sexta-feira, 22 de maio de 2020

Recordando a saudosa Eugénia Lima, a diva do acordeão em Portugal


Morreu Eugénia Lima, a melhor acordeonista portuguesa de sempre
No passado dia 4 de abril faleceu na sua residência em Rio Maior a rainha do acordeão, Eugénia Lima, que contava 88 anos de idade.
Natural de Castelo Branco e filha de um afinador de acordeões, iniciou com apenas 4 anos de idade, no Teatro Vaz Preto, na sua cidade natal, uma carreira notável no acordeão, esse instrumento da música portuguesa que os longos anos de carreira e as sublimes atuações em Portugal e no mundo consagraram.

Eugénia Lima, considerada por muitos como a melhor acordeonista portuguesa de sempre, era diplomada com o curso Superior de Acordeão na Categoria de Professora e pelo Conservatório de Paris e o seu nome figura no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis.
Entre os vários prémios e distinções que integram o seu rico palmarés como acordeonista destacam-se o Diploma Honorífico em 1984, atribuído pela União Nacional de Acordeonistas de França, a medalha de Mérito Cultural em 1986, no Dia Mundial da Música, atribuída pelo ministro da cultura, o grau de Dama da Ordem Militar de Santiago de Espada em 1980, conferido pelo Presidente da República, General Ramalho Eanes, e o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuído pelo Presidente da República, Dr. Mário Soares.
Em novembro de 2011, a Câmara Municipal de Castro Marim e a Escola de Acordeão deste concelho homenagearam a diva do acordeão Eugénia Lima, que perante o auditório da Biblioteca Municipal esgotado e acompanhada por dezenas de acordeonistas afirmou: “As músicas que fiz, foram feitas por amor à arte e refletem o meu estado de espírito naquela altura. Mais de oitenta por cento das minhas músicas nasceram no palco de improviso”.
Também há dois anos, Eugénia Lima, de entre um grupo de profissionais e amantes do acordeão, foi a grande impulsionadora da criação da Mito Algarvio – Associação de Acordeonistas do Algarve, criada com o propósito de preservar a identidade e a cultura do acordeão.
A Câmara Municipal de Castro Marim lamenta profundamente a morte da acordeonista Eugénia Lima. Portugal perdeu uma mulher notável, que levou os sons e a alma do acordeão aos quatro cantos do mundo, tratando-se de uma perda irreparável para a cultura e música portuguesas.
O Presidente da Câmara Municipal, Dr. Francisco Amaral, acaba de propor à Mito Algarvio o nome de Eugénia Lima, para a antiga Escola do 1º ciclo do Barrocal, em Altura, que é a sede social da associação, recentemente cedida pela edilidade castromarinense, proposta que teve acolhimento imediato.
Queremos igualmente expressar a nossa indignação e repúdio pela incúria e desleixo manifestados pelas entidades oficiais e por alguns órgãos de comunicação social no tratamento dado à notícia da morte da diva do acordeão, Eugénia Lima.

4 comentários:

  1. Raquel Coelho elegeu Mário Rodrigues para o cargo de presidente da Assembleia Municipal do Funchal.
    Até me admira como ele nem a Rubina Leal amigos da Raquel conseguiram um trabalho de escritório para a Raquel Coelho.

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  2. E o animador cultural da ribeira seca?

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  3. Aquele ciclo de conferências do Diario, intitulado "conferências do futuro", com aqueles conferencistas, não seria mais adequado mudar o título para "conferências do passado"?

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    1. Não Coelho é devia ser Conferências Diabólicas.

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