Como vai ser alimentado o “Rottweiler” da Câmara Municipal do Funchal

Gil Canha

Hoje (quinta-feira) li no Boletim Municipal Cafôfo/Mr. Blandy (Diário) que a “Câmara Municipal do Funchal prevê arrecadar 1,2 milhões de euros com a fiscalização do COMÉRCIO” por parte da futuraPolícia Municipal, o que prova que o Boletim anda tão obcecado por prestar serviços de propaganda ao sr. Prof. Mentiras que até faz das próprias patas carreira-de-tiro. 

Então ficamos a saber que a Gestapo do Cafôfo vai sobreviver graças à rapinagem do nosso desgraçado COMÉRCIO. 

Isto é, temos lojas e estabelecimentos de restauração economicamente asfixiados, muitos deles lutando diariamente  pela  simples subsistência; esmagados por impostos brutais e por comparticipações à segurança social de arrancar pessegueiros; afogados em  preços proibitivos de eletricidade e água; confinados a uma cidade escura, suja, esburacada, anárquica e onde a concorrência feroz das grandes superfícies lhes leva o coiro e o cabelo enquanto tentam sobreviver numa urbe cuja autarquia nunca se dignou fazer um simples plano de Ordenamento Comercial, e que até  se prepara para licenciar mais 60 lojas comerciais nas catacumbas do mamarrachão do Savoy, o que irá provocar a desertificação do Centro e o consequente fecho de lojas e abandono de prédios… e no meio deste cenário apocalíptico, de comerciantes quase famélicos, acossados como mulas por nuvens de moscas sugadoras de sangue, ainda terão que reservar um cantinho do seu martirizado coiro (desculpem a expressão!) para o sr. Paulo Cafôfo os aguilhoar com a sua Polícia Municipal.   Mas alguém resiste a isto?! Alguém no seu perfeito juízo aceita esta loucura?

E eu, que no passado fui acusado pelo sr. Prof. Mentiras de perseguir comerciantes, nunca me atreveria a lançar às pernas destes desgraçados o “rottweiler” feroz que será alimentado com a carne e com o sangue das próprias vítimas.

Nota final: também li no Boletim cafofiano que o CDS comunga da ideia do patrão Sousa, de continuar com a rapinagem no Porto do Caniçal desde que pague uma taxinha. Isto faz lembrar os tempos em que os Reis passavam cartas-de-corso à pirataria, para assim legitimarem o saque. (fénix do atlantico)