou as suas próprias escolas, na sua zona de concentração, e nas quais as
unidades foram instruídas e treinadas. Entretanto o CEP, por sugestão britânica e concordância
nacional, sofre sucessivas reorganizações com vista a equiparar-se às congéneres aliadas e,
inclusive, cresce para um escalão acima (Corpo de Exército) o que implicaria mobilizar mais
unidades de escalão batalhão...
COMBATE
Há um CEP
antes e um depois da
ofensiva alemã de 9 de
Abril 1918. Para os
portugueses esse dia
ficou conhecido pela
batalha de La Lys. Do
CEP, que por força das
circunstâncias se foi
formando, ou melhor,
se foi deformando,
antes de La Lys não era possível esperar outra coisa para além do que aconteceu. Sem reforços de Portugal e com um enquadramento de
oficiais que se ia debilitando, o estado físico e moral do CEP era, em 1918, não confiável. Por
esta razão o General Gomes da Costa quando é nomeado a 3 de Abril de 1918 para, três dias
depois, assumir o comando da 2ª Divisão à qual competia a defesa do setor português, não
podia deixar de declinar toda a responsabilidade sobre o que pudesse resultar de guarnecer
uma frente tão extensa com um efetivo tão excessivamente reduzido (Costa, 1920). Para este
homem com a vasta experiência em África e já na Europa com responsabilidades de um setor
desde 16 de Junho de 1917, não se tratava de fugir às responsabilidades, tratava-se sim de
colocar, preto no branco, a situação que todos sabiam mas que era preciso afirmar.
O mesmo foi também claramente transmitido a 7 de Abril ao recém-chegado
comandante do XI Corpo Britânico, unidade à qual a Divisão portuguesa passou a estar
subordinada em termos táticos a partir de 06 de Abril. Desde Fevereiro que o comando britânico
vinha propondo a retirada das tropas portuguesas da frente, com Lisboa a resistir até meados de
Março, altura em que aceita, mas cuja operacionalização só veio a acontecer, depois de
sucessivos adiamentos – agora por imposição britânica – para o dia 9 de Abril. Os alemães
escolheram deliberadamente o setor português sabendo que este seria o ponto mais fraco. Os
alemães atacaram precisamente no dia em que as tropas portuguesas estavam em preparação
para serem rendidas. Existiram tremendos atos de bravura e sacrifício mas os cerca de seis
centenas de mortos e bem mais de seis mil prisioneiros deixaram uma imagem de um coletivo
desagregado e pouco coeso. Ao meio dia os últimos esforços de resistência terminavam e com
eles a Divisão Portuguesa deixava de contar como unidade militar. Os que não tinham sido
mortos ou feitos prisioneiros retiravam desorganizadamente para a retaguarda.
TENTATIVA DE REGENERAÇÃO APÓS A DERROTA MILITAR
Logo a seguir à
ofensiva alemã de 9 de Abril,
o que restava das brigadas do
CEP foi dado a duas Divisões
britânicas, mas ainda no fim
desse mês de Abril o
Comando Britânico dispensou
qualquer empenhamento
operacional dos portugueses.
Na prática as tropas
portuguesas foram remetidas
para trabalhos de organização
do terreno, autênticos “batalhões de trabalhadores”, uma situação inadmissível para Lisboa e
humilhante para todos no CEP. Este outro CEP percorreu “um penoso calvário” (Telo, 2010) e já
com um outro Comandante empenhou-se para renascer enquanto força expedicionária
combatente. O que fazer com o que sobrava do CEP foi alvo de intenso debate entre britânicos e
portugueses, com os primeiros a continuar a descartar quaisquer possibilidades de reintegrar o
que restava do CEP na frente (a menos que comandados por oficiais britânicos), enquanto os
portugueses tentavam recuperar a imagem de um aliado credível, de uma nação soberana e
independente. Mesmo insistindo na ideia de reforços prontos e disponíveis em Lisboa para
embarcar para França, a posição britânica foi intransigente. Este outro CEP vivia agora sob o
abandono de Portugal e a indiferença britânica, traduzindo-se numa falta de utilidade prática na
guerra, terreno fértil para a insubordinação.
Neste contexto desolador, o estado desigual do que restava do CEP permitia
equacionar, no mesmo mês de Outubro de 1918, a existência de dois batalhões prontos para
regressar á frente em missões de combate e outros tantos casos de insubordinação grave, um
dos quais resolvido pela força do fogo de metralhadora de unidades companheiras.
...Na impossibilidade de identificarem individualmente todos os militares que tombaram e
todo o esforço humano de uma guerra, as nações, pelo exemplo da França, começaram a erigir
monumentos ao “soldado desconhecido”. Em Portugal, a 18 de Março de 1921, o Governo
autorizou a transladação de dois Soldados Desconhecidos, um da França (Flandres) e outro da
África (Moçambique), para o Panteão da Batalha. Foi, ainda, decidido que a cerimónia de
tumulação do Soldado Desconhecido, no Mosteiro da batalha, seria efetuada no dia 9 de Abril
de 1921 e para tal decretou esse dia como feriado nacional. A cerimónia foi um momento alto
de um esforço coletivo que se fazia então no sentido de reabilitar a participação portuguesa na
Grande Guerra. Mas acontecia três anos depois do fim das hostilidades mas no princípio de um
longo processo de catarse necessário aos traumas adquiridos.
...A 3 de janeiro de 1917 convencionou-se com a Grã-Bretanha que o CEP ficaria dependente da British Expedicionary Force, embora tenha colocado um pequeno contingente de artilharia numa área militar francesa. A partir de maio, o CEP dispôs-se de forma definida no terreno, reforçando posições defensivas basicamente com unidades de infantaria. A 1.a Brigada instalou-se no setor de Neuve-Chapelle; a 2.a ocupou posição, já em junho, em Ferme-du-Bois, instalando-se mais tarde, em julho, uma 3.a, em Fauquissart. Estas três brigadas - a 1.a Divisão do CEP - estavam taticamente adstritas aos britânicos (XI Corpo de Exército Britânico).
...A quase extinção da 2.ª Divisão deste Corpo foi um golpe de azar, uma vez que estava a ponto de ser substituída por forças inglesas após ter cumprido um período de seis meses na frente. Mas a dita substituição apenas foi pensada porque o general Tamagnini comunicou a 4 de abril a notícia dos motins causados pela falta de mantimentos e substitutos. Esta situação de enfraquecimento traduz o estado de abandono a que tinham sido votados os soldados portugueses pelo governo nacional saído da ditadura militar imposta em dezembro de 1917 (até dezembro de 1918).
...Apesar de Portugal ter atingido os objetivos que nortearam a sua entrada na guerra, o saldo de tal envolvimento foi gravoso e pesado: mais de doze milhares de mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros.
As forças portuguesas, em apenas algumas horas, contabilizaram cerca de 400 mortos e 7 000 prisioneiros. Foi uma pesada derrota, onde cada país beligerante – Portugal e Inglaterra – tem a sua própria “versão” dos factos. Segundo o General Gomes da Costa, a 2.ª Divisão tinha recebido ordens para recuar das trincheiras em direção à retaguarda e que esse recuo deveria ter acontecido entre 9 e 10 de abril, pelo que foi uma estranha coincidência os alemães terem atacado mesmo no último dia da presença portuguesa nas trincheiras. O General Gomes da Costa culpou os civis franceses, que viviam naquela zona, afirmando que faziam parte de um esquema de espionagem alemão que lhes passaria informações. Esta justificação explicaria o porquê de o ataque ter-se dado, precisamente, no último dia do CEP na frente de combate. No entanto, fontes britânicas acusaram os soldados portugueses de desertarem e passarem informações aos alemães em troca de melhor tratamento e de uma boa refeição. A verdade é que ambos os lados e as suas versões possuem, certamente, factos verídicos que, dado o contexto bélico, foram alvo de uma certa hipérbole como forma de culpabilizar terceiros pelo desfecho catastrófico da manhã de 9 de abril de 1918.
Começo por confessar que não fora a apopléctica tentativa da Liga dos Combatentes em impor o 9 de Abril como o Dia do Combatente não me teria preocupado em descortinar o que estava por detrás do reposteiro. E foi assim que me vim a debruçar sobre aquele que foi, na realidade, o maior desastre militar do século XX português. Por mais intervenções de Photoshop histórico que façam, por mais ilustrações de heroísmo (que o houve) que recuperem, a realidade é bem crua, triste e vergonhosa. E os culpados têm nome: os guerristas do Partido Democrático que, de forma irresponsável e infame, não desistiram enquanto não nos meteram no atoleiro do teatro europeu da Grande Guerra. O mais recente livro de Filipe Ribeiro de Menezes – De Lisboa a La Lys – publicado pela D. Quixote, é um excelente relato do que aconteceu, incorporando com objectividade o que os ingleses escreveram sobre o tema. (observador)
Fuzilamentos
«Para conduzir os seus homens para a matança o Exército inglês formava oficiais
com o espírito de polícias de combate, uma espécie de NKVD da União Soviética da 2ª
Guerra Mundial, que obrigavam os homens a avançar sobre o inimigo, refira-se sem
qualquer sentido tático, e que matavam os sobreviventes que retiravam. As praças
inglesas ficavam literalmente entre dois fogos ao enfrentarem as armas dos seus oficiais
que os obrigavam a avançar para o inimigo. Esta situação levou gradualmente ao
aumento do fosso entre os oficiais e as praças, à medida que os oficias para comandar os
homens iam morrendo e cada vez mais eram utilizados oficiais para perseguir os
homens .
Ao longo da Grande Guerra a situação disciplinar no Exército britânico agravouse, refletindo-se nos números oficiais sobre condenações por atos de indisciplina :
• Fuzilamentos por deserção: 266 praças e 2 oficiais
• Fuzilamentos por cobardia: 18 praças
• Fuzilamentos por desobediência: 5 praças
• Fuzilamentos por dormir no posto: 2 praças
• Fuzilamentos por abandono do posto: 7 soldados
• Fuzilamentos por violência: 6 praças
...O balanço do primeiro embate foi muito pesado. Luís Alves de Fraga, autor de
estudos sobre o tema, fornece um balanço das baixas portuguesas, naquela que veio a
ficar conhecida como a Batalha de La Lys: 30 oficiais e 584 sargentos e praças mortos,
e 270 oficiais e 6.315 sargentos179 e praças feitos prisioneiros, incluindo muitos feridos.
Refira-se que à data não existia uma diferenciação entre a classe de sargentos e das
praças. Se bem que a maior parte dos prisioneiros tivessem sido feita no primeiro dia da
Operação Georgette, no final dos quatro dias de combate, entre 9 e 12 de Abril, os portugueses perderam cerca de 7.199 homens, dos quais cerca de 6.585 homens180 (91%)
foram feitos prisioneiros pelos alemães. Quanto aos feridos não existe um número exato,
pelo facto de terem sido recolhidos pelos dois exércitos em presença.Estes números representam aproximadamente metade dos efetivos da 2ª Divisão
portuguesa que se encontrava colocada na primeira linha de trincheiras, o que em muito
nos leva a considerar que a ordem dada pelo General Haking, em 7 de Abril de 1918, ao
comandante da 2ª Divisão, «a Divisão tem que morrer na Linha B» foi cumprida. O
Corpo Expedicionário Português ficou destruído como força de combate e os homens
dos batalhões de infantaria que suportaram o choque da força alemã ficaram em grande
parte feitos prisioneiros ou feridos.
Nas bolsas de resistência os alemães encontraram uma resistência até à última
bala, tendo muitos se rendido quando já mais nada havia a fazer181. No final do dia 12
de Abril de 1918 o CEP estava desfeito, mas a Operação Georgette estava acabada e
derrotada.
Campos de Internamento de Prisioneiros
O Corpo Expedicionário Português, no período em que esteve em França (1917-
1918) registou 6.778 prisioneiros, dos quais 6.585 foram feitos no dia 9 de Abril de
1918, durante a Batalha de La Lys. Para se ter uma ideia da violência da ofensiva alemã,
antes de 9 de Abril de 1918, o CEP apenas tinha tido 168 prisioneiros e após 11 de Abril
até 11 de Novembro de 1918, dia do Armistício, só tiveram mais 25 prisioneiros.
É de relembrar que durante a primeira parte da ofensiva alemã Operação
Michael, entre 21 de Março e 5 de Abril de 1918, foram capturados 54.000 prisioneiros
da Força Expedicionária Britânica e que destes 21.000 foram capturados nas primeiras
horas da ofensiva alemã no primeiro dia.
...Se bem que os motins verificados no CEP em França até ao final de 1917
tenham sido essencialmente por cansaço e pelo impasse em que se encontrava a guerra
de trincheiras, os motins verificados após Abril de 1918 derivaram da falta de vontade
de voltar a combater, de uma evidente quebra de comando e de sublevação coletiva.
Terminamos assim o trabalho concluindo que a indisciplina verificada no Corpo
Expedicionário Português foi resultado da falta de autoridade generalizada na classe de
oficiais, em muito pela postura que estes tomaram no Front, da forma discriminatória
como estes obtinham as licenças para se deslocarem a Portugal e que posteriormente
não regressaram a França, situação que se transformava em fuga aos olhos das praças.Ficámos convictos que este fator foi muito mais importante para a
desmoralização do CEP do que a incompreensão quanto à necessidade de combaterem
naquele teatro de guerra, ou mesmo o resultado das condições psicológicas e físicas por
que passaram.
A desmoralização quebrou coletivamente a consciência das responsabilidades
individuais e delegadas e quando a disciplina e o moral falharam, só se podia esperar
que o CEP se comportasse como um grupo heterogéneo, como uma multidão que
apenas obedecia aos seus instintos básicos de sobrevivência e por consequência
acontecessem os motins verificados após 9 de Abril.
Segundo a historiadora Isabel Pestana Marques, as revoltas de unidades do CEP multiplicam-se na transição de março para abril de 1918. Propagara-se entretanto nas trincheiras portuguesas o sentimento de abandono e começavam a multiplicar-se os episódios de insubordinação.
As insubordinações são tantas que se torna necessário criar um "depósito disciplinar" - uma espécie de campo de concentração e trabalhos forçados.Por vezes, ocorrem mesmo revoltas, em que chega a ser atacado o alojamento dos oficiais ou em que os soldados se recusam a voltar para a frente.
Neste ambiente, não surpreende o caso de insubordinação da 2ª Brigada, que em vésperas do 9 de abril se recusa a ocupar a sua posição como brigada de reserva, alegando que já se encontra nas linhas há demasiado tempo.A revolta de um batalhão daquela Brigada de tropas especialmente sacrificadas assumiu aspectos dramáticos, quando este tomou posições, preparando-se para resistir contra quem tentasse obrigá-lo a voltar às linhas. Luís Fraga considera atabalhoada e precipitada a resposta ordenada pelo general Tamagnini, que mandou cercar o batalhão e ameaçá-lo com fogo de artilharia, fazendo-o finalmente render-se.
A unidade foi dissolvida e os soldados foram integrados em unidades de sapadores. Os considerados responsáveis pela revolta foram depois detidos, repatriados e julgados em Portugal.
A unidade foi dissolvida e os soldados foram integrados em unidades de sapadores. Os considerados responsáveis pela revolta foram depois detidos, repatriados e julgados em Portugal.
Um epílogo sangrento
Quando o general Garcia Rosado assumiu o comando do que restava o CEP em agosto de 1918, propôs-se restabelecer o papel combatente das tropas portuguesas, que entretanto se viam degradadas a meras unidades de engenharia. Ao terem conhecimento destes planos, várias unidades começaram a insubordinar-se, até uma delas chegar ao ponto de assaltar o depósito de armamento e de atacar as instalações dos oficiais.
O comando português ordenou então que a revolta fosse esmagada por unidades de metralhadoras, compostas exclusivamente de sargentos e oficiais. A repressão causou pelo menos 14 mortos.
Em setembro de 1917 tinha sido fuzilado um soldado, a instâncias do Governo, que obtiveram acolhimento por parte do tribunal de guerra do CEP.
Em todo o caso, a controvérsia que rodeou essa aplicação da pena capital terá contribuído para que ela não voltasse a ser aplicada na sequência das revoltas do CEP, em abril e em setembro de 1918.
Augusto de Macedo (na foto) pode ter sido um dos revoltosos de 4 e 5 de abril. Como o historiador Penteado Neiva nos relata no seu livro sobre combatentes amarenses, Macedo era um soldado com alguns antecedentes disciplinares (punido em maio de 1917 por ter saído da formatura, novamente em junho por faltar à instrução).
No final de 1919 virá a sofrer uma condenação muito mais séria, por factos ocorridos durante a guerra: seis anos e meio de deportação, "por crime de sedição militar e revolta". Mais tarde será, contudo, amnistiado.
Augusto de Macedo (na foto) pode ter sido um dos revoltosos de 4 e 5 de abril. Como o historiador Penteado Neiva nos relata no seu livro sobre combatentes amarenses, Macedo era um soldado com alguns antecedentes disciplinares (punido em maio de 1917 por ter saído da formatura, novamente em junho por faltar à instrução).
No final de 1919 virá a sofrer uma condenação muito mais séria, por factos ocorridos durante a guerra: seis anos e meio de deportação, "por crime de sedição militar e revolta". Mais tarde será, contudo, amnistiado.
Este padre fala muito sobre fuzilamentos por deserção e traição. O padre das esmolinhas já teria se certeza sido fuzilado pela sua traição ao bispo do Teodoro e ao povo madeirense
ResponderEliminarO Povo está do lado do Padre das Esmolinhas, e não dos chulos, chupistas e fariseus dos Coelhos...VIVA O PADRE DAS ESMOLINHAS! VIVA O BISPO TEODORO!
ResponderEliminarViVa O PADRE FREDERICO!
EliminarGeneral Kirilov, COVID-19 E A Ucrânia
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=RYFIQ0KaobA
É este o capelão que ao saber que o padre Giselo Andrade ia ser pai de uma criança virou costas a ele e por onde passa só diz mal dele. Este cá deve ser um santo não haja dúvidas.
ResponderEliminarO único padre que mostrou total solidariedade ao padre Giselo foi o padre José Luís Rodrigues.
Padre Giselo traiu os seus votos. Cedeu ao pecado da carne. Por isso a Igreja achou apropriado metê-lo num convento de freiras lol
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