Miguel de Sousa, com a lata que se reconhece e mentor do despesismo recente em campos de golfe volta à carga, com o PRR em final de vida há que arranjar mais uma fonte inesgotável de dinheiro para estes grandes senhores continuarem a ter ideias... enquanto o madeirense desaparece com as suas políticas.
Esta é uma análise necessária porque não se pode ignorar um texto que, sob a capa de um
"pragmatismo patriótico", tenta operar uma manobra clássica de revisionismo histórico e branqueamento político. Não há outros culpados e responsáveis a não ser o PSD Madeira com 50 anos de Governo. Quer que a autonomia torne a Madeira uma excepção legal para que os mesmos estejam totalmente protegidos para continuarem a enriquecer? Querem tudo, é a alteração da Constituição, o político administrativo, o fim do Representante da República, a ALRAM coartada, nenhuma fiscalização séria, a lavagem de dinheiro, uma Justiça dominada como no jornalismo, este é o sonho. E o madeirense que enlouquece por poncha (o artigo mais ligo nestes últimos tempos, está no site) deixa passar tudo cavando a sua sepultura
O artigo de Miguel de Sousa é um exercício de audácia retórica que ignora as causas estruturais da dívida para focar apenas nos seus sintomas da dívida para focar apenas nos seus sintomas financeiros, tentando transferir a fatura de décadas de gestão discricionária para o contribuinte nacional.
1. A amnésia seletiva: a dívida como "Obra de Deus"
Miguel de Sousa refere-se à dívida como um "monstro" ou um fenómeno quase meteorológico que"apareceu" no orçamento. Omite, convenientemente, que essa dívida foi o resultado direto de um modelo de desenvolvimento baseado em betão, megaprojetos de utilidade duvidosa e clientelismo político.
A Realidade: falar em "esbanjamento em campos de golfe" ou marinas subutilizadas não é demagogia; é apontar para as escolhas políticas de um regime que governou a Madeira como um feudo pessoal durante décadas. A dívida não surgiu para garantir "igualdade de oportunidades" com o continente, mas sim para alimentar uma máquina de obras públicas que beneficiou os grupos económicos de sempre.
2. O Branqueamento da era Jardim e a "Sucessão Viciada
"O autor elogia Miguel Albuquerque como o "melhor" e alguém que herdou uma região em rutura.
A Contradição: é irónico que alguém que pertence ao sistema que criou a dívida venha agora pedir a sua anulação. Miguel de Sousa não pode separar-se da responsabilidade política do PSD/M. Ao descrever a sucessão como "viciada", ele admite a podridão interna do partido, mas logo a seguir pede ao Estado (o "inimigo" externo quando convém) que limpe o lixo deixado por essa mesma estrutura partidária.
3. A falácia da comparação com Espanha e a dívida COVID
O artigo tenta traçar um paralelo com a amnistia da dívida às autonomias espanholas (como a Catalunha) e utiliza a "Dívida COVID" como escudo moral.
A Distorção: enquanto os encargos COVID foram globais e inevitáveis, eles representam apenas uma pequena fração do buraco financeiro da Madeira. O "estigma" que o autor menciona não é contra o povo madeirense, mas contra uma classe política que, sistematicamente, ocultou dívidas (o famoso "buraco" de 2011) e geriu recursos públicos sem o escrutínio que a democracia exige 19:26
4. A chantagem da "Esperança de Vida"
E particularmente baixo utilizar o dado de que os madeirenses vivem menos dois anos que os continentais para justificar o perdão da dívida.
A Pergunta que fica: se entraram biliões de euros da União Europeia e do Estado nas últimas décadas, e se o governo regional teve autonomia total para gerir a saúde, porque é que os indicadores são piores? A culpa é da dívida ou da forma como o dinheiro foi priorizado? Gastou-se em túneis e campos de golfe o que deveria ter sido investido em cuidados de saúde primários e prevenção. Pedir ao Estado para pagar a dívida agora é premiar a incompetência de quem não soube transformar fundos em bem-estar social real.
5."Pacto desresponsabilização Financeiro"
O autor sugere um "Pacto Financeiro com o Estado" que, no fundo, é um pedido de cheque em branco.
O Risco Moral: se o Estado central assumir a dívida sem que haja uma auditoria séria e uma reforma profunda no modo como a Madeira gasta o seu dinheiro, está-se a criar o cenário perfeito para que, daqui a 10 ou 15 anos, o problema se repita. É a tática do "lucro privado (ou regional), preiuízo público (ou nacional)".O texto de Miguel de Sousa no DN-M não é uma defesa dos madeirenses; é uma defesa da sobrevivência de um modelo político esgotado. Ao pedir que o Estado "assuma tudo", o autor quer libertar o orçamento regional para que o PSD/M possa continuar a política de anúncios e inaugurações sem o peso da má gestão anterior.
É o cúmulo do cinismo político, depois de anos a gritar pela "libertação contra o colonialismo de Lisboa", vir agora pedir que os contribuintes desse mesmo "Lisboa" paguem a conta da festa que apenas alguns gozaram. E que querem continuar a gozar... Não é só Jardim que faz revisionismos de calhamaços.
O cervejeiro tem muita RAZÃO
ResponderEliminarMERDA para este cabeça-de-bigorna
ResponderEliminarA maioria destes mamões no 25 de abril eram uns patas rapadas. Agora depois de tanto roubarem o povo são os novos oligarcas do regime corrupto do PPD.
ResponderEliminarAntes do 25 de Abril os comunas enchiam a pança de caviar
EliminarEssa xungaria enche o pandulho de caviar e ainda aparecem pir aqui a ladrar
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