domingo, 22 de dezembro de 2024

Confissão do assassino da jornalista maltesa Daphine Caruana Galizia

 


Assassino revela como matou a jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia. Preço acordado pelo crime foi de €150 mil

Vince Muscat is one of three men accused of murdering journalist Daphne Caruana Galizia in a car bomb in 2017. Photo: Mark Zammit

  O assassino confesso da jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia, Vincent Muscat, fez um relato completo do complô que levou ao crime, em outubro de 2017, numa sessão de tribunal que decorreu esta quinta-feira em La Valletta, capital de Malta. Antes da audiência, Muscat pediu desculpas aos familiares de Caruana Galizia que estavam presentes na sessão.

Muscat detalhou em tribunal como ele e mais dois homens vigiaram Daphne Caruana Galizia, com binóculos e um telescópio, ficando a observar cada um dos seus movimentos na casa onde vivia, em Bidnija, até às duas horas da manhã e durante vários dias, até armadilharem o carro-bomba onde ela viria a perder a vida. "Estávamos lá sentados entre dois tijolos", adiantou Vincent Muscat, referindo que em cada uma dessas longas noites fumava três maços de Rothmans Red e punha as beatas numa garrafa para não deixar rasto.

 Muscat contou como conheceu os irmãos George e Alfred Degiorgio, também acusados ​​de envolvimento direto no crime, ainda antes das eleições que decorreram Malta em junho de 2017, segundo relata o jornal "The Guardian". "Alfred Degiorgio veio ter comigo e disse que havia um bom trabalho para mim", relatou, especificando que a tarefa consistia em matar a jornalista e o preço acordado foram 150 mil euros.

 O assassino relatou que o plano original era o de disparar sobre a jornalista na sua casa, "seguir os seus passos e disparar quando chegasse a hora certa". E contou que um motorista de táxi que funcionou como intermediário no esquema de assassinato, Melvin Theuma, adiantou aos três homens a quantia de 30 mil euros em notas de 50 euros guardadas numa bolsa de couro. "Pegamos em 10 mil euros cada e começámos o trabalho", que na altura era seguir cada movimento de Daphne Caruana Galizia na sua casa em Bidnija.

 O plano original foi abandonado e optaram por usar uma bomba. "George Degiorgio sempre quis uma bomba, que é só colocar à noite e ir embora, é mais silencioso", frisou Muscat, explicando que a bomba tinha uma face de aço inoxidável e um aparelho no qual seria inserido um cartão SIM, para o qual se tinha de enviar uma mensagem específica para explodir alguns segundos depois.

 Num momento particularmente chocante da sessão em tribunal, o assassino contou que tinha dito aos outros homens que estava preocupado que o carro-bomba pudesse acabar por matar outras pessoas, mas eles responderam: "Vamos em frente".

UM ESCÂNDALO QUE LEVOU À DEMISSÃO DO PRIMEIRO-MINISTRO

 Na noite de 15 de outubro de 2017, enquanto vigiavam a casa da jornalista, notaram que ela tinha estacionado o carro do lado de fora do portão. Muscat disse que pegou na bomba, escondida numa caixa de sapatos, e, juntamente com os dois cúmplices, colocaram o dispositivo debaixo do banco no lugar do motorista.

Vincent Muscat e Alfred Degiorgio voltaram a um ponto privilegiado com vista para a casa e, ao início da tarde, viram Daphne Caruana Galizia partir. Informaram George Degiorgio (irmão de Alfred Degiorgio), que se encontrava num barco, pronto para disparar a bomba à distância - e que a detonou antes de o irmão dar permissão. O carro de Caruana Galizia estava fora de vista e Muscat disse que não ouviu a explosão, mas olhou para trás e viu uma nuvem de fumo.

 Muscat também reiterou em tribunal as declarações que tinha feito anteriormente à polícia, de ter levado Alfred Degiorgio a encontrar-se em La Valletta com o ex-ministro da Economia de Malta, Chris Cardona, para prepararem o assassinato. Sobre o assunto, o ex-ministro declarou ao "Malta Independent" que as afirmações de Muscat eram "mentiras loucas e descaradas" e "pura ficção maligna".

 A morte de Daphne Caruana Galizia gerou uma onda de indignação em Malta e em toda a Europa, provocando um escândalo político com a suspeita de a sua morte ter sido ordenada por figuras de topo do poder do país. O escândalo levou à demissão, em 2019, do então primeiro-ministro, Joseph Muscat, que, apesar da coincidência do nome, não tem relação de parentesco com o assassino, Vincent Muscat.

(Expresso)


7 comentários:

  1. E o padre das esmolinhas?

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    1. O padre das esmolinhas não corre quaisquer perigos pelo exercício da sua profissão de jornalista (estudou em Paris, com a ajuda das esmolas das piedosas velhinhas católicas) uma vez que ele apoia a corrupção e está às ordens do seu patrão Luís Miguel Sousa o DTT cá da ilha.

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    2. O padre está com a agenda cheia até à Páscoa. Umas dos bons conselhos dele é trazerem vaselina para não gritarem muito. O cuelho e a cuelha foram dos primeiros a provar sem vaselina E sabe-se bem o resultado final

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    3. O padreca aprendeu isso da vaselina com dom Teodoro

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  2. É o que Vai acontecer ao padre das esmolinhas? O cuelho Vai colocar um petardo no carro do ex-padre.

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    1. Um petardo de Merda. Quando o padre der a mise Buuuummm!!! Merda até às orelhas

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