O Pardalão do Garcês também é doutor! Já viram a categoria do macaco?!
quinta-feira, 31 de julho de 2025
No dia 6 de agosto de 1936, acontece a “Revolta do Leite” da Madeira
Neste dia 6 de agosto de 1936, acontece a “Revolta do Leite” da Madeira, um protesto popular contra um decreto lei que estabelecia o monopólio na indústria dos lacticínios, através da criação da Junta Nacional dos Lacticínios da Madeira (JNLM). Esta lei teve consequências devastadoras para os pequenos produtores como a redução significativa do valor oferecido pelo leite, o encerramento de muitos posto de desnatação (cerca de 800) e o consequente aumento do desemprego.
A situação torna-se insustentável e iniciam-se os protestos em vários pontos da ilha, principalmente no Faial, Ribeira Brava, Machico e Funchal, que se estendem por mais de um mês, resultando em 557 prisões, 7 mortes e um número indeterminado de feridos.
Devido à sobrelotação na prisão da Madeira, são enviados 53 presos para o Depósito de Angra do Heroísmo. Detidos há cerca de dez meses na Madeira e na Terceira, os presos são listados segundo o “grau de perigosidade” e enviados a junho de 1937 para diversas prisões no Continente. Os mais “perigosos” vão para Peniche. E dez mulheres, todas do concelho da Ribeira Brava, vão para a cadeia das Mónicas, em Lisboa, são elas: Ludovina de Jesus da Corte, Agostinha da Câmara, Francisca Andrade, Maria de Jesus Silva, Maria Rosa de Abreu, Maria de Jesus Andrade, Conceição da Câmara Rodrigues, Tereza da Corte, Virgínia de Jesus e Maria de Souza.
Todos os presos enviados para o Continente estiveram detidos entre 2 e 3 anos, tendo o Tribunal Militar Especial que “os julgou”, atribuído como pena, o tempo de prisão.
Sobre este tema sugerimos o livro “A Revolta do Leite – Madeira 1936” de João Abel de Freitas.
Imagens: Fichas prisionais de Agostinha Camara e Virgínia de Jesus
“Da economia de ocupação para a economia do genocídio”
Trump pune Francesca Albanese. Quem é esta jurista italiana?
Em Gaza, a morte é o mais certo. Matar tornou-se banal e até incentivado. Quais os argumentos de Israel que “levam” os países do Ocidente, no mínimo, a pactuar com estes crimes de guerra?
Francesca Albanese é relatora especial da ONU para os direitos humanos nos territórios palestinianos ocupados desde 1967, com um trabalho meritório e corajoso na denúncia do genocídio que está a ser praticado, a todo o tempo, no Médio Oriente, pelo governo de Benjamin Netanyahu.
Resumo
Recomendações dirigidas a Entidades
As sanções
Movimento a nível mundial
A mensagem de Marinho e Pinto contra a juizada fascista sempre actual
É preciso que a mensagem passe, contra os privilégios absurdos de alguns, que se estão nas tintas para a Crise (dos outros)...
António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados: Austeridade e privilégios, no Jornal de Notícias. Excertos:
quarta-feira, 30 de julho de 2025
O horror em Gaza
Murros no estômago de Hitler!
Foi a 3 de agosto de 1936, durante os Jogos Olímpicos de Berlim, que o norte-americano Jesse Owens começou a escrever o seu nome a letras de ouro na História do Desporto. Nesse dia, há 99 anos, o atleta do Alabama ganhou a medalha de ouro dos 100 metros e do salto em comprimento, estabelecendo novo recorde mundial, 8,06 m. No dia seguinte, arrebatou mais duas medalhas douradas na estafeta dos 4x100 metros e nos 200 metros, batendo também o melhor registo mundial da distância. Com esta proeza, Jesse Owens não só se tornou o primeiro norte-americano a conseguir conquistar quatro medalhas de ouro numa só edição de uns Jogos Olímpicos, como conseguiu irritar profundamente Adolph Hitler, o ditador que assumira o poder na Alemanha três anos antes e que encarava estas olimpíadas como a forma ideal de fazer propaganda ao regime nazi e à alegada superioridade da raça ariana e dos seus atletas altos, loiros e de olhos azuis. Rezam as crónicas que o ditador alemão não conseguiu esconder o desconforto por ver um atleta negro superiorizar-se daquela maneira e não foi capaz de o cumprimentar na hora de receber as primeiras medalhas. No segundo dia, ter-se-á, inclusive, desculpado com um “compromisso inadiável” para nem sequer estar presente no Estádio Olímpico de Berlim.
Era uma vez um senhor deputado que era amigo de policias tal como no tempo do fascismo
Mais e melhores condições para todos os senhores polícias exercerem a sua actividade profissional para extorquir com eficácia mais dinheiro ao povo com suas zelosas multas.
Afinal a missão deles é só multar e extorquir dinheiro aos cidadãos.
Corte de combustível, os edifícios danificados e a comunicação entre pilotos. O que revela a investigação ao acidente do avião da Air India?
Terá sido um corte do combustível que fez os pilotos perder controlo dos motores e, quando conseguiram reverter este efeito, já era tarde demais. "Conclusões definitas" podem demorar "meses ou anos". A sair da pista, durante o processo de descolagem, o Boeing 787 Dreamliner da Air India atingiu uma velocidade de 180 nós (cerca de 333 km/h) e, no espaço de um segundo, os interruptores que cortam o abastecimento de combustível dos dois motores foram acionados. Graças à recuperação das caixas negras do avião, que permitiram ter acesso a quase 50 horas de voo e duas de áudio no cockpit, o Departamento de Investigação de Acidentes de Aviação da Índia conseguiu apurar, numa avaliação preliminar avançada pela CNN, o que aconteceu no passado dia 12 de junho, no maior desastre aéreo do século neste país, que vitimou 241 pessoas.
“Cortaste o combustível?”, é dito na gravação reproduzida no relatório, ouvindo-se um dos comandantes a questionar o motivo para os motores terem parado de funcionar poucos instantes após o avião ter levantado voo. A resposta do outro comandante foi negativa, indicando que não terá sido ação humana de qualquer um dos pilotos que comandava o voo que fez cair o avião. Contudo, neste mesmo documento, as autoridades indianas escrevem que “não há ações recomendadas” para a Boeing nem para a General Electric, os responsáveis pelo avião e pelos motores, respetivamente.
Pouco tempo depois, apesar de não ser precisado o intervalo exato pela imprensa internacional, os comandantes conseguiram reverter o corte de combustível e estavam no processo de recuperar controlo dos motores quando o avião colidiu com uma zona residencial na cidade indiana de Ahmedabad. Um total de cinco edifícios ficaram destruídos e morreram quase 30 pessoas devido ao embate.
Apesar da colisão e do incêndio que deflagrou, o avião foi encontrado em “condições normais”, segundo a avaliação feita. Ao mesmo tempo, uma análise à qualidade do combustível não verificou qualquer anormalidade e, igualmente, não foi registada atividade significativa de aves no curto percurso traçado pelo avião.
Logo a seguir a terem tentado reativar os motores, a gravação no cockpit revelou que um dos pilotos disse “Mayday, Mayday, Mayday“, que suscitou uma resposta rápida da torre de controlo aéreo. No entanto, não obtiveram resposta do 787 Dreamliner da Air India.
Revelados agora os primeiros detalhes da investigação sobre o que poderá ter causado o acidente que vitimou todas menos uma pessoa que seguiam a bordo do voo até Londres, o gabinete indiano de investigação assume que a resposta definitiva poderá demorar “meses, ou até anos” a chegar. Esta primeira avaliação teve de ser divulgada nos primeiros 30 dias após o desastre aéreo, uma vez que a Índia é signatária da Organização Internacional de Aviação Civil — sendo obrigada a respeitar este protocolo de submeter um relatório preliminar (Observador, texto do jornalista Martim Andrade)
http://www.ultraperiferias.pt/2025/07/corte-de-combustivel-os-edificios.html#more
Porque caiu o avião da Air Índia?
"Ouve-se um dos pilotos a perguntar ao outro porque é que fez aquilo": investigação preliminar ao voo da Air India revela que combustível foi cortado deliberadamente
Segundo o relatório, a que a CNN teve acesso, os interruptores de controlo de combustível no cockpit do Boeing 787 Dreamliner foram acionados, o que desligou os motores. Os investigadores conseguiram recuperar dados das caixas negras da aeronave, incluindo 49 horas de dados de voo e duas horas de áudio do cockpit, que registou o momento do acidente.
A aeronave atingiu uma velocidade de 180 nós (cerca de 333 km/h) quando os interruptores de corte de combustível de ambos os motores "passaram da posição RUN para a posição CUTOFF um após o outro com um intervalo de um segundo", refere o relatório. “No registo de voz do cockpit, ouve-se um dos pilotos a perguntar ao outro porque é que fez aquilo. O outro piloto respondeu que não fez nada”, lê-se no relatório. O combustível foi cortado para os motores, de acordo com o documento.
As imagens do aeroporto mostram que a turbina Ram Air, a fonte de energia de emergência de uma aeronave, foi ativada durante a subida inicial após a descolagem, adianta o relatório. O avião começou a perder altitude antes de ultrapassar o muro perimetral do aeroporto.
Pouco depois, os interruptores foram novamente colocados na posição correta para tentar recuperar os motores.
Os investigadores notaram ainda que o combustível do avião foi testado e revelou-se de qualidade satisfatória. Também não foi observada atividade significativa de aves na proximidade da rota de voo.
"Quando os interruptores de controlo de combustível são movidos da posição CUTOFF para RUN enquanto a aeronave está em voo, cada sistema de controlo total duplo do motor gere automaticamente uma sequência de reativação e recuperação de impulso através da ignição e introdução de combustível", indica o relatório. Segundos após a tentativa de recuperar os motores, um dos pilotos declarou: “MAYDAY MAYDAY MAYDAY.” O controlador de tráfego aéreo chamou pelo código do avião, mas não obteve resposta e viu a aeronave despenhar-se ao longe.
O comandante do voo era um homem de 56 anos com mais de 15 mil horas de voo na carreira. O co-piloto era um homem de 32 anos, que contava com mais de 3.400 horas de voo. O peso de descolagem do avião estava dentro dos limites permitidos e não havia "mercadorias perigosas” a bordo. Os investigadores verificaram que os flaps das asas estavam ajustados na posição de 5 graus, adequada para a descolagem, e a alavanca do trem de aterragem encontrava-se na posição correta - descida.
O motor esquerdo foi instalado na aeronave a 26 de março e o motor direito a 1 de maio, refere ainda o relatório. Para além das vítimas a bordo, várias pessoas em terra morreram quando o avião se despenhou contra o hostel do BJ Medical College and Hospital.
O voo AI171 da Air India descolou do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, no estado de Gujarat, oeste da Índia, a 12 de junho. O Boeing 787-8 Dreamliner tinha como destino o aeroporto de London Gatwick, onde deveria aterrar às 18h25 locais (13h25 ET). A Air India indicou que 242 passageiros e tripulantes estavam a bordo do avião. Entre eles, 169 eram cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadiano (CNN-Portugal, texto dos jornalistas Aaron Cooper e Hira Humayun, da CNN)
terça-feira, 29 de julho de 2025
Agostinho Alves o "cinquetum" está a dar dores de cabeça aos PPDês em Santa Cruz
Ex-militante do PSD é candidato do Chega em Santa Cruz.
O empresário Agostinho de Freitas, que foi militante do PSD durante mais de 30 anos, é o cabeça de lista do Chega à Câmara de Santa Cruz, na Madeira, nas autárquicas de 12 de outubro, anunciou o partido.
O candidato, nascido em 04 de junho de 1969 (56 anos) neste concelho, o único na Madeira governado pelo Juntos Pelo Povo (JPP), e onde reside e trabalha, tem como propósito "construir uma Santa Cruz mais forte, mais limpa, mais justa e mais próxima das pessoas".
Com experiência profissional nos setores da indústria e do comércio, Agostinho de Freitas "conhece bem as dificuldades de quem quer trabalhar e investir num concelho cada vez mais travado pela burocracia e pelo desleixo autárquico", refere a informação divulgada pelo Chega.
No que diz respeito a experiência política, o candidato ingressou com 18 anos na Juventude Social-Democrata (JSD) da Madeira e integrou os quadros do PSD, tendo desempenhado funções na Junta de Freguesia de Santa Cruz.
Porém, escreve o partido, "deixou de se rever nas posições cada vez mais centristas e desligadas da realidade local que o partido passou a defender".
Pôr fim ao abandono dos bairros sociais, combater a toxicodependência de forma firme, resolver o caos do trânsito, garantir habitação digna para os jovens, atrair investimento privado com menos burocracia, e devolver vida à Camacha e às zonas esquecidas do concelho são outros dos objetivos traçados pela candidatura.
"Com experiência, firmeza e sentido de missão, Agostinho Alves dá a cara por uma candidatura com valores, com trabalho e com coragem para fazer diferente", lê-se na informação avançada pelo Chega.
Neste concelho contíguo a leste do Funchal estão também anunciadas as candidaturas da atual presidente do município, Élia Ascensão (JPP), Saturnino Sousa (PSD), José Corte Fernandes (IL), Válter Ramos (PAN), Énio Martins (CDU) e Diogo Teixeira (BE).
Há 12 anos o JPP afastou o PSD da governação concelhia detida desde as primeiras eleições em democracia.
O atual executivo é composto por cinco elementos do JPP e um do PSD.
O concelho tem cinco freguesias (Santa Cruz, Caniço, Gaula, Camacha e Santo da Serra) e uma população residente de cerca de 44.200 pessoas.
Nas anteriores autárquicas, em 26 de setembro de 2021, a coligação PSD/CDS-PP venceu em três dos 11 concelhos da Madeira: Funchal, São Vicente e Porto Santo.
O PSD, isolado, venceu em Câmara de Lobos e Calheta, enquanto o CDS-PP ganhou em Santana. O PS conquistou a maioria em Porto Moniz, Machico e Ponta do Sol, enquanto o JPP manteve a presidência em Santa Cruz.
Na Ribeira Brava venceu o movimento Ribeira Brava Primeiro, com uma lista que recebeu o apoio de sociais-democratas e democratas-cristãos.
https://www.dnoticias.pt/2025/7/29/457734-ex-militante-do-psd-e-candidato-do-chega-em-santa-cruz/
Briga de Caciques do PSD de S. Vicente
Têm cara de ferreiros estes dois caciques do FSD em S. Vicente.
João Carlos Gouveia já não vai na nova Lista
Faleceu Maria Teresa Serrenho uma grade lutadora na frente Cívica
segunda-feira, 28 de julho de 2025
Alexandro Pestana desesperado por se sentir rejeitado, ataca impiedosamente o partido JPP
O Alexandro precisa ser reeducado na arte de fazer política. Assim como vai só espanta a caça toda. É como o Macedo "de Cavaleiros"!
Ex-candidato por São Vicente denuncia "pacto secreto" entre PSD e JPP
Alexandro Pestana diz não perceber como o maior partido da oposição não se candidata nas Autárquicas
Já são três as candidaturas por São Vicente nas Autárquicas de 12 de Outubro, mas pode muito bem haver mais uma. Alexandro Pestana que, em 2021, encabeçou uma lista pelo PTP, e uma das vozes mais críticas do concelho, afirma que parece haver um "pacto secreto" do JPP com o PSD para que os primeiros não avancem com uma lista (liderada pelo actual vice-presidente da Câmara, Fernando Góis), deixando a porta aberta a uma candidatura independente de 'canalha' (elementos ligados ao PSD liderados por António Gonçalves) e outra do Chega (liderada por José Carlos Gonçalves, ex-candidato pela IL que, diz, esteve para ser candidato pelo JPP). Uma balburdia que leva-o a avançar com a possibilidade de um movimento, verdadeiramente, independente que, aliás, já abordou na sua página de facebook.
"Vou criar um movimento 'Juntos Por São Vicente'. Interessados em assinar e ir na lista, mensagem privada. Têm de estar recenseados para votar em São Vicente", escreve numa publicação colocada na sexta-feira passada, embora reconheça ao DIÁRIO que "não será nada fácil pois as assinaturas e pessoas já estão diluídas nas 3 listas já existentes". No mesmo dia, depois de ter partilhado uma ilustração (feita com IA) onde aparece um elefante branco numa loja de porcelanas estilhaçadas, com inscrição 'PSD Movimento In-dependente' e um palhaço a sorrir com inscrição 'Juntos Pelo Povo', refere que esta é "a fotografia do ano pela World Press é de São Vicente e foi tirada na Câmara Municipal... O maior partido da oposição não apresenta lista para abrir caminho a uma segunda lista do PSD travestida de independentes e ao Chega. Isto não cabe na cabeça de ninguém!!!"
Ao DIÁRIO disse: "Eu quero mudança em São Vicente e não compreendo o que os partidos da oposição andam a fazer." Alexandro Pestana foi candidato à Câmara de São Vicente em 2021, a convite de José Manuel Coelho do PTP. "Avancei, mesmo sabendo que não tinha muitas hipóteses de ser eleito num partido tão pequeno e isto em São Vicente é meio complicado, é só compadrios e está quase toda a gente ligada a empregos na função pública ou a negócios que dependem da Câmara, não é fácil de se entrar nesse território", começa por situar.
"Depois das eleições de 2021, comecei a ver o JPP a crescer e, de facto, estavam a fazer algum trabalho decente, a nível de denúncias coisas que não estavam bem, mas no geral em toda Madeira, porque em São Vicente pouco ou nada fizeram", conta. "E inscrevi-me como militante no JPP, partilhava nas redes sociais muitos conteúdos deles e, às vezes, aparecia em algumas iniciativas, contando que eles iam fazer alguma coisa boa nas regionais e nas autárquicas em São Vicente. E até lhes disse que estava disponível, se precisarem de alguém nas listas para as regionais, para a Assembleia ou para a Câmara, estou disponível para ajudar, no que for preciso. Não exigi posições, nem nada do género, pus-me à disposição".
Tudo mudou "há alguns meses, quando apresentaram a doutora Simone (Teixeira), que é uma advogada, acho que de Ponta Delgada", que foi na lista do JPP às regionais. "Fiquei surpreendido, mas não me pus com birras, porque ela tem mais visibilidade a nível público, de lidar com pessoas na zona. Se fosse eleita, era bom. Acontece que fizeram uma apresentação pública, que iam montar uma ‘torre de vigia’ (iniciativa do partido apresentada a 11 de Abril) em São Vicente e pensei que isto agora vai mexer, vão denunciar corrupção de pessoas por aqui, pode ser que ela seja eleita deputada. Provavelmente ela ia ser também candidata pela Câmara meses depois, porque já tinham divulgado a imagem dela em cartazes, ao lado do Elvio Sousa em São Vicente, cartazes XXL. Pensei, olha, não fui eu escolhido, mas que seja pelo melhor, há que também pensar num espírito de equipa e alguém que consiga mudar. É um começo. A mim não me importava se fosse o número 1 ou o número 2 ou o número 3 na lista, o que me interessava era que houvesse uma lista do JPP para a Câmara de São Vicente".
Consequência, "o José Carlos ficou chateado porque estava contando que teria o apoio do JPP, não me quiseram a mim porque eu não apresentei disponibilidade para ser o número 1, porque não achava correcto, já que tinham escolhido a doutora Simone para representar o Concelho nas regionais como deputada, pensei, como eles já tinham a imagem dela nos cartazes e, provavelmente, também vão querer que ela seja a número 1 para a Câmara". Posto isto, o cidadão frisa não saber "se já tinham em mente fazer algum apoio pela porta do cavalo, àquele movimento de canalha independente, que de independentes não tem nada, que surgiu agora, ou se tinha alguma quezília com o José Carlos e não o quis apoiar, chegando ao ponto deste fazer publicações no Facebook a falar que a 'torre de vigia' tinha desmoronado e, claro, o Chega recebeu-o de braços abertos porque ficaram com a papinha feita. Ele tinha contactos da parte da Iniciativa Liberal, ainda foi buscar pessoas que concorreram na minha lista, porque não é fácil encontrar pessoas que estão disponíveis para a política. O Chega conseguiu fazer listas, dizem-me que têm pessoas que já estiveram nas listas do PS, porque parece que o PS também não vai apresentar a lista à Câmara de São Vicente".
Perante o cenário de o segundo e o terceiro maiores partidos da oposição regional (pelos resultados das eleições legislativas regionais de 23 de Março, embora nas legislativas nacionais de 18 de Maio tenham ficado em 3.º e 4.º, atrás do Chega, inclusive em São Vicente), mas sobretudo o JPP, que estará a crescer, "não apresenta a lista para a Câmara de São Vicente. Não acho certo que o JPP deixe cair 522 votos das últimas eleições regionais só no Concelho de São Vicente, além dos 420 votos do PS, que não podem cair em movimentos de canalha alaranjada, nem no Chega, não é justo. Por isso, digo que se ninguém quer ir, eu posso ir e arranja-se gente, quem não tem cão caça com gato e vai-se à luta, mas ninguém do JPP quis aceitar a minha ideia e ficou muita gente decepcionada, porque já estavam a contar que iam na lista do JPP. É que levantou-se esta poeirada toda e afinal o JPP não vai apresentar lista nas autárquicas em São Vicente. O que ninguém consegue perceber é qual o motivo de o Chega conseguir fazer listas, porque é que o JPP não consegue? Tinha que conseguir. Ou se mexeu muito tarde ou já, desde início, tinha algum acordo secreto feito nas costas do povo, para fazer uma coisa destas, porque é completamente incompreensível. Deixar estes fulanos que estão agora a governar mais 4 anos, vão causar mais danos irreversíveis, daqui a 4 anos que vão aparecer com uma lista. Se agora há dificuldades em criar listas para a oposição, daqui a 4 anos ainda pior vai ser", calcula.
Aborrecido com estes recuos, apresentou há mais de uma semana a sua desvinculação do JPP. "Não quero saber mais daquela gente, porque acho horrível o que eles fizeram, de andar a criar expectativas e a brincar com as caras das pessoas, e agora andamos aqui nisto, não sei se eles vão ter o desplante de apoiar publicamente esta lista de independentes, daquele rapaz António Gonçalves, ou se vão só apoiar na sombra. Porque, a partir do momento em que o maior partido de oposição não apresenta uma candidatura, está oferecendo de bandeja os seus votos, ao Chega e a este pseudo-movimento de independentes, porque eles de independentes não têm nada, porque até na lista metem o chefe de gabinete do António Garcês. Isto é quase que uma segunda lista do PSD. Oviamente que se houver o risco de eles perderem a Câmara, vão dar a mão ao Fernando Góis e vai outra vez o PSD ficar ali no poleiro mais de 12 anos. Porque o que vai acontecer é que eles estão usando outra vez a mesma estratégia, dividir para reinar", atira, recordando que o JPP, como maior partido da oposição, "tem a obrigação de apresentar listas em todas as freguesias da Madeira. É uma responsabilidade que eles têm, se querem continuar a crescer e a ter confiança das pessoas, tinham de o fazer", inclusive também em Santana.
Alexandro Pestana garante que, por causa desta situação, "em São Vicente é a debandada geral dos militantes e simpatizantes do JPP".
Irineu Martins concorda com a guerra colonial e lamenta os mortos que serviram de carne para canhão nas guerras do fascismo
"Operação relâmpago quatro destes meus Camaradas Irmãos já passaram para o outro lado que suas Almas Descansem em Paz Ámen" (lá diz ele na sua página do facebook)Irineu Martins é um rapaz enganado pela propaganda do Estado Novo.